A Estranheza
Há coisas que por muito que me esforce por entender para conseguir prever como reagirei perante uma determinada adversidade não consigo.
Este fim de semana voltei a sair sem saber porquê,
este fim de semana voltei a acordar de ressaca sem saber para quê.
Eu sabia, à partida, que não ia fazer nada de especial.
Eu sabia, à partida, que ia ser uma reedição do nada que habitualmente tem ocorrido.
Pior...eu sabia, à partida, que não ia, sequer, sacar uma fêmea porque não é etilizado e em grupo que me consigo safar.
Porquê então?
Não sei...
Depois deu-me para pensar se eu me dou bem com a solidão porque quero ou se me dou bem com o solidão porque tenho medo de me dar melhor ainda com a companhia.
Mais uma questão para a qual não encontro uma resposta definitiva e satisfatória.
Racionalmente eu acho que a melhor forma para me preparar para o que quer que seja é sozinho.
Racionalmente eu sei que a melhor forma de caminhar hirto é sem bengala porque se esta se parte um dia eu terei esquecido de como era andar sem ela.
Racionalmente eu sei que eu conheço as minhas necessidades em primeira mão, então, sou a melhor pessoa para as suprir ou, na pior das hipoteses, saber como as suprir.
O pior é que toda esta construção pode estar errada, apesar de eu acreditar (ou querer) nela.
Pode a explicação ser tão simples como eu sei que mais tarde ou mais cedo vão-me abandonar, então, nem vou dar oportunidade de isso acontecer.
Claramente não acredito nesta segunda explicação mas saber que não é a certa... eu não sei.
A melhor forma de me preparar para o amanhã é saber todos os planos possíveis, mesmo os mais improváveis, e este é um deles.
Por estas é por outras é que Fenris tem dentes e garras e não usa luvas.
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