Wednesday, August 15, 2007

Tenho dificuldades em saber quando demais é demais.
Além de me ser extremamente complicado distinguir o momento em que não devo forçar mais, nunca me sinto satisfeito.
Há uns dias atrás uma amiga enviou-me um poema,
.
"O meu mundo não é como o dos outros,
quero demais, exijo demais;
há em mim uma sede de infinito,
uma angústia constante
que eu nem mesma compreendo,
pois estou longe de ser uma pessimista;
sou antes de tudo uma exaltada,
com uma alma intensa, violenta, atormentada,
uma alma que não se sente bem onde está,
que tem saudade… sei lá de quê!"
.
Tenho uma grande facilidade de me ver como diferente mas uma absoluta incapacidade de me ver como especial.
Não olho para o lado como os outros, não me sinto aqui porque não sou de cá.
A vida é das coisas mais divertidas que se pode encontrar.
Tirei um curso e tenho a profissão que queria, sou até bastante competente no que faço... mas a minha profissão não me esgota.
Quando estou em ambiente laboral assalta-me violentamente esta coisa de não ser de cá, as conversas não me interessam, a cordealidade desagrada-me, os rituais não são meus, as roupas apertam-me....enfim....
Ninguém adivinharia o que faço se me conhecesse fora do horário de expediente, serei, provavelmente, o contrário do que de mim se esperaria.
Não gosto de barba feita, não gosto de fato, detesto gravatas, odeio sapatos e, especialmente, cansa-me ter de falar horas sem dizer palavrões.
Um palavrão na hora certa resume umas 10 linhas e transmite o que não se consegue fazer de outra forma com tamanha clareza mas, dizem-me, é indelicado.
Já me convidaram, há anos atrás, para fazer o que eu gostaria de fazer...mas se o meu prazer se torna obrigação tou fodido.

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