Sabedoria no Feminino
Já devo ter escrito sobre isto por aqui mas não há-de ter sido há pouco tempo.
Uma antiga namorada minha (o clube é mais restrito que o mile high) disse-me uma vez que só me via feliz um bocadinho antes, durante e um bocadinho depois, referindo-se, claro, ao acto de a malhar ou de ser malhado.
Ri-me quando ela me disse isto (não muito para não correr o risco de parecer feliz) mas, quando pensei posteriormente na afirmação acabei por achar que ela tinha mais ou menos razão. Não é uma verdade absoluta porque também fico feliz quando o Porto ganha ou quando janto divinamente mas será, digamos, uma verdade relativa.
Não sou um gajo satisfeito, por natureza.
Não sou dado a felicidade, não sou dado a rir-me por coisa pouca e sinto um intenso vazio que não me parece preenchível.
O pior de tudo, ainda assim, é que não é um vazio perene; quer dizer: imagine-se que eu sentia o tal vazio porque não tenho mulher/namorada ou afim. Quando arranja-se mulher/namorada ou afim o vazio não seria preenchido, limitar-se-ia a mudar de localização e a alterar o seu apetite.
Isto aconteceu-me a vida toda e começo a perder a esperança de que mude.
Mas vá lá!
Se continuar a sentir-me feliz um bocadinho antes, durante e um bocadinho depois será sinal de que, pelo menos, ando a malhar o que, por si só, é muito positivo!
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