Wednesday, July 19, 2006

Grão de Areia


É indiscritível o que faz um gajo queimar de vez....muitas vezes.

Dias e dias de uma engrenagem que se movimenta como estando perfeitamente oleada mas não está.
Horas acomuladas de uma indiferença que no fim da linha se transforma em raiva.
Minutos silenciosos que a cada bater de ponteiro se torna mais ruidoso.

FODA-SE!!!

Não sei se lhe hei-de chamar agressividade contida...a minha é bem latente e nada camuflada.
Não sei se lhe hei-de chamar submissão...tenho mais de dominante do que de dominado.

Chamar-lhe-ei a impossibilidade de ser tão distante e tão frio como desejaria.
Chamar-lhe-ei a impossibilidade de exteriorizar o quanto certas merdas me afectam.
Chamar-lhe-ei a impossibilidade de distribuir um virus que só eu posso conter.

Prefiro esconder-me nas horas em que me transformo no maior buraco negro do universo, nestes momentos em que o sol se apaga quando olho pra ele, nessa sequência temporal em que as feras se escondem nas tocas pra não serem esventradas.

É o ferro de fora a derreter com a lava de dentro.

Odeio esse sentimento de incapacidade de ser capaz de matar o grão de areia como mato o Golias.

Grão de areia sádico que não corta mas incomoda.
Grão de areia diabólico que não se estranha mas que se entranha.

Filho da Puta de Grão de Areia....

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