Crazy, Stupid, Love
Este FDS vi o filme que serve de título ao post e gostei. Gostei porque - parece-me - é uma comédia romântica que não vive de trocadilhos fáceis nem de uma sequência inesgotável de sketches.
Havia uma história que se tornou previsível mas não se pode pedir tudo a um género que não foi criado para o fornecer.
Mas não é minha intenção fazer uma crítica à fita. Não foi isso que me chamou a atenção até porque apesar de ter gostado não foi um filme que me tenha marcado (como também, repito, não terá sido a intenção do realizador).
O gajo que é traído pela mulher desconhece como se sacam gajas. Depois de muito tempo em cativeiro (e tendo apenas malhado a mulher em toda a sua vida - arrepio e esgar de dor) anda à toa e não se sente capaz de entrar na arena novamente.
Encontra, então, um especialista da modalidade que o ensina o que fazer mas as lições adiantam coisa nenhuma. Ele muda de roupeiro, de sapatos e nada... as pérolas que lhe são dadas nada resolvem.
Então, depois de muitos falhanços ele consegue sacar uma gaja. Este sacanço, contudo, não resulta de nenhuma das técnicas aprendidas. Apanhou uma que achava sexy a insegurança dele e a sua falta de talento.
E foi aqui que reconheci, em parte, o que me aconteceu.
Depois do tipo ter malhado a gaja tudo mudou. Passou a ser capaz de utilizar os instrumentos que o professor lhe tinha dado. Os instrumentos, contudo, só puderam ser usador porque ele tinha adquirido confiança. Tinha percebido que era capaz!
Eu sou capaz de apontar o exacto momento em que isto me aconteceu. Não a data, porque sou péssimo com isso, mas o momento.
O meu caso não era tão grave como a do tipo do filme. Nem perto disso. Já tinha malhado fêmeas e já sabia que era capaz de as sacar. O que eu descobri foi que era capaz de sacar um tipo de gajas estratosférico (para mim, estratosférico).
Naquele momento, bem, depois daquele momento, deixou de me fazer diferença quem eram ou como eram. Se gostava delas, aí estava eu, sem qualquer problema.
Passei a sacar mais. Passei a sacar melhores.
Se me perguntarem se nunca falhei a resposta é óbvia: Sim.
Mas quando deixei de encarar isto como uma impossibilidade acertei bastantes. E acertei exponencialmente mais do que tinha acontecido até à data.
Coisas pequenas que mudam tudo.
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