Saturday, April 13, 2013

Coreia do Norte

Algumas histórias arrepiantes que fui ouvindo, lendo e vendo...
1) Os tipos têm campos de concentração. Não no sentido figurado mas na real acepção do conceiro.
Vi uma reportagem de um gajo que de lá fugiu e...bem. Este tipo nasceu lá e passou cerca de 20 anos com fome.
Quando perguntado sobre o motivo de não ter fugido ou tentado fugir mais cedo respondeu que não percebia a utilidade de o fazer porque achava que o mundo era assim, que em todo o lado viveria da mesma maneira.
Foi quando conheceu um tipo que tinha sido encarcerado que descobriu que lá fora era diferente e qual foi a primeira coisa que lhe perguntou? O que comia. Foi nesta altura que conheceu o conceito de frango (conceito...apenas o conceito) que decidiu mandar-se.
Pelo meio ainda condenou a mãe e o irmão à morte, ainda no campo, mas não me vou alongar neste terror.

2) Há uma mulher que figiu há cerca de 10 anos da Coreia do Norte por todos os motivos que consigamos imaginar.
Ora, quando confrontada, na televisão, com imagens dos líderes (passados e presente) bloqueou e reconheceu que ainda sentia amor por eles e que os pensava divindades.
Esta mulher sabia de tudo e fugiu ao horror mas as cranças ainda a matraqueiam.

3) Pelos vistos, facto revelado por um jornalista ocidental, as casas na Coreia do Norte têm um altifante incorporado, sem on/off, que os acorda, pela manhã, e os aconhecha, à noite, com mensagens de glória.
Parece mentira? Pelos vistos, não é.

4) Há uns anos, pelo que ouvi, a mulher do anterior presidente achou ou descobriu que ele andava a dar umas facadas no matrimónio e, acto contínuo segundo a doutrina que recebeu, escreveu ao Partido a dar conta disso mesmo.
O Facador reuniu o Partido e chamou a mulher que andaria a malhar e respectivo marido, acusando a mulher de espalhar boatos sobre ele.
Porque a mulher espalhou boatos (o que, ao que consta não tinha sido o caso, havia, de facto, sido malhada pelo líder) instou o marido a dar-lhe um tiro na tola ali mesmo. O marido deu.

É arrepiante, eu sei.
Para nós ocidentais é, até, inacreditável.

Isto revela, contudo, a fraqueza de mentes constrangidas. Tudo o que relatei, bem como o caso do marido que abateu a mulher, aconteceu e ainda acontecerá com o beneplácido do povo. Ou seja: a lavagem celebral não os leva a obedecer mas antes a acreditar.
A mulher de que falei e que escapou do Coreia do Norte ainda ama os seus líderes ainda que não concorde com nada do que fazem.

Será que muitos do orientais também nos vêem como aves raras?
E será que têm razão?

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