Friday, August 03, 2007

Porque não gosto de Políticos



Poderia procurar exemplos conhecidos de todos, começando no maoista Durão que se transformou em Social Democrata a Zita Seabra (se não estou em erro) que lhe seguiu o mesmo caminho mas sem a desculpa de ter sido comunista apenas no pré 25 de Abril.

Poderia, até, usar os casos de corrupção que por aí saltam mais que marmotas, no entanto, não o farei.

Na verdade, os casos acima descritos resultam de processos judiciais ou de comunicação social ou, ainda, de actos analisados em resultado de imagens televisivas ou mesmo de discursos que, eventualmente, poderiam ser mal interpretados.

Ora, para tentar ser o mais fiél possível ao que vi e não ao que me contaram ou ouvi por terceiros, lembrarei um gajo que frequentava a minha faculdade.


Este gajo era, como todos os supostos radicais e verdadeiros imprestáveis, portador de uma enorme ideologia e sentido de política.

Também como todos os supostos radicais e verdadeiros imprestáveis, fazia da campanha para a Associação de Estudantes (quando ainda lá não estava) a sua actividade primordial e a Associação de Estudantes em si (quando lá chegou) a sua obra.

Ainda como todos os supostos radicais e verdadeiramente imprestáveis, adorava ouvir-se e ter umas quantas gajas acéfalas (e feias como a puta que pariu, a minha faculdade estava ocupada por este tipo de fêmeas) a asmirá-lo.


Qual a corrente ideológica dele?

Ora, como todo o estudante que está lá pra muita coisa mas não para estudas, era comunista... na verdade, não era comunista, era Anarco-Sindicalista.

Nunca, até à data, havia visto um anarquista lutar pelo poder mas, possivelmente, eu não sei ao certo o que é anarquia....ou o gajo era só e simplesmente, idiota.

Nunca gostei dele (mas, também, é práctica habitual).


Como não sou assumidamente crítico e a primeira coisa que reparo em alguém é nas incongruência e defeitos, sempre disse, aos que me rodeavam, que aquele gajo era um palhaço.

Naturalmente, como a maioria das pessoas (felizmente) ainda vai acreditando que as palavras que alguém diz são verdade era comum ouvir "És sempre a mesma merda, não gostas de ninguém".

Como frequentemente acontece, apesar de eu ser o demónio disfarçado de gente, costumo ter razão no perfil que desenho das pessoas.

Não decidi, ainda, se é uma dom ou uma maldição mas que acerto...acerto.


O que aconteceu?

Bem, o Anarco-Sindicalista (ainda acho um termo metido ao elaborado sem sentido absolutamente nenhum) deu uma virada à direita.

Sim, à direita, não à esquerda, o que ainda seria aceitável.

Vi-o, há uns tempos na televisão, investido da sua nova função de defensor da moral e dos bons costumes e não pude deixar de sorrir e pensar "foda-se Fenris, tu tens muitos defeitos mas que és bom, disso não há dúvias!!!".


Ainda me dou com algumas das pessoas que tiraram o curso comigo e, quando o assunto veio à baila, lá fizeram justiça e disseram que eu tinha razão (também, pior do que o que aconteceu, só se ele aparecesse com uma suástica tatuada no braço).

Foi usado aquele célebre termo (pelo menos para mim) de puta política, com o devido respeito, que é muito, pelas prostitutas que, apesar de tudo, desempenham a sua função de forma linear e coerente.


Posto isto, alguém me faz acreditar que os politicos e as suas politicas estão ao serviço do público?

Haverá, ainda, uma pessoa que consiga dizer-me isto e manter um rosto sério?
Enfim....

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