Thursday, March 28, 2019

YEAH, MOTHERFUCKERS!


Tuesday, March 19, 2019

...é um bocado como apanhar uma conversa a meio.
Não tem um tema concreto. Ia escrever que também não tem um acontecimento específico mas isso soou-me a falso. Não que queira mentir. Só é capaz de estar relacionado. E começa a surgir.

Não muito raramente, o justo paga pelo pecador. São como os danos colaterais de uma bomba no meio de uma guerra mas muito menos dramático.

Talvez o pior seja fazer os outros sofrer pelas memórias que trazem e não tanto pelo que fizerem. Melhor: nos casos de que falo nem sequer fizeram nada. O que devia ter dito talvez fosse alguma coisa como fazerem-nos lembrar de outra coisa.

É raro acontecer-me mas acontece.
Não queria. Mas acontece.

Porque não desisto nunca, não evito activamente as pessoas que estão envolvidas no quadro descrito mas também as procuro pouco. E, infelizmente, não desisto mas o meu humor sofre e pode dar-se o caso de parecer que estou a fazer um favor (não estou) ou que não queria estar ali (não quero).

Deveria apreciar dor?
Física aguento melhor.
Mas não deveria apreciar dor porque não padeço desse tipo de patologia.
Não aprecio mas aguento.

Monday, March 18, 2019

COOKE, BITCHES!


Friday, March 15, 2019

After Life

Este é o nome da série escrita, protagonizada, realizada e produzida pelo Ricky Gervais para a Netflix.
Em grosso, trata-se de um gajo que perdeu - morreu, não se esqueceu onde a deixou - e que perde o rumo.
Há muito que aprecio o Gervais e, por isso, acompanho tudo o que ele vai fazendo.

...de todo o modo:

A dado momento, a personagem principal diz a uma outra qualquer coisa como:
Aqui é um bom sítio para progredir, não ligues ao que tenho andado a dizer. Eu não progredi na carreira, não fui promovido e nem mudei de emprego porque não fiz por isso.
Não me esforcei muito nem fiquei a trabalhar até mais tarde. Podia ter feito mais. Não quis.
O que era importante para mim era ir ter com ela logo que o horário de serviço terminasse porque queria passar com ela o máximo tempo que conseguisse!

Compreendo.
Quero o mesmo.
O que me distingue da personagem que isto diz não é a vontade mas a personalidade.
Eu, como ele, dou mais importância ao tempo que passo com Ela do que à progressão profissional ou a ganhar mais dinheiro. Eu, como ele, espero estar com Ela o mais que consigo.
Eu, não como ele, detesto perder. Eu, não como ele, tenho um ego que me preenche a maioria dos poros, o que me impede de fazer o estritamente necessário porque...bem, porque sou e quero ser melhor que a maioria e quero ser melhor que a minoria que é melhor que a maioria.

Não fosse este defeito de fabrico e não verteria uma gota de suor por trabalho ou outra coisa que me interesse menos.
Mas sou defeituoso.

Poder-se-á pensar que esta minha perspectiva apareceu com o passar dos anos.
Agora sou mais manso e sentimental do que era.
Posso, até, ser estar mais manso (o que, confiem, é uma coisa boa) mas não estou mais sentimental.
Eu sempre quis o ter o que descrevi e tanto quis que recusei o que quer que fosse a menos.

Ah, K, mas finalmente apareceu!
No momento certo, acho que sim.
Podia ter acontecido antes e poderia ter sido mais cedo porque a minha vontade sempre existiu e pode mesmo ter acontecido oportunidade para se concretizar mas, nesse tempo isso, eu era uma outra pessoa.
Queria o que quero mas não conseguia fazer tudo o que devia por isso.

Em boa verdade, talvez não consiga ainda.
Não renego a minha parte de virtude na relação que agora tenho mas e dEla é muito maior que a minha.
É Ela quem me segura pelo braço quando quero desaparecer.
É Ela que tolera quando, injustamente, sou mais agreste.
É Ela que me abraça quando quero que tudo vá pó caralho.

Enfim.
Era só pra dizer.

Monday, March 11, 2019

Proverb, BITCHES!

“A society grows great when old men plant trees in whose shade they know they shall never sit”

Friday, March 08, 2019

Será que Apenas Pioramos?

(muitos dias depois, uns minutos!)

A premissa deste post é, à partida, o princípio de que As Pessoas Não Mudam.
A afirmação não pode ser tomada de forma absoluta e literal. A afirmação há-de ser entendida como de base; o âmago; o fundo dos fundos.

Direi com clareza que não sou a mesma pessoa que era há 10 anos atrás (talvez nem a mesma que era há uma semana)...mas também não sou outra. As diferenças podem ser muitas mas o ADN não mudou.
Tentemos assim: uma mesa envelhece com a idade e, se quisermos, podemos pintá-la de uma outra cor ou entalhá-la. A objecto mudou muito mas não deixou de ser uma mesa.

Então, só pioramos?
Esta questão é de difícil generalização, mesmo quando aplicada a uma única pessoa. 
O estado de espírito em que ando empurra-me para dizer que as pessoas apenas pioram mas é uma visão de túnel e impregnada de acontecimentos recentes; impregnada, também, da minha tendência natural para procurar falhas. Não só nos outros mas também em mim. Na verdade - também uma mudança que se foi dando - sou muito mais violento com as minhas falhas do que com as dos outros.

Esta conversa poderia azedar muito depressa mas tentarei evitar isso.
Vou mudar a paisagem mas manter o rumo.

No fim de semana que passou, fui passear. Passear é uma das poucas actividades que me permite usar o termo feliz.
Reduzamos o passeio a 3 lugares:
Rio de Onor;
Puebla de Sanabria;
Podence.
(não vou descrever em exaustão. Look it up!)

Rio de Onor fez-me sorrir muito!
Uma aldeia com quase ninguém e sem uma papelaria, sequer.
Rodeada de verde por todo o lado e com um rio a cortá-la ao meio. Vacas, ovelhas, cães e pedra. Muita pedra.
O que há a fazer por lá?
Nada. Existe-se. Aprecio.

Puebla Sanabria não me desagradou.
É, também, uma aldeia mas em muito melhor estado.
É mais limpa. Está recuperada. Tem comércio. Está organizada.
...não apreciei particularmente...
Ah, K, tinha muita gente, era?! ouço em tom trocista.
Não, não tinha.
Também não era rodeada de verde e não tinha um rio. E também não tinha animais. E as (ainda que poucas) pessoas que lá havia não pareciam viver na época em que a terra foi criada.
Reparem: não é que queira que o pessoal ande de armaduras (detesto feiras medievais!) mas fez-me espécie o gel no cabelo e as t-shits da moda.

Tenho a certeza - era visível! - que tem muito mais movimento e que beneficia de condições mais desenvolvidas para se viver. Tenho a certeza - foi óbvio! - que há mais gente a gostar daquilo do que de Rio de Onor.

Eu não.
Rio de Onor só permitia ouvir balidos e água a correr.
Não quero ouvir mais nada.

....e fui a Podence.

Podende é conhecida por cauda do desfile de Carnaval.
Naturalmente, detesto o Carnaval mais do que detesto a praga mas, agora, tiro fotografias. E ainda que deteste determinado tipo de merdas - como o Carnaval - estas coisas tendem a dar boas fotografias por serem pouco comuns e coloridas.

....e era demasiada gente.
Estava a contar não apreciar aquilo porque detesto ajuntamentos deste tipo.
De facto, não apreciei.
O que já não contava era acabar com taquicardia, mãos suada e palpitações. Comecei a sentir-me em mau estado...
Não achei que fosse desfalecer nem nada que se assemelhe. Não tive nenhum ataque de ansiedade (ainda que admita que pode não ter estado longe. Não fiquei tempo suficiente para confirmar). O que aconteceu é que comecei a ter pensamentos violentos.
Comecei a pensar que o que me apetecia era começar a rebentar idiotas à direita e à esquerda mas nem sequer idiotas eram.
O problema não eram as pessoas. O problema sou eu. Eu não quero estar perto delas.

E é mais ou menos a isto que quero chegar.
Eu era uma criança imensamente sociável. Falava com polícias que não me tinham perguntado nada e imitava cantores famosos no emprego da minha mãe.
De uma forma demorada e quase imperceptível, fui deixando de ser esta borboleta social. 
Ainda assim, até, talvez, aos 24 ou 25 continuava a sair quase todas as noites da semana e sempre ao Sábado. Jantares. Cafés. Convívios. Jogos.
Depois, de uma forma mais rápida, comecei a ter menos paciência para quase tudo mas, ainda assim, falava ao telefone e encontrava-me com gente. 

Desde há uns anos - aqui, tenho mais dificuldade em precisar. Talvez a partir dos 33 ou merda assim - passei a ter uma agenda telefónica com, talvez, 25 números dos quais uso uns 4 ou 5. Passei a falar com uma 3 ou 4 pessoas e, mesmo assim, com pouca assiduidade.

Agora, fico realmente tenso e irritado quando me vejo no meio de gente que me acotovela mesmo que por pouco tempo.

É possível que passe de misantropo para ermita.
Não me preocupa muito ser misantropo. Acho justificável.
Não me apetece ser ermita mas a hipótese de escolha está a diminuir...

Tuesday, March 05, 2019

(Sem grande tempo mas...) YEAH, BITCHES!