Nunca como Dantes
Nestes tempos de areia no ar e ventos fortes, tenho perdido algum tempo a tentar perceber porque faço isto ou aquilo.
Não é uma dura análise da realidade nem sequer uma forma de justificar uma ou outra decisão.
Desde há bastante tempo acredito que tudo tem que ver com tudo, o que me levou (e ainda leva) à brilhante conclusão que:
A ser assim, não interessa!!!
Porquê?
Ora, porque se tudo está ligado com tudo e se a soma da globalidade é que dá o resultado, a culpa morre sempre solteira e ninguém nem nada é responsável.
É a célebre, quando são todos não é nenhum.
Nesta época psicológica o assassino mata porque teve pouco carinho ou carinho demais.
Enfim, apesar do desinteresse, para que eu saiba porque eu faço, pensei nisso.
Descobri de onde vem a forma amarga de ser e descobri onde nasceu o Lobo que até lá não existia.
Por um lado, quis ser aquela coisa cool de não temer e nem ser dócil, o anti heroismo sempre me atraiu.
Por outro lado, exigiram-me que os meus caninos crescessem e por isso, ao menos por isso, serei eternamente grato.
Ainda por um terceiro, senti-me desamparado e sem ter onde me agarrar....e não tinha, ainda idade pra isso.
Não lamento.... aprendi a gostar e hoje não quero, realmente, ser diferente.
O mesmo metal duro e resistente que controi os meus defeitos é o mesmo que edifica as minhas virtude.
Evito cair porque sou pesado demais pra me levantar.
Quando o sol nasce na savana, o veado mais lento sabe que tem de ser mais rápido que o leão mais lento pra sobreviver.
Quando o sol nasce na savana, o leão mais rápido sabe que tem de ser mais veloz que o veado mais lento pra se alimentar.
Não interessa se és veado ou leão quando o sol nasce....é melhor que estejas a correr.
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