Friday, October 12, 2007

Há uns anos atrás, fui tomar um café com um caso.
Não era namorada e não era um caso daqueles de uma vezinha... era uma coisa mais ou menos regular.

Ela no dia seguinte tinha de estudar ou trabalhar, não me lembro bem, então a minha proposta de ir dar um salto a um hotel foi descartada.
Não me deixou chateado nem nada parecido, quando alguém tem obrigações a cumprir, eu aceito porque também não admito que regulem a importância que dou às minhas.

Como eu era absolutamente desocupado e o meu dia acabava pelas 5 da manhã e começava pela 1 da tarde, peguei no telefone e fui informar-me acerca de o que haveria ainda para fazer (eram umas 23hs).
Lá recebi um positivo de uns amigos meus, desocupados também, e quando ela me ia levar a casa pedi-lhe que me deixasse noutro sítio.
Ela acedeu e até disse que entrava pra beber uma e se ia embora.

Lá chegamos, lá entramos.
Eu, que não ia pra beber uma, comecei a tratar do assunto e a coisa lá se foi animando.
Ela, de facto, só bebeu uma mas ficou lá comigo e com eles e elas até bem mais tarde.

Foi aí que o meu ego masculino (e também o Phenris que habita o andar de baixo) se sentiram extremamente injustiçados.
Quando íamos embora a coisa azedou.... eu fiquei fodido de não ter pinado e senti aquilo como rejeição, enquanto ela achou normalíssimo e que eu até deveria ficar satisfeito de ela querer conviver com os meus amigos.

[Foda-se, ser normalíssimo ainda estou como o outro, agora, ficar feliz porque ela convivia com os meus amigos?
Bem, foi o primeiro passo para achar que ela achava que era minha namorada e o seguinte foi pôr-me a monte, afinal, eu não tinha namorada nenhuma]

Isto pra dizer o quê?
Bem, que, de facto, é estúpido sentir-me rejeitado e que hoje me parece mais insegurança que outra coisa.
Terei, no entanto, de dizer que, provavelmente, aconteceria da mesma maneira hoje.
Acrescentando que acho tremendamente injusto que o dono do pedaço seja o Phenris que mora em baixo.

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