Monday, March 07, 2011

Efeito Borboleta

O Efeito Borboleta é uma das integrantes e, até, conformadoras da Teoria do Caos. Sem ter vontade de entrar em grandes detalhes (por falta de paciência e de vontade), simplificando a coisa, diz-se que o bater de asas da borboleta pode potenciar um tufão noutra parte do planeta.
É fácil ver por que razão esta teoria e este efeito me atraem: Tudo influencia Tudo, independentemente do tamanho e do impacto imediato.

Ora, passou-se algo de muito parecido no médio oriente.
Novamente sem entrar em profundas considerações hostóricas e culturais, que seriam importantes caso fosse minha intenção dar uma aula, o que despoletou tudo que agora vemos foi qualquer coisa como isto:

Um comerciante tunisino, daqueles de rua, tinha uma balança para o auxiliar no seu trabalho. Ora, o Governo (por intermédio de forças de segurança e por motivo que desconheço) confiscou-lhe a dita balança.
O comerciante dirigiu-se, então, à esquadra (ou equivalente) para a recuperar e tal não veio a acontecer.
Desesperado, o comerciante encharcou-se em gasolina e imulou-se no meio da estrada. Ao tirarem-lhe a balança privaram-no do negócio que lhe dava cerca de $10 por dia, dinheiro usado para sustentar a família (mãe e irmãs que se encontravam a estudar).
Isto viu-se, soube-se e a rebelião começou.

Ou seja, a Tunísia, o Egipto, a Síria, o Bahrein, Omã e por aí fora (ainda não acabou) teve numa balança o dedo que premiu o gatilho.

Isto não é a primeira nem a segunda vez que o, digamos, insignificante é a gota que transborda o copo, nada disso. Não é original mas é, indubitavelmente, o bater das asas da borboleta.

Nota: Para não tornar este post ainda mais longo e mais sofrível, farei apenas uma referência.
Reza a lenda que o asco sentido por Che Guevara contra os EUA começou (ou nasceu) numa razão mais simples e bem menos ideológica do que o capitalismo ou coisa que o valha. O início terá sido num bar, na juventude de Che, quando um soldado americano, bem mais corpulento e preparado do que Che, se meteu com a sua namorada e humilhou o pequeno argentino.
No princípio era o verbo, a palavra vem depois.

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