Saturday, June 22, 2013

Funcionário Públicos

Nestes tempos de discussão quanto ao execesso ou não de FP, do drama de aumentar o desemprego e de toda esta desgraça que nos rodeia, tendo a ser sensível ao desespero de despedir um sem número de pessoas.
Infelizmente, depois deparo-me com a realidade e tudo se torna muito mais nebuloso e complicado.

Como milhões de portugueses deparei-me com a questão do IUC e como milhões de portugueses vi os FP queixarem-se do abalroamento de cidadãos.
Como entendo que o IUC não é devido, da minha parte, apesar de ter poucas esperanças que a Autoridade Adoaneira venha a concordar comigo, elaborei um requerimento para apresentar a minha reclamação e, porque tinha tempo e o correio está caro, decidi entregar em mão na repartição das finanças competente.

O que aconteceu, com a brevidade possível, foi o seguinte:
Entrei e tinha um funcionário a distribuir senhas. Questionado se pretendia pagar ou dirigir-me à parte de contencioso, optei, naturalmente, pela segunda. O meu número era o 4 e, no mesmo momento, o de pagamento era o 26.
Havia 16 balcões, julgo, e estavam activos, às 9 horas da manhã, quando abriu, 6, sendo que dessas 6, 3 estavam à minha frente.
Uma delas conferenciou com a que estava ao lado durante algum tempo.
A da ponta, apesar de lá andar, atendeu 2 pessoas numa hora e conferenciou com um gajo que veio de lá de dentro.
A que estava à minha frente conheceu a sua fincionária às 9.21 mas por pouco tempo; esta funcionária ligou o computador, arrumou os agrafadores, cortou uma folha A4 em duas e mandou-se novamente, voltando 16 minutos depois para, pasme-se, atender uma pessoa e raspar outra vez.
A que estava à minha esquerda atendeu duas pessoas e nunca mais a vi.

Agora, a puta da loucura!
A que me atendeu (lembre-se, eu era o número 4!) demorou cerca de 45 mins a atender os 3 anteriores.
Enfim, poderia fazer sentido porque as coisas poderiam (na verdade não poderiam...) ser muito complicadas e as pessoas muito chatas. Mas não, seguramente não foi isso.
Como disse no início, fui entregar um requerimento. Para quem não sabe, entregar um requerimento consiste em dizer Bom dia, queria entregar o requerimento e gostaria que me carimbasse a cópia para comprovar a entrega (sendo desnecessária a segunda parte mas...); feito isto, a mulher deveria pegar no requeimento e guardá-lo, pegar na cópia, carimbá-la e entregar-ma. No limite, diria Bom dia e obrigado, como eu fiz quando recebi a dita cópia.
Nada disso!
A entrega demorou 11 minutos!! 11!!
Pegou e foi para outro computador; uma vez que o outro computador não deve ter dado a resposta pretendida, foi a um armário buscar uma pasta qualquer; também a pasta se recusou a responder; na falta de resposta do computador e da pasta, foi para dentro procurar a resposta noutro lado; voltou de lá de dentro, suponho, com a resposta, carimbou a cópia e entregou-ma.
É a puta da loucura!! Se sem ter nada a que responder e nada a perguntar demora 11 minutos...

Poderiam dizer que ah e tal, cada um está para o serviço que está e se não há contribuintes para ele a gente ficámos paradas! Imbecilidade!
A gaja que me atendeu (lembre-se, para contencioso) imprimiu referências para IUCs dos que se iam queixar mas que terão ficado convencidos.
Se não há nada para fazer ou se já tomaram demasiados cafés ou se já discutiram se deveria sair a Fanny ou o Kapinha, porque não seguiram as senhas para imprimir (IMPRIMIR!!) referâncias para os que aguardavam e, por esta via, teriam de aguardar menos?!

Foda-se!
Uma hora e meia deste desatino fez-me sair a pensar Foda-se, despeçam-nos todos. Pó caralho!!

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