Friday, November 01, 2013

PIONEERS GET SLAUGHTERED AND SETTLERS PROSPER

Há uns tempos ouvi esta afirmação e ficou-me gravada no cérebro.
Como todas as regras da vida não é absoluta mas talvez se enquadre na maioria. Não faltam exemplos históricos de gente que teve razão antes do tempo e que, por isso, sofreu consequências muito pouco agradáveis (lembro-me de muitos exemplos que aqui se enquadram e que foram levados a cabo pela Igreja Católica) para, posteriormente, outros parecerem originais com base nas ideias requentadas e terem ficado de forma mais relevante na história.

Esta é uma lição que, ao nível mundano e não galáctico do tipo Copérnico, tenho muita dificuldade em implementar mas nenhuma dificuldade em aceitar.
Em termos gerais, acho que é uma asserção correcta.

Assim, uma vez mais, em termos terrenos e muito pouco relevantes para o curso do mundo, chamamos a estes pioneiros os do contra. Podemos pensar numa aplicação hodierna do combate aos Velho do Restelo. Aquelas pessoas a quem apenas interessa estarem ou sentirem que estão certas; aquelas pessoas que lutam não necessariamente por ideais mas por uma situação em concreto por um motivo em concreto, que não tem de ser altruísta.
Pense-se, por exemplo, no gajo que diz sim senhor ao chefe ou no deputado que abana a cabeça em forma de apoio ao que quer que seja ou ao jogador que não coloca questões ou objecções ao modelo táctico mesmo que com ele discorde. E agora pense-se no seu contrário.

Podem dizer-me, com razão, que a história, quando olha para trás, dá valor aos revolucionários, aos que na sua época eram visionários, aos que não se contentavam em seguir a manada e, em resposta, concordando, posso perguntar como foi a sua vida na altura. A resposta, as mais das vezes, é que, enquanto eram vivos tinham uma vida menos, vá lá, glamorosa do que agora, que por cá não andam.

No meu caso, é uma questão de feitio ou de mau feitio.
Não sou nobre o suficiente para lutar por ideais e coisas etéreas mas, em contrapartida, gosto muito de ter razão ou de achar que a tenho e preciso de muito pouco mais que isso para continuar a mandar-me contra uma parede.
Visto de fora, a minha irreverência pode ser gira mas vista de dentro é menos. Assumo, também, que esta minha forma de andar não é consciente no sentido em que a quero mas inconsciente no sentido em que não consigo evitar.

Se me deixassem escolher e eu fosse suficientemente inteligente para, serenamente, optar pelo caminho que, a frio, me parece mais saudável para quem o caminha, seria um Settler e nunca um Pioneer.
Lamentavelmente, um gajo não consegue escolher certas coisa.

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