Friday, July 22, 2016

...Por Coincidência, Tem Que Ver Com O Anterior

Fui onde almoçar onde costumo ir e servido por 1 dos 2 empregados que me costumam servir.
Gosto de um e não gosto de outro. Fui servido pelo outro.

O outro é incompetente. Esquece-se do que quero e de como quero e, quase religiosamente, obriga-me a entrar no estabelecimento (só lá vou por causa da esplanada) para relembrar o café que pedi ou, de vez em quando, para o ir buscar.
Isto deixa-me muito irritado.

Como tenho vindo a dizer, ando há anos a praticar a paciência e a regular a agressividade.
Por conta das melhorias, não costumo fazer muito mais do que má cara ou, na passivo-agressividade que odeio, ir buscar eu o café.
Se detesto, porque faço má cara e sou passivo-agressivo?
Bem, porque a alternativa é falar e raramente sou menos que um bocado excessivo e, menos raramente, quando falo estou pronto para muito mais do que falar.
Então, entre o deve e o haver de evolução pessoal e retrocesso, opto por aquilo que entendo corresponder a evolução.

O problema é que fazer o que não quero tende a incomodar-me e, neste caso em concreto, faz-me sentir que sou um bocado manso...só que como acho que sou demasiado esquentado, pendo para comigo: não estás a ser manso. Estás a ser adulto. Para que te vais chatear?!
Mas esta ideia está sempre na cabeça.

Hoje, o gajo foi mais incompetente do que é costume e quem estava comigo também se irritou um bocado. Além de se irritar um bocado disse se te está a incomodar, reclama.
Juntando a sempre presente ideia de que estou a apaneleirar com a expressão de que deveria reclamar, a coisa ardeu um bocado.
Quando voltou com o sempre atrasado café, depois de me ter obrigado a ir relembrar, tive de falar e, como de costume, não falei fofo...nunca falo...E acho que falei demais.
O gajo ficou de olhos esbugalhados sem perceber - isto, por ser, de facto, estúpido - o que estava a acontecer.

Quem me disse que devia ter reclamado, arrependeu-se...

Ela conhece-me, deveria saber o que ia acontecer, certo?
Bem...certo. O que ocorre, ainda assim, é que pessoas normais (como ela) chateia-se um bocado e eu não. 
Ela, como muitos de nós, chega-lhe desabafar mas eu, quando abro a boca, já há muito que estou com vontade de matar;
Ela, como muitos de nós, acha que reclama e, quando com razão, a sua reclamação será ouvida e respeitada mas eu não acho isso. Eu acho que o idiota vai responder e eu vou ter lhe partir a boca.
Ela, como muitos de nós, se a coisa azeda é capaz de pensar este tipo é um anormal, não vale a pena... mas eu penso este tipo é um anormal, hoje vai aprender!

....e ela tem, talvez, 1.60mts e pesa uns 55kgs,
...e eu tenho quase 1.80 e peso uns 100 kgs.
Quando um e outro se irritam a resposta e a consequência não são as mesmas.

...e também se arrependeu porque não abri mais a boca desde o ocorrido e não abri a boca porque, como de costume, estou a pensar que o gajo abusou porque pensou que eu ia papar e, em resultado, devia ter feito muito mais do que o que fiz.

Percebem? Se eu não achasse que estava a ser manso demais é provável que não tivesse sido tão violento na primeira intervenção.

ps. quando de volta:
- Coitado. O Senhor fartou-se de pedir desculpas quando fui pagar...
Coitado a puta que o pariu! Fizesse o trabalho dele e não tinha de engrossar. Vá pedir desculpas ao caralho!

...

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