O 25 de Abril
Obviamente, acho que as comemorações do 25 de Abril haveriam de ter sido reconfiguradas.
Não as queriam cancelar?
Ok.
Transmitam-nas pela TV ou coisa do género. Se o Marcelo pôde fazer uma comunicação ao País por webcam (bocado sem nexo mas...) e se os alunos vão poder receber tele-aulas...por que motivo o mesmo princípio não se poderá aplicar à AR?
Ah, mas a AR tem funcionado em cena reduzida! Qual a diferença?
Bem...há uma diferença substancial entre trabalhar e comemorar. Uma comemoração não é essencial, por muito que nos queiram convencer do contrário.
Porquê, então?
Feira de vaidades.
Uma passeata de supostos heróis de uma guerra que terá sido travada e vencida pela democracia (interessa que se a coisa tivesse levado um sopro suplementar teríamos, como planeado por não tão poucos como isso e por gente que, apesar de com outra cara, andar pela AR ainda hoje? Não...).
...e, depois, o inefável Ferro Rodrigues.
Quando o deputado do CDS se manifestou contra a comemoração - e bem! - o gajo, lá do seu poleiro, encheu a boca com a decisão da maioria e com a vitória de cenas e, com uma altivez e paternalismo eivado de uma importância que lhe deram mas que nunca mereceu, disse qualquer coisa como e vai ser comemorada! ou merda do género.
Palhaçada!
Este mesmo Ferro Rodrigues, conhecedor de uma democracia que não entende a repartição de poderes, festejou em plena AR a libertação do Pedro Pedroso.
Este Presidente da Assembleia da República (até me dá um arrepio...) assumiu aquilo como a libertação de um preso político em afronta ao poder judicial.
Interessa?
Nada.
É nestes momentos que, entre outras coisas, me lembro do Soares a sair de visitar o Sócrate (outro preso político, imagina-se) e dizer aos jornalistas uma coisa do tipo diga-lhe que eu mandei dizer referindo-se ao Juiz que engavetou o 44 ou, a mesma personagem, que arrepiou o cabelo à GNR que mandou parar o autocarro onde viajava.
Esta gente não se enxerga.
O Ferro Rodrigues andou muito tempo desaparecido mas, infelizmente, lá foi reabilitado.
Este mesmo tipo que fez a exgese de uma carta do Sócrates, publicamente, quando era líder da bancada parlamentar do PS.
É uma vergonha, como diria o Ventura.
E é mesmo.
É uma puta de uma palhaçada.
Muito apreciaria que entrasse a PSP na AR, no 25 de Abril, para desbandar o ajuntamento...como faz - e bem! - com o resto da população.
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