Monday, October 28, 2013

Este FDS dei uma vista de olhos a uma entrevista do Jerónimo de Sousa a um dos jornais de negócios. Não o li em profundidade, porque a profundidade, ali, não existe, mas ficou-me na retina uma afirmação sobre nacionalizar o que já foi privatizado.
Ora, como se faria essa nacionalização uma vez que as empresas acabam de ser privatizadas, pergunta o jornalista, ao que, parafraseando, Jerónimo responde de uma maneira ou de outra.

Não sabem nada.
Não aprendem nada.
Não evoluem nada.
Não possuem nada.

Esta mentalidade de Sec. XIX nunca funcionou mas o Jerónimo não desiste. E não desiste porque não sabe.  Ganhou mais meia dúzia de câmaras e ressurgiu, como fénix, pensando que as pessoas passaram a ouvi-lo ou a acreditar nele. Não passaram. O que aconteceu é que não acreditam em ninguém e se, em termos práticos, a diferença pode ser pouca (afinal, votos não falam) em termos reais a diferença á monstra.

Um exemplo desta incapacidade cultural e intelectual:
Quando os EUA, há muito tempo, tomaram conta de Cuba decidiram não pagas as dívidas que esta tinha para com o estrangeiro. Decidiram que tais dívidas haviam sido contraídas em benefício próprio (dos que governavam) e não alheio e geral (dos que eram governados e iriam pagar): a isto chamaram Dívida Odiosa.
Quantas vezes ouvi falar disto na TV? Q que me lembre, nenhuma.
Se isto seria um argumento e uma solução para os dias de hoje? Não sei. Os tempos são outros; nós não somos americanos.

MAS!, se o programa eleitoral de alguém é não pagamos não seria útil que quem se arroga desta solução nos dissesse: olhem, os reis do capitalismo fizeram isto que nós propomos! E fizeram-nos por isto e isto e isto!
Mas eles não sabem...

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