Wednesday, June 19, 2013

Turmoil

Há bastante tempo que tento evitar os telejornais e as mais das vezes consigo fazê-lo.
Apesar de não dispensar as notícias comecei a sentir que faria pouco sentido pôr-me a par delas enquanto janto (ou imediatamente antes); é indigesto!
Muitos dirão, com alguma razão, que é o mundo que temos e que não vale a pena escondermos a cabeça na areia, sob pena de nos crescerem as pernas e ganharmos penas; outros, em contraste, acham que faltam notícias positivas que nos levanten a moral mas lições de moral são muito chatas.

Eu quero saber a realidade mas dispenso-na durante a hora que estou sentado à mesa. Para alguma vergonha minha, mas não a suficiente para que a esconda, tenho a televisão sintonizada, quase sem som, na Guerra dos Sexos enquanto janto. Faz barulho de fundo e tem gajas boas. E às vezes até me faz rir.

Mas, como diria o optimista ao pessimista quando este diz que as coisas não podem ficar pior, podem podem!
A coisa está em fogo na Síria, na Turquia, no Brasil, no Iemen e supõe-se que o estejam também na Síria e em mais, talvez, uma dúzia de países Africanos. Mas como nos países Africanos a coisa é regular, liga-se menos (como à Coreia do Norte que, de um momento para o outro, desapareceu do mapa noticioso).
Dos países que enunciei pelo nome, a Turquia e o Brasil são caso, actualmente, de sucesso económico. Interessa? Nada, tudo a ferro e fogo.

Se acompanharmos o noticiário de fio a pavio vamos encontrar Peste, Guerra, Fome e Morte. Não falta um único cavaleiro.
Não acho que só agora assim seja, até é possível que em média histórica esta seja uma época em que cada um dos Cavaleiros seja menos actuante (é possível!) mas é, também, a época em que têm mais tempo de antena.
É como a cena da segurança. Há uns tempos vi um estudo em que os Portugueses eram dos tipos com mais sentimento de insegurança e viviam, ao mesmo tempo, num dos países com o menor índice de criminalidade.

Por conta da empolação, que sei que existe, tendo a acreditar que as coisas não são nem estão tão más como parecem, até porque, se estiverem, tá tudo fodido e sem salvação.
Talvez opte por me crescerem as pernas.

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