Monday, August 19, 2013

Palestina no 60 Minutos

Este fds revi uma reportagem do 60 Minutos sobre o Iron Dome, o novo (não tão novo assim, agora) sistema de defesa de Israel que consiste em atingir, no ar, os mísseis arremessados da Palestina e de outras regiões fronteiriças.
Por muitos motivos, em que nenhum deles pesa o judeismo, não simpatizo com Israel. Melhor: não simpatizo com a política isrealita porque muitas vezes o país e os seus habitantes não são uma e a mesma coisa. Tenho para mim que em condições de paridade Israel seria considerado um estado terrorista...sendo certo que, caso essa mesma paridade existisse, os EUA poderiam não estar muito atrás.
Mas a questão deste post não é essa, é outra.

Então,
durante a entrevista ao tipo que manda na Iron Dome o entrevistados perguntou-lhe, parafraseando, se não lhe parecia estranho (ao isrealita) que os EUA fossem contra a construção de colonatos e isso nada interessasse a Israel. Se não lhe parecia estranho que os EUA dessem tanto dinheiro em ajudas militares a Israel, onde se inclui parte significativa da Iron Dome, e que Israel desrespeitasse as opiniões dos EUA (sem olvidar que quando o Biden estava em Israel começaram a construir mais colonatos à má fila. Daí Obama gostar pouco do bonas que manda em Israel).
A resposta seria de deixar toda a gente de queixo caído, excluindo o lobby judeu de Washington: Então, não devemos confundir as coisas. A ajuda militar, pela qual somos muito gratos, é uma coisa e as questões políticas são outras. Gostamos de manter as duas separadas (evidentemente. Quem não gostaria?). Ao que acresce que este sistema de defesa ajuda ao processo de paz porque como os rockets não caem, os isrealitas estão mais propensos a pensa na paz com os palestinianos (evidentemente!).

Depois, foi a vez de falar com um activista palestiniano.
O activista em questão disse que se antes do Iron Dome os isrealitas, que se sentiam ameaçados, não estavam minimamente interessados na paz é agora com este sistema de segurança que vão estar? Jamais! (coberto de razão, como é claro).
O problema veio a seguir quando o jornalista lhe perguntou se o que ele estava a dizer era que o melhor seria devastar Telaviv com rockets para, pelo medo, os impulsionar para a paz. Touché! Apesar do que transcreverei como resposta, touché! Era exactamente isso que ele tinha dito! Não, não. O que estou a dizer é que os EUA deveriam fazer depender as suas ajudas de um entendimento político de acordo com as políticas de Washington! Pois, se calhar era isso que querias dizer mas não disseste.

Como disse, tendo a ser mais sensível aos palestinianos. Tanto por questões históricas como actuais.
Entendo, contudo, tanto o interesse internacional em Israel mas especialmente americano. Entendo, também, que um País atacado tende, naturalmente, a defender-se...mas não é exactamente isto que Israel faz.
Entendo, ainda, que os israelitas andas com as calças na mão por conta do que se passou no Egipto e no que se está a passar agora. Pode ser o fim de 79 e com o fim de 79 Israel fica muito mais cercado do que está agora.
E entendo que quando ouvem um palestiniano dizer que só à katyushada se pode pensar na paz eles ficam cada vez mais nervosos.

Não nos esqueçamos, contudo que: apesar dos pesares, não há mais país nenhum no mundo em que todos os seus habitantes (TODOS) são militares. Só mesmo Israel.

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