Monday, August 06, 2018

Relações e os seus Problemas

As relações implicam limitações.
Eu sei que meia dúzia de idiotas lançarão idiotices como ah, é porque não é a relação que devia ser e se te limita, devias mudar as coisas! e ah, as relações devem ser sempre como o ar que impele as asas dos pássaros! e merdas desse tipo.
A todos eles: pó caralho.

As relações implicam limitações.
Para explicar, em concreto e sem abstracções, o que quero dizer:
Como resulta (pelo menos) do meu último post estou a tratar de me orientar para viajar com Ela. 
A coisa está a encaminhar-se e os passos estão a ser dados.

A minha ideia para este tipo de viagens é muito ampla: um gajo traça, ao de leva, onde quer ir e depois de lá estar decide o resto. É uma tentativa de encontrar o meio termo entre a ignorância de nada saber e a chatice de organizar as coisas em demasia e, com isso, perder o que mais me interessa nestes percurso.

Não é a primeira vez que viajo e não é a primeira vez que viajo para longe durante um período de tempo que gente que tem emprego considerará prolongado e estou a fazer duas coisas que nunca na minha vida fiz:
1. análise do nível de criminalidade por zonas;
2. análise de seguros de saúde em viagem (este segundo estou a ver muitíssimo ao de leve porque me faz sentir um paneleirote que nem é bom...).

Pensarão mas, K...esse tipo de preocupações são normais e devias tê-las tido sempre!
Talvez tenham razão mas, para ser sincero, não acho que tenham.

Não sou um mentecapto e estou sempre de antenas no ar quanto ao que me rodeia, onde se inclui a segurança e criminalidade; e estou sempre de antenas do ar independentemente de onde esteja, incluindo a saída do prédio onde moro.
Mas a minha experiência - e o caralho da CMTV, por exemplo - diz-me que as coisas que ouvimos e lemos sobre os locais são amplamente exageradas.
Quando estive no Rio de Janeiro, não me senti em risco uma única vez;
Quando estive no México, tive um ligeiro calafrio na espinha quando estive na Cidade do México mas, vendo bem as coisas, foi resultado da minha juventude e ingenuidade;
Quando dormi no aeroporto da Holanda e numa estação de comboios em França, nada de relevante tenho para contar.

...eu sei que há lugares mais arriscados que outros mas sei, também, que a esmagadora maioria dos casos relatados ou são isolados ou bolsas realmente a evitar.

Compreendam: não quero ir para a Síria de férias. Eu não quero morrer.

Bem, o assunto nem é este:
a preocupação com segurança e com cenas médicas são preocupações com Ela e este tipo de preocupações limitam o prezar que tenho naquilo que pretendo fazer.

Ah, K, então mais valia ires sozinho! poderão dizer e o descrito poderá empurrar para esse tipo de resultado mas, aqui, o resultado não é igual às parcelas.

Eu prefiro ir com Ela e prefiro as limitações descritas à sua ausência.

Todas as relações impõe limites e isso é normal e, até, desejável.
Primeiro, porque se ignorarmos quem connosco partilha os dias será melhor, de facto, mudar de ares;
Segundo, porque eu preciso de limites.

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