Monday, September 24, 2018

PODER + LIBERDADE + EGO e Vales

PODER
Há uns dias, Ela trouxe-me um teste um teste que fez lá na empresa que se destinará a analisar das necessidades dos funcionários e do quão satisfeitas elas estarão.
Tenho com este tipo de testes a mesma relação que tenho com a astrologia: acho graça mas não ligo nenhuma.

Obviamente, porque acho graça também o fiz.
A minha necessidade mais premente era de Poder e esta necessidade a 100% encontra-se 75% satisfeita.
Não me surpreendeu o resultado. Há alpha que não queira poder? Há egocêntrico que desdenhe mandar? Há protagonista que despreze a luz do holofote?

O que é engraçado é isto:
se o meu superior hierárquico visse o resultado - a necessidade de Poder era óbvia! - tenderia a pensar que a minha vontade é tanta que uma facada nas costas seria mais que possível. Seria provável.
Em abstracto, esta análise estaria certa.
Em concreto, a análise seria completamente errada.

E isto porque,

LIBERDADE
Meço o meu poder em estreita e umbilical relação com a Liberdade.
A minha sede de poder não é baseada em querer mandar em pessoas. A minha sede de poder é baseada na mais completa e plena aplicação do princípio de ser Livre.

O meu poder é o de dizer Não.
Parece pouco mas, no fundo, é tudo.

Preciso de ter domínio para não ser dominado.

O meu superior hierárquico tem as contas plenamente seguras quando mas dá ou quando mas der mas não tem a cara protegida quando tentar mandar além do que entendo razoável.

...e é, também, por isso que no seguimento de um dos posts anteriores, Dinheiro é Poder.

Mas como não sou perfeito,

EGO
Esta semana, trabalharei mais uma hora por dia para ter direito a meio dia de férias antes do feriado.
Por mim, dispensaria porque não me compensa o sofrimento de alterar uma rotina mas como Ela queria meter um dias de férias, perguntei-lhe se queria que fizesse esta merda.
Ela disse que sim.
Eu farei mais uma hora por dia.

Perguntei, hoje, ao gajo daqui:
- Tu também vais fazer a cena de mais uma hora por dia?
Não. Tenho de ir buscar o meu filho e tal. Não dá.
- Fazes bem. A mim obrigaram-me.
Oh, não te obrigaram!
(ele achou que a empresa me teria obrigado ou pressionado a isso)
- Não foi a empresa. Vocês não me obrigam a nada! A Patroa é que quis.

Era necessário dizer isto?
O K racional sabe que não mas o Ego do K não acompanha este tipo de racionalidades paneleiras.
A mais ténue das ideias que alguém possa ter de que me domina ou força o que quer que seja precisa de ser rapidamente abatida. E raramente é abatida com simpatia e delicadeza.

Podem pensar Ah, cão que ladra mas não morde! e não estarão sozinhos mas há por aí muita gente mordida que me ouviu, primeiro, ladrar.
...e aí está, novamente, o Ego: não me é permitido dizer e depois não fazer. As consequências serão pesadas e avaliadas mas, independentemente de perceber que vou ganhar pouco ou, mesmo, perder...será feito se antes for dito.

O Ego faz de mim admirável, muitas vezes, mas também miserável, em número talvez igual.

Às vezes, fico contente quando não cedo à minha necessidade de provar que consigo castigar e sinto que evoluí um bocado. Mas outras há em que...

Os VALES são uma metáfora simpática para os momentos depressivos que me apoquentam de vez em quando (não uso o termo depressão porque sou sensível à questão por a ter viso de perto. Não digo que estou deprimido porque não estou).

A soma dos 3 anteriores redunda em experiências dolorosas quando me parece que não estão a ser cumpridas e satisfeitas.
Eu não quero estar aqui.
É um bocado pueril mas isso não me ajuda.
Eu não quero estar aqui e, por isso, neste momento, sou infeliz.

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