A Igualdade de Tratamento
Antes de partir para o que pode parecer, para uns, o homem das cavernas, deixem-me dizer que não sou, de forma nenhuma, a favor da discriminação por sexos e nem de que uma mulher só deveria pilotar o fogão.
Dito isto, tenho uma aversão imensa ao feminismo não como movimento histórico de igualdade (a possível) de tratamento mas como a coisa travestida e masculina que é hoje.
A rematar este intróito, que fique claro que fui criado por mulheres e que, por isso, lhes tenho o maior respeito possível.
(sinto-me um bocado como aquele gajo que não é racista e que precisa de justificar e clarificar que o não é por uma questão de correcção política mas...).
Bem:
neste momento parece-me cada vez mais equilibrada a distribuição masculino/feminino nos espaços de comentário político que polulam na tv. Não é uma afirmação científica mas parece-me.
Ora, a maioria das comentadoras deixa-me nervosíssimo. Como exemplo destas que me dão nos nervos posso citar, a título meramente exemplificativo, a Ana Gomes, a Constança Cunha e Sá (que se reparte, pensa ela, entre comentadora e moderadora) e qualquer das comentadoras atreitas ao BE.
Porque me deixam elas nervoso?
Parecem-me imensamente histéricas. São irritantes. Constantemente a interromper mas odeiam ser interrompidas. Adoram levantar a voz.
E aqui entra esta coisa da igualdade!
Porque não são os comentadores masculinos tão histéricos, irritantes e engrossadores de voz? Não, não me parece que seja uma questão de possuir ou não possuir um orgão que trabalha na reprodução externamente. É porque sabem que quando entram num esquema destes terão o reverso da medalha da parte do outro comentador o que levará a que a coisa se torne imperceptível para quem assiste e desprestigiante para os próprios.
Porque o fazem as mulheres, então?
Poderemos dizer que é uma questão de género?
Não me parece que seja. Conheço muita mulher e trabalhei e trabalho com algumas e nunca tive uma experiência perenemente histérica.
Será por se sentirem ameaçadas pelo elemento masculino e, por isso, tentam a toda a força fazer-se ouvir?
Não me parece. O elemento masculino costuma falar mais baixo e respeitar mais os tempos alheios.
Será porque sabem que o podem fazer?
Aí está! Eu acho que é isto.
Elas sabem que eles não podem levantar-lhes a voz como elas lhes fazem a eles. Elas sabem que no momento em que lhes for pago na mesma moeda aquilo que praticam elas ou alguém por elas chamar-lhes-ão machistas e dirão que estão a tentar intimodá-las. Elas sabem isto e eles sabem também daí que me pareça uma coisa mais defensiva do que paternalista.
Não é possível, neste contexto, uma igualdade de tratamento.
Não sei se eu conseguiria levantar a voz a uma mulher... custa-me mas é possível de acontecer quando me irritam o suficiente mas isso é longe, muito longe.
As meninas que comentam aproveitam-se do contexto social para fazerem o que não admitiam que lhes fizessem.
Eu acho tudo isto...e ainda assim, por muito irritante que isto seja, compreendo os gajos. Eu faria o mesmo. Mas isto NÃO É igualdade de tratamento.
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