Lei da Selva
Ontem estava a ver o Batman (não resisto a qualquer filme que reproduza - mais ou menos fielmente - os herois da banda desenhada).
O Batman nem é dos meus heróis favoritos...depende muito de tecnologia e de armadura e tal...sou dos que gosta dos mutantes e coisa desse tipo.
Ontem, durante o filme, lembrei-me de um mito urbano que se criou (julgo não ter passado de mito) que preconizava o aparecimento de um filme que iria colocar em confronto o Batman e o Super Homem.
Quando apareceu esse mito tive vontade de vomitar.
A simples perspectiva de o que esse filme traria deu-me náuseuas.
O desfecho não o posso adivinhar, se bem que a minha aposta vai para que ou ficariam amigos (bah) ou que o batman ganharia o confronto (argh). No limite, tenho a certeza que não fariam um filme com menos do que 90 minutos sobre uma "não história" e mesmo que o Super Homem ganhasse seria, seguramente, uma vitória difícil.
Irrita-me!
Qualquer pessoa que perca 2 minutos a pensar nisto não poderá deixar de achar que é ridículo.
Num plano de realismo (sendo o realismo surreal porque se presumiria a existência de ambas as personagens), bastaria ao Super Homem cuspir ao Batman que ele cairia fulminado.
É a lei das coisas, a diferença de poder é absurda pelo que nem com toda a argúcia do mundo uma formiga vencerá um elefante.
Mas...estes filmes são a projecção de uma "mensagem", uma forma de transmitir à grande massa amorfa de que "é possível superar as dificuldades" e de que "o mais fraco pode vencer" juntando um pouco de "inteligência supera a força".
Acredito em todas as mensagens que transcrevi acima, mas acredito ainda mais na relativização das mesmas.
Acredito que todas as qualidades podem servir para equilibrar uma balança desiquilibrada....mas tudo tem limites.
Este contributo para que as pessoas acreditem nas suas capacidades anda perto do alucinogénico.
Antes do mais acho de toda a utilidade saber que batalha se vai travar e ter a noção de que esta pode ser vencida. Mas é indispensável o realismo.
Tentar derrubar uma parede com a cabeça, por muito grande que seja a crença nas capacidades, pouco mais resultado dará do que uma cabeça rachada...então para quê?!
O orgulho de "não desistir" é útil num plano de combatividade mas ridículo quando ultrapassa as marcas da impossibilidade.
É preciso empregar as forças onde elas serão úteis e não onde o insucesso está a 2 cms do nariz e não se consegue ver.
Batman...espero que, a acontecer o filme, o Super Homem o desmembre em 5 segundos!!
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