Friday, October 02, 2020

CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO E A ESQUERDALHADA

 Por ser velho e desatento, descobri ontem que existia uma coisa chamada Cidadania e Desenvolvimento.

Ela, que é mais informada quanto a determinadas coisas, disse-me que não só existia como já não há a disciplina de Religião e Moral, o que desconhecia mas não me surpreendeu.

Bem, entendam, em primeiro lugar que, propositadamente, não me informei muito sobre estas duas questões, pelo que o que se seguirá é uma impressão que não foi factualmente verificada quer porque não me apetece quer porque não sou jornalista quer porque, no que ao direi se refere, estou relativamente certo de estar...certo.


Dito isto,

este assunto apareceu porque vi um debate entre o Nuno Melo e uma Helena Ferro Gouveia.

O Nuno Melo carregou forte no facto de esta disciplina implicar que andem a maquilhar meninos e meninas, que fazem questionários sobre a orientação sexual de crianças e que as levarão a espectáculos em que o pessoal está a simular actos sexuais.

A primeira coisa que me ocorreu era que isto seria um truque de retória tipicamente populista como o incompreensivelmente soberbo Nuno Melo costuma ser...e não devo de estar errado; o que a Helena Ferro Gouveia disse era que tinha sido uma cena pontual não sei bem onde e porque o Melo não a desdisse deve ser verdade.

...e aqui vai começar a ESQUERDALHADA: a Helena (que será uma Consultora de Liderança e por ser isto não preciso de saber mais nada sobre ela) foi incapaz de dizer que achava mal o que o Melo descreveu; reparem: poderia assumir, facilmente, que tinha sido um exagero de um qualquer programa ou escola mas não o fez porque, provavelmente, não acha exagerado.

Meus caros, não sou, em tese, contra uma disciplina de cidadania e desenvolvimento mas nunca no caralho da vida admitiria que andassem a perguntar à minha filha - com 7 ou 8 ou 9 anos - qual a sua preferência sexual e muito menos ir a peças em que o pessoal simula que fode.

Se a minha filha for lésbica, será. Não faz parte de nenhuma das minhas preocupações. Seria com ela e se tiver a sorte de ter uma relação com quem quer que seja como tenho com a mãe dela, encantado da vida.

....mas perguntar a uma criança a sua orientação sexual (novamente) é o caralho.

Esta gente super woke que me deslargue!


E onde aparece a Religião e Moral?

Eu não sou católico e, além de não o ser, não nutro pelo catolicismo uma enorme simpatia. Além disso, nunca fui a uma aula de Religião e Moral porque não queria e os meus pais não me obrigaram.

Ora bem, tou a achar que terá acabado a Religião e Moral por sermos um estado laico (o que somos) e não sou insensível ao argumento. Honestamente, provavelmente por não ser católico, faz-me alguma espécie que se lecione uma qualquer confissão na escola pública como, de resto, me faz alguma espécie a transmissão de missas ao fim de semana.

Agora, vamos a uma dose de realidade e alguma têmpera: sem olhar para uma única estatística, vou dizer que Portugal é maioritariamente (esmagadoramente?) Católico. Tenho muitas poucas dúvidas que a maioria dos portugueses se identifica como católico.

Se assim for, como parece ser, apesar de tudo temos um forte cunho cultural na existência de uma disciplina como Religião e Moral.

Mas então, como desapareceu esta disciplina e apareceu de seguida - novamente, estou a presumir que há-de de ter sido algo de semelhante - a Cidadania?

....porque somos dominados pela Esquerdalhada e a Esquerdalhada - para o ser realmente - não só é woke como tende a ser ateia porque assim a doutrina o exige.

...rais me partam se entendo como é que esta gente não consegue entender que se não respeita outros pensamentos e orientações que não as suas não é tolerante. Parece tão óbvio, não é? Mas o PCP continua a dizer-se democrata ainda que isso seja uma das poucas coisas que não é.

 

E, voltando ao Nuno Melo e à Consultora de Liderança.

Há uns anos atrás o CDS propôs que se cantasse o Hino Nacional no início das aulas na - julgo - primária.

Foi entendido como um escândalo! Porquê? Obviamente por ser Fascista! Quem chamou a ideia de Fascista? Resposta óbvia, não é?

Ora bem, as estatísticas podem ser duvidosas ou incertas ou seja lá o que for quanto ao tamanho da comunidade homossexual mas é certo que todos somos portugueses.

Alguém me explica o que tem de fascistas os nacionais aprenderem o Hino?! Até admito que pode haver gente a quem faça confusão - o espírito de manada chateia-me, se querem saber - mas chamar de Fascista?!

Pois bem, esta mesma gente que apelida o cantar do Hino nas escolas como fascista é a mesma que é incapaz de aceitar que perguntar a uma criança a sua orientação sexual se calhar é excessivo e - contrariamente à disciplina de Religião e Moral - tornou esta disciplina como obrigatória.

Uma outra vez para que não haja dúvidas: a ideia de uma disciplina sobre Cidadania não me faz qualquer confusão mas doutrinar crianças - coisa que é, de facto, fascista - já me faz espécie.

A Consultora de Liderança chegou ao cúmulo de tratar como igual disciplinas científicas - como matemática - com uma disciplina ideológica (pode ser mais ou menos e posso concordar com ela ou não mas o próprio conceito de cidadania é ideológico).

Tou fartinho desta gente...

 

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