Tive uma conversa, há relativamente pouco tempo, com duas mulheres, numa mesa onde estavam mais pessoas, entre elas os respectivos maridos, sobre Psicologia. Não sobre aquilo que trata ou mesmo o tipo de tratamentos mas antes o clássico, para mim, do "Para Quê?".
Era uma conversa sem final porque, à partida, já me parecia para onde elas iam e para onde elas iam seguia na direcção contrária à minha.
Então, uma era psicóloga e outra uma antiga "psicologada". Naturalmente, eu não sou uma coisa nem outra e não tenho perspectivas de o ser.
Como é natural entre mulheres e especialmente entre aquelas que dominam, ou coisa parecida, a psique, não ficaram contentes em falar da sua experiência e dos benefícios de um gajo "se abrir", pretenderam, ainda que inocentemente, acredito, vender-me isso.
Não resulta.
Quando, perplexas, me perguntaram o porquê desta aversão expliquei-lhes que não se tratava de aversão; não tennho nada contra psicólogas ou a quem a elas recorre (aliás, tirei o curso por baixo de psicologia e só tenho a agradecer a existência de psicólogas), acredito que cada um deve procurar a melhor solução para o que os aflige e não entendo a psicologia como charlatanismo.
O que acontece é que não procuro desculpabilizações mesmo quando elas vêm sobre a égide do conhecer-se e aceitar-se a si mesmo. Soa-me tudo a busca de um perdão que nos ilibe do que fizemos ou fazemos e do que queremos ou quisemos... é uma coisa a raiar a confissão no catolicismo, uma espécie de "admitir o pecado e arrepender-se dele é suficiente", independentemente de quantas vezes incorremos no mesmo pecado ou no mesmo erro.
Bem, parece-me bem sabido, se não mesmo documentado, que as mulheres adoram casos perdidos e que casos perdidos adoram mulheres. Multiplicando isto por não sei quantas vezes devemos ter o quanto gostam desta mesma situação quem se dedica a tentar, profissionalmente, recuperá-los.
Assim como assim, fico a pensar quem "psicologará" a psicóloga que vai ter de ter umas quantas sessões para se recuperar da sua essência carnal que viu a luz do sol, ainda que de noite.
Era uma conversa sem final porque, à partida, já me parecia para onde elas iam e para onde elas iam seguia na direcção contrária à minha.
Então, uma era psicóloga e outra uma antiga "psicologada". Naturalmente, eu não sou uma coisa nem outra e não tenho perspectivas de o ser.
Como é natural entre mulheres e especialmente entre aquelas que dominam, ou coisa parecida, a psique, não ficaram contentes em falar da sua experiência e dos benefícios de um gajo "se abrir", pretenderam, ainda que inocentemente, acredito, vender-me isso.
Não resulta.
Quando, perplexas, me perguntaram o porquê desta aversão expliquei-lhes que não se tratava de aversão; não tennho nada contra psicólogas ou a quem a elas recorre (aliás, tirei o curso por baixo de psicologia e só tenho a agradecer a existência de psicólogas), acredito que cada um deve procurar a melhor solução para o que os aflige e não entendo a psicologia como charlatanismo.
O que acontece é que não procuro desculpabilizações mesmo quando elas vêm sobre a égide do conhecer-se e aceitar-se a si mesmo. Soa-me tudo a busca de um perdão que nos ilibe do que fizemos ou fazemos e do que queremos ou quisemos... é uma coisa a raiar a confissão no catolicismo, uma espécie de "admitir o pecado e arrepender-se dele é suficiente", independentemente de quantas vezes incorremos no mesmo pecado ou no mesmo erro.
Bem, parece-me bem sabido, se não mesmo documentado, que as mulheres adoram casos perdidos e que casos perdidos adoram mulheres. Multiplicando isto por não sei quantas vezes devemos ter o quanto gostam desta mesma situação quem se dedica a tentar, profissionalmente, recuperá-los.
Assim como assim, fico a pensar quem "psicologará" a psicóloga que vai ter de ter umas quantas sessões para se recuperar da sua essência carnal que viu a luz do sol, ainda que de noite.
1 Comments:
Adorei o texto...
Faço terapia há alguns anos, os motivos que me levaram a isso não importa, como vc mesmo disse é uma questão de escolher aquilo que nos faz bem.
Entendi perfeitamente quando vc disse não se tratar de aversão, é simples forma de encarar as coisas, é assim que vc se sente e pronto, qual o problema?!
Ando numa fase de aprender a respeitar as diferenças e as discordâncias, não se trata de tolerância, é simplesmente encarar que cada um escolhe aquilo que entender ser melhor e que não devo passar a vida tentando convence-las daquilo que penso ser o melhor para elas... Dificl viu?!
Mas seu texto foi brilhante e me ajudou a perceber que estou no caminho certo!!!
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