Assad, Síria e os Ditadores
Há uns dias estive a ver o Piers Morgan (felizmente apresentado por outro que não om próprio) e, como tem acontecido todos os dias, o assunto foi se os EUA deveriam ou não bombardear a Síria.
Neste episódio em particular, aconteceu uma coisa a que se chamou Townhall Meeting que consistiu em ter plateia, basicamente, e em pedir que eles levantassem a mão ou não conforme concordassem ou não com uma pergunta qualquer e colocar algumas questões quando a vez lhes tocasse.
A dada altura, falou um Sírio-Americano (adoro como nos EUA o pessoal é quase sempre outra coisa que não apenas norte-americano) que disse que era apoiante do regime de Assad e que este era apoiado pela maioria da população e que entendia que os EUA estavam a meter-se onde não eram chamados e que a oposição são terroristas e por aí fora (acho que só se esqueceu de dizer que foram os gaseados que se gasearam).
Pensei que aquilo ia pegar fogo mas não. O apoiante do Assad não foi molestado de forma nenhuma. O máximo que aconteceu foi um dos comentadores do programa lhe ter dito que se ele é apoiado pela maioria da população não se entende o motivo pelo qual não convoca eleições. BINGO!
Ora, não há ditaduras sem apoios.
A questão que se deve colocar sempre (e que recebe, quase sempre, a mesma resposta) é quem apoia o ditador.
Estaline não teria aguentado sem apoio e nem Hitler e nem Mugabe e nem Hassam e nem os Al-Saud e nem Salazar e nem, pasme-se, Assad.
Não me surpreendeu que alguém viesse defender Assad até porque nestes casos, as mais das vezes, defender o ditador é defender-se mas já me surpreendeu como pode um gajo dizer que a maioria o apoia. É uma perda de noção do ridículo.
Fez-me lembrar o Presidente do Benfica, salvas as devidas proporções, a defender o JJ. É evidente que ele defende o JJ porque defender o JJ é defender-se.
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