Thursday, September 27, 2018

...não sou de cá.

Ia contar duas ocorrências de hoje - e vou - mas assolou-me uma outra questão que me prendeu.
Nada do que por cá escrevo é remotamente falso ou ficcional. Pode dar-se o caso de estar errado no que digo ou ser imperfeito nas minhas observações e conclusões mas são um retrato fiel não editado do que penso e do que, as mais das vezes, não tenho pena ou vergonha de pensar.

-------------depois das histórias volto------------------
Vou pôr o ar-condicionado mais baixo um bocado disse uma das colaboradoras e foi desligá-lo.
Outra das colaboradoras disse isso não é pôr mais baixo! e a primeira, porque acha ser engraçada, disse qualquer merda que nem ouvi.
- B, não. Isso é para estar ligado. Se eu não mexo nisso, tu não mexes nisso.
Não sei porquê. O deste lado não influi o teu bem estar.
- (só fiquei a olhar)
Mas que não seja por isso, eu ligo.
- (só fiquei a olhar)
Pronto. Mas continuo sem perceber o que influi o teu bem estar. Estou a falar contigo.
- Eu ter de explicar por que motivo o AC num open-space influi no bem estar de todos...bem, vamos dizer que é um lapso de raciocínio da tua parte para não dizer pior.

Eu não sou um cão pequeno.
Eu não ladro e não me impressiono quando me ladram.

Depois - ou antes, não estou certo - mandei um E-mail a uma mulher que até aprecio a fazer reparos ao trabalho que o escritório dela estava e está a fazer.
Como a aprecio, dentro do desagradável que é ser chicoteado tentei ser mais amável do que é costume.
Não nutro, contudo, o mesmo apreço pelo chefe dela que ia em CC.
...o chefe dela também não gosta muito de mim porque acha que tem uma posição importante e que percebe mais da poda que eu.
Enventualmente, terá uma posição mais importante;
Seguramente, não percebe mais da poda que eu;
Obviamente, está uns bons milhares de neurónios atrás de mim.

Respondeu-me este segundo camelo e chamou hostil à minha forma de colocar as questão e manifestou o desagrado, por entre reparos ao que eu tinha dito.
Ora, ele estará certo quanto a eu ser hostil mas, na realidade e neste caso, não fui; ele não sabe fazer reparos ao que eu disse porque 1º não havia reparos a fazer e 2º porque não tem arte para isso.

Respondi com recortes das merdas que fez, para lhe esfregar na cara;
Terminei lamentando ter ferido a sensibilidade dele.

Duas horas depois, estava feito o que tinha demorado, até agora, mais de um mês para fazer.

--------------------voltando---------------------------------

Nenhuma destas situações são excepcionais nem raras no meu dia-a-dia e aprecio que assim seja. Confirmam o meu sentimento quanto a quão parvas as pessoas conseguem ser e que a maioria delas baqueiam quando lhes cheira que o que está a acontecer não é uma ameaça mas uma promessa.

...mas ando a dar mais valor do que o costume a este tipo de merdas e a pensar, para mim, é assim, foda-se! com mais intensidade.
E dei por mim a perceber que isso está directamente relacionado com a falta de alegria que me anda a percorrer há algum tempo mas mais intensamente esta semana.

Estou a afagar o meu Ego com estas paneleirices para compensar o facto de estar onde não me apetece. Estou a combater o realismo do se calhar precisar de fazer alguma merda! com a ficção de ainda que não estejas a fazer a merda que devias...continuas a ser espectacular!.

Não estou certo de como isto vai acabar mas é ainda possível que não acabe mal.
Pode ser que seja só uma fase. Já aconteceu antes.

Como estou mais velho, também estou mais ponderado o que é, na minha cabeça, uma metáfora para apaneleirado. 

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