Pata de Fenris

A vida é feita de dicotomias, de coisas que se conflituam e ainda assim coexistem, de direcções opostas que pertencem a uma só estrada....esta é só mais uma.

Não me considero machista, aliás, até as cores que me pintam os cabelos e os olhos (não tanto a pele...) estão longe de se assemelharem à latinidade...irmão gêmeo do machismo aos olhos do mundo.

Eu não quero a mulher na cozinha, apesar de também a querer na cozinha.

Eu não quero uma mulher "doméstica" e muito menos domesticada, apesar de também a querer a tratar da nossa casa e doce.

Eu não quero uma mulher apática e seguidora das direcções que escolho, mas também a quero incondicionalmente do meu lado.

Não me leio machista mas leio-me Homem, com as diferenças (que as há) e com as igualdades (que também as há).

Mulher que esteja ao meu lado, que não atrás de mim, será protegida...é simples e directo...Será Protegida.

Não quero com isto dizer que ela será fraca e nem sequer que precise de ser protegida...apenas o será.

É uma escolha que não posso (porque não consigo) permitir a quem comigo divide a vida.

É independente de vontades, tanto minhas como dela, é assim e vai ser mesmo.

Não consigo imaginar tocarem na minha flor e eu ficar quieto, mesmo que ela se saiba defender.

Não a imagino triste e isso não me fazer sentir impotente...mesmo sabendo que não sou nem serei capaz de dominar o mundo com os punhos.

Sou de pedra, fui assim criado.

Sou ácido, contruiram-me assim.

Sou agressivo, foi o molde em que me fizeram.

Sou doce com ela (quando consigo...), sou um abrigo pra ela...

É a pata do lobo que a aquece de noite e a protege de dia.

Deve ser difícil de aguentar o meu sangue a ferver...mas para todo o ponto há um contraponto.