Thursday, December 31, 2015

FEDOR!!


Wednesday, December 30, 2015

...E Um Misto de Todo o Cão Tem o Seu Dia Com Música Não Trágica...

Não sou grande apreciador de Eric Clapton mas ontem enquanto limpava merdas encontrei uma VHS (sim, velho...) que tinha isto gravado...e era MESMO isto:

Mais uma das raras de que gosto e não é trágica.

Juro Que Não É Bem Sobre Gajas!

Quando há uns dias fui a uma festa com um amigo encontrei um magote de gajas que eram da minha faculdade (eu sei, parece que tem vindo a ser um tema recorrente isto da faculdade mas é mesmo casual!).
Uma delas viu-me (já o tinham visto a ele) e vieram-me cumprimentar. Eram, se não me engano, 4 sendo que só com uma delas me é mais do que uma mera conhecida. Aliás, tanto assim é que nos disseram que estavam a contar que tivéssemos aparecido no jantar de aniversário.

Bem,
quando viemos embora, estávamos a falar delas e de como o tempo não tem sido particularmente gentil com as mulheres e chegámos à conclusão que achávamos que a melhor das 4 era a mesma.
Normal, certo? Nem tanto.
Na escala meramente visual, a que preferíamos estava em 3º lugar mas na presença em 1º.

Quer isto dizer que dentro de parâmetros razoáveis o mais importante não é a beleza e o quão boa a gaja é, mesmo quando não estamos a falar de gostar delas, caso em que não é mesmo especialmente relevante. Mesmo quando estamos apenas a apreciar há outras coisas que interessam e coisas que nem sempre são tangíveis.
A que gostámos mais era disso exemplo: tinha 2 gajas melhores que ela à volta (uma delas bem melhor) e isso interessava nada.
Se andarem por cá de vez em quando poderão estar a pensar que sou estúpido e incongruente porque não há muito tempo fiquei fodido porque meteram gajas não boas numa lista de gajas boas mas, aguentem: sem sair do mesmo exemplo, se só me dessem fotos eu preferiria as outras duas porque por foto é difícil avaliar o que mesmo presencialmente é difícil explicar.

E não é mesmo só sobre gajas!
Quando era mais miúdo achava que se tivesse uma mota (na altura é top) sacaria muito mais gajas. Tive uma mota, não saquei mais gajas.
Quantos de nós pensam que se tiverem músculos mais definidos e um sorriso mais branco e mais dinheiro seriam muito mais bem sucedidos? E mais bem sucedidos em geral, não apenas com o sexo oposto.
Não se segue o mais bonito, não se ama o mais bonito, não se quer o mais bonito...apesar de poder parecer. Vejam quantos e quantas são traídos, trocados, enganados, negligenciados sem que percebamos o motivo. Muitos e muitas são o protótipo do que se pensa querer só que nós só vemos fotografias!

Em perspectiva, diga-se: não olvido que o Mundo é, também, um concurso de beleza.
Agora, eu mesmo, sou tratado e encarado de maneira diferente porque estou mais bonito e melhor. Não me custa reconhecer embora me custe que assim seja,
As mais bonitas têm mais atenção mas isso dura em termos temporais o mesmo que a furar a epiderme: não havendo mais nada a ancorar, só será bom durante algum tempo.

A Liz Hurley (look it up em fotos de há, vá, 10 anos) foi traída por uma puta de rua sinistra.
Surpreendente? Nop. Nós só lhe vemos a fotografia.

Tuesday, December 29, 2015

Very Cool!

Por que é o Grohl um dos gajos mais Cool do Mundo?


Por que é Cool ser-se esquisito?


Coisas Com Graça, o Tamanho das Pilas e Gente de Vistas Curtas

Já por aqui rolou a seca de jantar que tive com pessoal sofisticado e acho que contei que um dos convivas referiu a puta da loucura que seria agora, porque a minha faculdade tem gajas boas, se tirasse o curso e a minha resposta a esta demonstração de super-heterossexualidade que é meramente verbal.

A continuação desta coisa foi curta mas teve um segundo.
Quando lhe disse que era estúpido estar a dizer que agora seria uma loucura, porque não fazia parte das características dele, acrescentei:
- Pá, não percebo muito bem que vergonha hás-de ter - porque ficou envergonhado. Não me arrependo de nada do que fiz e do que não fiz quando tirámos o curso e se não tivesse arranjado namorada no 3º nunca acabaria aquela merda em 5.

Isto teve duas reacções muito engraçadas:
Os 4 ou 5 que estavam à mesa e me conheciam pior (onde se incluíam 2 que tiraram o curso comigo) ficaram estupefactos por ter acabado o curso no tempo previsto (um deles não se acreditou nisso enquanto eu o dizia);
A generalidade, menos 1 que me conhece melhor, ficou de olhos esbugalhados porque eu tinha admitido - como sempre, mas sempre, admiti - que a coisa podia ter azedado se tinha continuado à solta.

A Graça:
É divertida a reacção das pessoas ao que não contam poder acontecer ou ser dito.

O Tamanho das Pilas:
Porque sou o que sou, há uma tendência para gente insegura tentar parecer o que não é quando exposta ao sangue que me pulsa nas veias.
Passam a comer mais gajas e a gostar mais de o fazer, passam a andar mais à pancada do que andam de facto e passam a dizer mais palavrões.
O outro quase se arrependeu de ter namorada durante o curso porque acha que isso o torna menos homem.

Gente de Vistas Curtas:
Porque tomamos os outros como nos tomamos a nós, presumimos, também, que o que nos torna os maiores é o que torna os outros os maiores.
Se não fizermos exactamente o que dizemos esperamos o mesmo dos que nos rodeiam.
Se somos incapazes de ter mais do que uma camada, achamos o mesmo e presumimos o mesmo relativamente a quem partilha este Mundo.

Ora,
porque eu saio, porque eu bebo, porque eu não ia às aulas, porque eu não tinha namorada, porque não evito o que quero dizer e porque sou pouco sociável passa a ser só isso que eu (e qualquer outro com quaisquer características) sou.
Depois, quando sou um bocado mais e quando demonstro não precisar de ser o que se pensa de mim porque não tenho, necessariamente, uma imagem a defender... gasp!

Tem graça mas às vezes cansa.
Chocar, especialmente sem esforço, é divertido mas desilude.

Monday, December 28, 2015

Todo o Cão Tem o Seu Dia


O Inferno São os Outros...e a Continuação Desta Quadra Maravilhosa...

26.12.2015

- Então, K? Como foi o Natal?
- O mesmo de sempre... nada de novo nem de relevante.
(depois de mais umas inutilidades, o que me chateia porque é um dos meus melhores amigos mas que também cresceu para o que se entende como sendo adulto...)
- Como é? Já arranjaste uma gaja?
- Em que sentido? A vida não me tem corrido mal...
- Não. Coisa séria. Com a idade que estás já devias pensar nisso. A R pergunta-me sempre se continuas na mesma ou se já cresceste.
- Oh, pá. É muito chato ter de te mandar pró caralho no Natal.
- Ahahahahaha. Tudo na mesma.

27.12.2015

- Então, chegaste às 6 e tal a casa?
- Confirmo. Estou um bocado queimado.
- Ah, K... fico preocupado contigo e com a tua saúde. Precisas de procurar alguém para acalmar.
- Foda-se, D. Parece que se juntou toda a gente para me dizer essa merda!
- Ah é? Se calhar não são todos os outros que estão enganados!
- Se calhar....
- Meu Deus... esta época acaba mesmo contigo, o que ainda me preocupa mais! Estás a concordar?
- D, estou cansado...
- Olha, tens de deixar. Agora, nada de casadas nem de gente muito complicada!
- Essa merda escolhe-se? Olha lá: tu não és casada?!
- Ah, vai-te foder!

Não é que este tipo de coisas seja novidade ou pouco recorrente.
Há esta ideia enraizada - que é a mesma que leva à infelicidade e aos divórcios - que, a dado momento, temos de acalmar. E o pior é que nem discordo. Há, de facto, um momento para crescer e pensar noutras coisas mas o meu ou ainda não chegou ou já passou e não o vi.

O moral desta história, como a D percebeu, é que nesta época de merda em que não ando muito contente começo ou tendo a achar que os outros têm razão e que deveria ser outra coisa ou corresponder ao que as pessoas que me rodeiam esperam de mim. E isto à revelia do que acho que devo esperar (ou não esperar) de mim.

Queria muito dormir durante duas semanas mas, infelizmente, isso não aconteceu.

Saturday, December 26, 2015

AD HOMINEM

É difícil tentar perceber quando demais é demais.
Muitas das vezes é evidente quando visto de fora mas a busca da verdade, que está, muitas vezes, de mãos dadas com a nuance, não é um momento fácil de encontrar.
Não será muito diferente do gráfico que revela quando é atingido o pondo de produção máxima de petróleo porque só se sabe qual é quando já tiver sido; será, também, relativamente parecido com aquele wiskey que fez a alegria tornar-se bebedeira.

É, também, difícil conseguir-se distinguir quando se fala com alguém para se ter perspectiva e quando se fala com alguém para se ver replicada uma perspectiva em específico.
Se formos suficientemente espertos - e nem é muito, sabemos, mais ou menos, o que nos dirá esta ou aquela pessoa; então, quando tomamos a decisão de, por exemplo, ligar a este ou aquele ou a esta ou aquela sabemos o que iremos ouvir e escolhemos, mesmo que inconscientemente, o que estamos dispostos a saber.
É esta verdade vista de forma extremada que leva a que o House não pergunte coisas aos pacientes porque parte do princípio (mais vezes certo do que errado) que lhe vão mentir.

É, ainda, complicado contrariar que os actos valem mais do que as palavras mas se atentarmos as limitações que nos impregnam a todos vemos que a verdade é menos líquida do que parece.

Eu disse: Eu quero ter um relacionamento mas acho que não consigo... Ao que me responderam que digo isso mas, a verdade, é outra: Não quero.
A verdade está entre o que digo e o que faço: Eu quero, por isso digo. Eu não quero, por isso faço. Mais a fundo, ainda, seria dizer que só quero se for de uma determinada maneira e aquela não era a maneira.
Quererá isto dizer que quero ou que não quero?

Alguém lê: Se precisas de mim, diz-me, paro tudo por ti e mesmo não achando que lhe estão a mentir sabe não ser verdade.
Não há afirmações absolutas, é óbvio. Não se deve, por exemplo, largar quem está numa situação pior por outra sendo que ambas essas pessoas são importantes.
O que sucede é que nem relativamente é verdade. Poderia ler-se Paro tudo, se não me for muito inconveniente, algo que ainda assim mereceria apreço mas que não é bem a mesma coisa.

...e voltemos ao início: Quando é demais?
Vai sempre depender a quem se perguntar, certo?

Poderemos, talvez, encontrar uns termos mínimos mas mesmo isso é difícil.
Talvez seja justo pensar que quando quem, de facto, não merece ser afectado pelas merdas por que estamos a passar é afectado seja o momento...
Talvez quando a evidência que se vê mas que se crê ser uma impressão deixe de o ser...
Talvez quando nos sentirmos mais burros do que estamos dispostos a ser.

Nem tudo valerá a pensa, independentemente do tamanho da alma.

É Redutor Mas...

Ando a dar forte nos livros, por estes dias, e os últimos 2 (um dos quais inacabado, ainda) versam sobre a Opus Dei e a Maçonaria e outro sobre a crise que se abateu pós 2008 (acho que é este o ano mas parece que foi ontem).
Como sou egocêntrico - ainda há uns poucos de dias me chamaram isso outra vez...não neguei - olho para as coisas e penso como me afectam; ah, pode não ser egocentrismo, pode ser que, como Voltaire, prefira falar de mim porque não sei mais sobre outra matéria.

OPUS E MAÇONARIA

Estive a ler e fiquei com a nítida sensação que cenas organizadas deste tipo não são para mim, o que acaba por ser mais ou menos esquisito porque pratiquei desportos de equipa e nem funciono mal em conjunto.
Pensar em passar por fases e usar adereços e fazer cerimónias e prometer coisas e jurar lealdade (coisa que sou sem jurar mas que se for imposto não resulta) faz-me uma extrema confusão. Pensar em mim de avental ou com uma cena amarrada à perna para me fustigar deixa-me com urticária e isto só de pensar.

Tenho problemas com autoridade e organizações de qualquer tipo.
Quando tive de fazer uma cena chamada team building fiquei próximo do homicídio; quando quiseram que fosse praxado dei por mim a pensar que talvez não fosse pior comprar um colete suicida.

Já tentei ser cordeiro, não resultou.

O DA CRISE

É muito engraçado, e interessante, que se procurem explicações técnicas para se entender o que aconteceu e por que deu merda. Tão interessante que não parei de ler cenas sobre política monetária e macro-económica e a consequência de excesso de poupança e a consequência dela no que concerne à insuficiência de crédito.
No fundo, contudo, radica quase tudo no mesmo: a humanidade.

É muito comum, por exemplo, dizer-se que os computadores e as máquinas não se enganam mas isto parte de um princípio altamente duvidoso: o de que quem as programa não comete erros.
Ora, se uma máquina é programada em erro ela limitar-se-á, sem falhas, a replicar o erro inicial para sempre.

É mais fácil radicar as explicações na nossa própria natureza.
A crise, esta e todas, acontece quer porque não temos memória quer porque somos, intrinsecamente, gananciosos e nada chega.
Explicações mais rebuscadas são divertidas e servem, apenas, para pensar que controlamos o incontrolável e que racionalizaremos, mais cedo ou mais tarde, o irracional.

...E PARA (DES)ENJOAR

Para complementar a estupidez que nos lambe a todos, tive um jantar de Natal que se previa vir a ser uma seca, seca que se confirmou.
Para ser honesto, poderá ter sido menos mau do que me lembro porque a minha disposição era um bocado má...juntou-se a época, a ressaca, o cansaço e a vontade de estar a fazer outra coisa com a previsível chatice que segue uma prova de vinhos com umas tapas.

Pá... é absurdo como as pessoas pensam ser sofisticadas porque sabem (o que nem corresponde à verdade) o que é uma casta e esse tipo de merdas. 
Os sofisticados, depois, dizem coisas como:
Para vocês estarem juntos há tanto tempo é porque têm mesmo de gostar um do outro - é, não se desse o caso de não ser essa a justificação;
Ah, estive a ver as fotos das gajas que andam, agora, na nossa faculdade e são muito melhores do que no nosso tempo! Ai se andasse hoje na faculdade! - sim, porque quando andaste viveste atrelado à tua namorada e hoje seria completamente diferente! Era só comer gajas!
Oh pá, hoje em dia é tudo descartável. As pessoas casam para se divorciar... - sim, nada tem que ver com a emancipação da mulher e com o facto de, hoje, como tomam conta de si não precisam de papar o chaço de aturar um homem das cavernas...

Vêm nada, sabem nada mas sentem-se espectaculares porque este vinho tem um travo a maçã ou isto tem muita classe!

Não, não tem.

...de todo o modo, como nem tudo são espinhos:
- K, onde estás?
- Estou a jantar perto do X. E tu?
- Tou a jantar no Y. Queres passar por cá?
- Quando acabar, ligo para saber onde andas e encontramo-nos.
- Tenho uma surpresa para ti! Liga mesmo.
- Ok.

Qual era a surpresa?
Estava uma preta no jantar. 

Friday, December 25, 2015

até o Frederico era panisga de vez em quando


Thursday, December 24, 2015

felicidade com data marcada

Não gosto muito de datas para celebrar da mesma maneira que não gosto de roupa de domingo ou do vinho que se guarda para ocasiões especiais.
Escolher um dia para demonstrar carinho por alguém deixa mais de 300 de fora e isso parece-me uma forma de cumprir uma quota; parece-me uma forma de demonstrar apreço quando o apreço deve ver-se todos os dias ou, pelo menos, nos mais que se conseguir.

Por isso e outras coisas, os últimos 15 dias do ano são os que menos gosto.
No Natal, são SMS a desejar cenas de gente que não existe noutra altura; é um presente ou um desejo de "tudo de bom" vazio por generalizado.

Depois, e podem dizer tudo que quiserem e desejar paz no mundo, é uma época de festa do que se não tem, do que se perdeu e do que se queria ter tido.
Poderíamos ser todos como eu, que fez as pazes com o conceito de que "nascemos e morremos sozinhos" e ainda assim senti-lo com pesar.

Depois vem a passagem de ano e aí...bem, não me apetece falar dos estúpidos novos começos.
Foram-se as resoluções.
Se te deitas uma besta a 31 acordas da mesma maneira dia 1.

Enfim...espero que passe depressa mas não boto muita fé nisso.

Tuesday, December 22, 2015

Não Acredito em Bruxas Mas...

Ontem mandaram-me isto:

Tem graça e tal, certo?
Ok mas o que faz eriçar os pêlos da nuca é o seguinte:

Há anos atrás havia quem me tratasse exactamente por este petit nom: Cacto. E quem me tratava assim não era nem é a mesma pessoa que me enviou esta imagem.
Engraçado, também, é que sempre gostei de cactos (não digo que me identificava com cactos porque é parvo...) e já não tenho presente se o disse ou se, pura e simplesmente, quem assim me apelidava achou o mesmo sem que nada fosse dito.

É esquisito, não é?
Um dia destes ainda passo a acreditar em fantasma e na confissão para expurgar pecados (sendo certo que nem sequer acredito em pecados).

Monday, December 21, 2015

Fluctuat Nec Mergitur

Lema de Paris que significa qualquer coisa como: flutua mas não afunda.

Com isto do BANIF, agora, talvez devesse ser da Madeira.
Aquilo é um buraco e não afunda.

Coisa que Eu Sou


Saturday, December 19, 2015

O Mito do Livre Arbítrio

Em termos puros, ele existe. Temos sempre escolha, diz-se, e isto não é falso, é só ilusório muitas das vezes.
Nesta época do antropocentrismo, que apoio e de que gosto por ser palpável, vende-se que somos o que queremos ser e que pensamos pela nossa própria cabeça o que, mais uma vez, pode não ser falso mas é ilusório.

Para tentar ilustrar estas coisas:
É justo que o trabalho seja premiado mas o prémio não deveria ser o fundamento de um trabalho mais bem feito; o prémio haveria de ser a consequência e não a génese.
A realidade, contudo, mostra-nos uma coisa diferente e revela que homens das cavernas - como eu - são uma minoria porque mais do que acharem o que disse no parágrafo anterior fazem mesmo isso.

O Livre Arbítrio não é igual mas é parecido no sentido em que lhe é atribuído um valor abstracto que não encontra paralelo na realidade.

O que quero dizer, mais ou menos, é isto:
Nós somos sempre condicionados.
É uma maravilha achar-se que se decide sem amarras e objectivamente mas é uma maravilha utópica. E não, nem sequer me refiro aos óbvios condicionalismos impostos pela sociedade em que estamos inseridos ou na empresa onde trabalhamos, falo de algo mais abrangente, muito mais abrangente.

Então,
eu acho que tudo (e este tudo é mesmo tudo) resulta de acção e reacção.
Em termos práticos e simplistas: o filho de um drogado terá mais propensão a ser drogado ou a ser absolutamente fundamentalista contra as drogas - reagiu ao exemplo ou seguiu o exemplo.
Mais simples e mais pessoa: a minha Mãe não teve uma que se possa chamar tal coisa e talvez a mãe dela também não tenha tido: a minha poderia ser, também ela, uma fotocópia desbotado do que uma mãe deve ser ou uma versão muito extrema e protectora. Com todas as consequências disso, seguiu a segunda para muita felicidade nossa.

...e é isto que quero dizer.
O Livre Arbítrio em estado puro não existe porque estamos condicionados pelo que vivemos e é essa marca profunda e constante que molda o que fazemos e quando o fazemos, não é um exercício intelectual.

Reparem:
acho que resulta com bastante clareza que apesar de ter um sangue que ferve com muita facilidade desenvolvo um enorme esforço para ser racional, primeiro.
A racionalidade, na verdade, tem-me trazido muitos benefícios porque é isso que me impede de muitos enganos. A visão fria e real permite-me prever comportamentos e situações que esses comportamentos criam.
...e depois...
Peçam-me para entender que, às vezes, quando nos dizem és tão chato.... não é exactamente isso que querem dizer. Às vezes é um desabafo ou uma graça e não tem o seu valor facial. 
À primeira, é-me impossível entender, mesmo quando é óbvio.
Peçam-me para entender que quando se diz, por exemplo, não estou feliz.. é um pedido para se alterar o que as torna infelizes e não uma afirmação absoluta de que estão infelizes contigo.
Deveria perceber porque, muitas vezes, é também óbvio. Não consigo.

SE eu fosse livre, entenderia, Não sou.

Só para ter graça:
uns dias, mais ou menos na mesma altura em que colei por cá, disse a uma pessoa que se um dia me casasse seria com essa música.
Olhou para mim e sorriu.
Ontem, disse a mesma coisa a uma outra pessoa.
Olhou-me espantada porque não imaginaria que eu, mesmo em fantasia, ponderasse uma coisa ou outra.
Uma delas devia conhecer-me melhor, porque eu deixo.

Sem sair da graça:
A afirmação quando a música e a casamento surgiu-me porque vi a cena final do último American Pie (acho que pela primeira vez) e essa cena é o casamento e a primeira música do casal.
Filme um bocado miserável mas que música escolheram para o efeito?
Esta, na versão original mas que me é menos querida:
Fiquei, então, a pensar que por cá a valsa é um chacete... e pensei, também, que como a música é muito importante para mim, haveria de ser algo a que deveria dar muita importância e a At Last será das poucas músicas de princípio, meio e fim alegre que aprecio.

...e, como acontece com uma muito agradável frequência, mesmo numa merda de um filme (o mesmo se aplica, por exemplo, a livros, como já disse) há sempre alguma coisa a aproveitar.

PS. À pergunta o que significa Invictus Maneo:
Permaneço Invicto.

Thursday, December 17, 2015

As Crises e Os Heróis

Não falemos dos que voam mas daqueles, de carne e osso, que assim são considerados.
Por falta de paciência, darei um exemplo histórico e outro ficcional.

Churchill

Churchill é imensamente admirado pelo papel que teve em tempo de guerra.
É justo.
O que acontece é que Churchill não existiu - enquanto humano - apenas em tempo de guerra mas existiu apenas - enquanto figura acarinhada - em tempo de guerra.

Quando o Reino Unido não estava nas cordas, Churchill não servia porque as enormes qualidades que tinha era proveitosas em circunstâncias adversas mas insuportáveis quando não expressamente necessárias.
A Guerra acabou e ele também.

House

Num determinado episódio, apareceu um gajo que se tinha curado de cancro mas recaiu.
Quando voltou ao hospital onde tinha sido tratado, o Wilson perguntou-lhe pela mulher e soube que ele a tinha trocado por um modelo mais recente.
A merda do cancro azedou e a ex apareceu e - vá - reconciliaram-me.
Ele curou-se o Wilson perguntou pela ex que seria, agora, actual. Tinha voltado para o modelo mais recente.

Porquê?
Quem queremos quando estamos a morrer não é, necessariamente, quem queremos quando estamos vivos.

Então,
acho que esta gente é uma besta mal agradecida?
Mal agradecida, sim.
Besta...

Há uma banalidade que se diz amiúde e que consiste em achar que as pessoas vêm-nos nos momentos difíceis...
Digamos isto: só se uma vida for completamente miserável é que será uma imenso amontoado de momentos difíceis, o que significa que, durante - espera-se, a maioria do tempo estamos em paz.

Seremos mais A pessoa nos poucos momentos de dificuldade ou no resto integral do tempo?
Não é tão fácil como aparenta, a resposta, e os exemplos citados parecem ser uma prova contra-intuitiva mas nem por isso errada.

QUEBRAR EM CASO DE CATÁSTROFE?

Wednesday, December 16, 2015


Gajo Diverte-se....

Hoje, quando abri o E-mail (além de 4 fotografias de pretas que me mandaram só porque ontem tive um dia mau, o que me deixa agradecido) tinha uma mensagem que dizia que a Ruby Rose (look it up) tinha acabado com a namorada.
A minha amiga que acha que agora quer ser lésbica mandou-ma e disse things are looking good for me!

Há uma hora, talvez, ligou-me por causa de outra merda e disse-me:
- K...viste que a Ruby está solta? Até fiquei um bocado húmida!
- Também eu, X, também eu...

E rimo-nos muito.
Cool!

O Caos

Como diz a descrição da coisa, aprecio a Teoria do Caos ou o pouco que entendo dela. Gostava que fosse uma cena desenvolvida e de concordância elaborada mas não é, o que acontece é que é a única Teoria (que conheço) que se baseia na certeza da incerteza, ou seja, se é - para mim - certo que tudo está ligado a tudo é mais certo, ainda, que se torna muito difícil determinar uma tão distante causalidade.

É por causa desta minúcia do detalhe que muda tudo que tendo a estar atento ao que é irrelevante porque o mais relevante acaba por ser aquilo que os outros entendem como supérfluo porque tendem a não o esconder.
Por exemplo:
quando uma amiga namorou com um gajo que pedia cola enquanto ela pedia cerveja, ao jantar, disse-lhe que a coisa iria durar pouco, como durou.
Dirão que isso é parvo e visto isoladamente é mesmo; é evidente que é pouco relevante, enquanto tal, o facto de se beber cola ou cerveja mas a verdade é que este pouco revelava o que o óbvio escondia.
quando uma ex se desmarcou, meia hora antes, do aniversário da melhor amiga quando eu cheguei do estrangeiro (ela não sabia quando eu chegava ainda era futura, na altura) pareceu-me que aquilo ia resultar.
Dirão que é porque me dava toda a importância do Mundo mas isso seria meia verdade; a verdade completa é que ela percebeu que aquilo naquele momento era a coisa mais importante do Mundo, não eu.

O problema de toda esta sapiência e atenção é que como algumas das subtilezas são tão pequenas que é possível e fácil achar que o são e estarmos enganados, é a velha ideia - real - da paranóia.

Não podemos ver tudo, admito e aceito;
Não podemos não querer ver tudo porque, depois, somos os coitados que foram apanhados desprevenidos quando o que aconteceu, de facto, é que fomos mais que prevenidos e não quisemos ver.

De todo o modo, 
é uma medida difícil, é um exercício cansativo mas, no meu caso, inevitável.

...e agora, aquilo que é raro: música alegre que se quer verdade:

Tuesday, December 15, 2015

CARALHO...

Estive a ver a entrevista do Sócrates e a rir-me enquanto pensava nos papalvos que se acreditam nele. Naqueles que fazem excursões e cenas.

Depois, o pavor do costume que nada tem que ver com o Sócrates: Caralho...e se noutras merdas o papalvo for eu!?

Cochichando

Como a minha tendência não é de andar feliz com coisa nenhuma e nem aspiro a isso (momentos de felicidade parecem-me uma oferenda suficiente), estou para cá vir há uns dois dias por causa de uma cena mais específica; não é uma cena triste mas enquadra-se no clássico é o que é e o é o que é não augura fantasia mas realidade.

Só que...

....estou em loop com o Cochichando do Pixinguinha (vai no fim, como é óbvio) e isso consubstancia-se em momentos de felicidade.
Seria impossível explicar ao meu Eu de há 10 anos atrás que iria, em qualquer momento, estar a rockar e incapaz de manter a cabeça e o pouco rabo que me resta quieto na cadeira a ouvir algo parecido com Chorinho (não sabia o que era há 10 anos atrás).
...e, contudo, é literalmente o que está a acontecer (e literal, para mim, é literal), pelo que é possível que pareça um bocado amalucado mas é que se foda, nunca fui acusado de ser normal.

...e aqui fica, felicidade para todos!

(mas quero ver se ainda cá volto porque esta merda de andar contente também me chateia)

Sunday, December 13, 2015

...e

Soubessem vocês o mal que me faz ter tempo livre, além do que se lê aqui, e o que me irrita não conseguir formatar cenas e ver o blog (ambas as coisas no telefone).

É visível e palpável o problema que é deixar-me à solta.

Saturday, December 12, 2015

Invictus Maneo

Friday, December 11, 2015

...e a de Ontem:



(é a primeira mas a segunda nunca cai mal)

Thursday, December 10, 2015

Um Bocado de Política, para Desenjoar mas sem Sair do tema IDIOTAS

Abri, agora, o Expresso e vi duas notícias de sonho:

PS vai fazer um sprint de 3 semanas de Austeridade.
Devem ser as últimas duas, em jeito de despedida e forte - para ser memorável - para, a seguir, acabar de vez.
Vá...serão só 3 semanas e a culpa é dos outros (a merda é que os outros dos outros somos nós).

Jerónimo diz que o PCP não é como o BE: LUTAREMOS PELOS 600,00€ DE SALÁRIO MÍNIMO.
Tão amiiiiigos!!

Só não é a puta da loucura porque putas não me desagradam.

As Dúvidas dos Idiotas

Só pareço destemperado, na realidade não sou. Melhor: aprendi a contar até 10 com muita eficácia com o passar do tempo e, agora, é relativamente difícil tomar decisões intempestivas (a menos que me façam perder a calma, o que também é mais difícil do que já foi, caso em que se bate primeiro e pergunta depois...o que é uma enorme maçada...).

Então, os Idiotas:
Hoje - e para ser honesto, há uns dias - ando a pensar se hei-de dar um presente ou não.
Bem, tens de pensar, como todos, porque a vida está cara! seria uma boa desculpa para o efeito mas esbarra no facto de que não tendo a dar presentes caros porque sinto sempre que é uma forma de deslumbrar com o valor e não com o pensamento; o presente mais caro que já dei resultou da enorme ressaca com que estava e decidi despachar a coisa; quando compro vinho branco compro caro porque entendo muito pouco da poda.
Voltando: não é uma questão de dinheiro e também não é uma questão de vontade.

A coisa é: como é que isso vai ser entendido? e isso não é paralisante mas preocupa-me.
O que se vai pensar, o que diz isso de mim, como será a reacção...essas merdas...

Deveria fazer, se quer fazer, certo?
Temos sempre de voltar aos Idiotas...

É verdade que só faço o que quero mas mais verdade ainda é que só faço o que acho que devo (é por esse tipo de merdas que quem me queria perto e me conhecia melhor do que devia me disse que tu dizes que ninguém manda em ti e isso é falso! Tens coisas demais a controlar-te só que não são as outras pessoas, ÉS TU! e tinha razão).
Devo? Não devo? É que já nem é uma questão de querer. Odeio sentir-me despido emocionalmente porque fisicamente...ainda se está a meio da frase e eu já estou sem calças...

Para que se entenda o que quero dizer com coisas baratas ou, às vezes, que nem dinheiro custam:
Já recebi bastantes presentes, como todos nós, espero, e foram bastante variados: relógios, rádios para o carro, perfumes, isqueiros com cenas gravadas e personalizadas, DVDs de música vindos de sei lá onde, CDs...enfim, muita coisa.

Quando, por estes dias, estava a pensar no que agora escrevo lembrei-me que uma vez recebi uma fotografia de uma cama desfeita onde se lia, de um dos lados, qualquer coisa como aqui, onde devias estar sempre e onde tinha estado, de facto.
Mais barato, não estou certo que se arranje.
Mais simples, não estou certo que haja.

Neste momento, é a que melhor me lembro.

Monday, December 07, 2015

Unforgiven e The Bridges of Madison County

Lembrei-me há uns tempos que quando vi estes filmes não tinha maturidade para os entender (e quão melhor é o Clint a realizar do que a representar?!) e a minha opinião sobre eles mudou, sendo certo que mudou mais quanto a um do que a outro.
Aliás, se bem me lembro, há-de haver por cá qualquer coisa sobre as Pontes porque era o filme favorito de uma das minhas exs e essa merda deu azo a bastantes discussões.

UNFORGIVEN
Lembro-me de ter visto este filme e pensado que era uma profunda parvoíce. Adicionava-se o facto de não ser muito dado a westerns com o de achar ridícula a história de um gajo que precisava de se embebedar para acertar no alvo (sim, foi isto que retirei do filme de 1992...um ainda muito incipiente adolescente).
Muitos anos depois apanhei isto a dar outra vez e porque não tinha mais o que fazer fiquei a ver. 

Continuo a não gostar muito de westerns mas o assunto do filme tornou-se, com o passar dos anos, o meu favorito: a diferença que faz uma pequena diferença na vida de alguém.
O gajo deixou de ser o assassino que era e o alcoólico que o preenchia porque, entretanto, conheceu uma mulher. Tivesse eu visto o filme entre o início e a altura em que o vi e continuaria a parecer-me ridículo porque, afinal, que diferença faz uma mulher?! 
Toda, não é?

Este gajo matava porque não sabia fazer outra coisa e, provavelmente, não via qualquer motivo para alterar o comportamento. E também bebia desmesuradamente...por que não faria?
Uma mulher salvou-o...e quando essa mulher desapareceu (com muitas condicionantes à volta, é verdade) voltou a matar e a beber porque deixou, novamente, de ter motivos para não o fazer.
Esta coisa parece adolescente, não é? Parece, não é.

Numa escala muito diferente, não teria acabado o curso no tempo em que acabei se não tivesse encontrado alguém que me deu um motivo para beber menos, sair menos, procurar menos, dormir mais, relaxar mais...durante aquele período de tempo específico, salvou-me.
Depois, desapareceu e, durante algum tempo a coisa andou à roda outra vez e foi parando quando encontrei outros interesses, que não outra mulher.

Pau nasce torto, endireita-se e entorta-se outra vez.

Eu quero me esconder debaixo dessa sua saia pra fugir do mundo.
Pretendo, também, me embrenhar no emaranhado desses seus cabelos.

....é a mesma coisa.

THE BRIDGES OF MADISON COUNTY
Este é pior.
Vou dar-vos a minha sinopse de quando o vi: gajo vai com os filhos ganhar a vida para sustentar a família e aparece um gajo que lhe malha a mulher, essa puta!

A minha perspectiva da coisa mudou mas não na dimensão em que aconteceu com o anterior.
Hoje sou capaz de entender que há coisas que não se controlam, há coisas más que acontecem a pessoas boas, há gente que trai porque não conseguiu evitar e não necessariamente porque é leviana.
...mas a volta não é completa.

As mais das vezes, como nos ensinam as décadas e o empirismo que transforma em bordão popular, cesteiro que faz um cesto faz um cento e se em cada 100 vezes que acontecer se apostar 100 que a gaja é leviana vai-se acertar na esmagadora maioria mas não se acertarão em todas.
A minha mudança, para este, consiste nisto: vai acertar-se a maioria das vezes mas não todas as vezes.

Não acho desculpável o comportamento;
Não acho digno o comportamento;
Não defendo o comportamento.
Há coisas que não se conseguem evitar.

É muito divertido este conceito de que não se está preparado para tudo, sempre.
É triste um gajo envelhecer e ficar mais mole (é o que sinto quando observo a mudança de atitude que tenho para com as Pontes) mas ganham-se coisa. 
É estranha a ideia de que somos várias pessoas durante o período de duração da nossa vida e mais estranha, ainda, a ideia de que podemos não mudar para melhor...

Por outro lado,
é refrescante, por pouco comum, que se criem ligações em momentos que não se contam.
Acho que dificilmente se criam amizades, das que contam, a partir de certa altura. Não porque sejamos incapazes mas porque é algo que, em princípio, demora muito tempo e esse tempo vai escasseando.

Acho que criei uma e isso é muito cool.

E finalizando com algo do mesmo ano das Pontes (coincidência pura):

Saturday, December 05, 2015

A Realidade dá Cabo de Nós...

Há uns meses recebi um email para um jantar de comemoração de não sei quantos anos de funcionamento de onde tirei o curso. Ignorei porque não tenho paciência para RTP memória e para encontrar gente com quem nada tenho em comum além do estabelecimento de ensino.
Esse jantar é hoje.
Como sei isso se não me interessa? Funny Story...

- É hoje que te vou ver, finalmente, no jantar?
- Hmm...não me parece. Só se pedires muito.
- MUUUUUUUITO!

Casada e com filho.
Tanto quanto sei, com a vida que sempre quis ter e, também tanto quanto sei, feliz com isso.
Nada dada a aventuras e só muito raramente (aniversário e fim de ano) estabelece contacto mas hoje, por causa do jantar, é como se fosse aniversário ou passagem de ano porque há uma desculpa para me dizer alguma coisa sem se sentir culpada.

Passaram 12 anos, acho, desde que estávamos juntos e 5, acho, desde a última vez que estivemos juntos.

...e aí está o meu maior pesadelo: ser eu o marido dela, ou de outra, e ser outro gajo a receber as mensagens que eu recebo.

Issues...

Friday, December 04, 2015

Sexta-Feira chegou mais tarde mas chegou


Thursday, December 03, 2015

nem parece o mesmo gajo de há 20 minutos...

Não somos diferentes em tudo, a medida e o que nos importa é que pode variar.
Todos queremos ser importantes mas uns preocupam-se mais em sê-lo de forma óbvia, como com o carro que guiam e o relógio que usam, outros de forma mais subtil, como a influência que têm nos outros ou em serem aquele a quem se recorre, e outros de forma incógnita, como saberem que são capazes de fazer coisas ou o centro da vida de uma só pessoa.
Deve haver mais variantes mas não me apetece pensar.

Todas as formas e intensidades têm o seu mérito mas a última delas é a mais ingrata. E é a mais ingrata porque pode ver-se um carro e ouvir-se as questões serem colocadas mas para a última tem de se acreditar e isso tem pouco de palpável.

Eu sei, eu sei...é uma maneira óptima de se achar importante sem nunca ter de se comprovar.
Eu sei, eu sei...é uma maneira óptima de se ser enganado porque se fica exposto à mentira.
Eu sei, eu sei...é uma óptima maneira de se ser independente porque é indiferente que os outros vejam ou saibam.
Eu sei, eu sei...é de gente assim, selvagem, intensa e livre que se fazem filmes como o Legend of The Fall (o livro não li).

Bem, não parece mas o que queria dizer era isto:
Por muito diferentes que pensemos ser e somos no particular, somos todos muito iguais no geral.
Queremos todos o mesmo mas com roupa diferente e o mesmo destino mas com caminhos diferentes.

Ontem, todos queriam a roda e hoje todos querem o telemóvel...coisas diferentes que são a mesma coisa.

QUERO GAJAS BOAS!

Fui ver o top 99 da askmen.com e chateou-me como me chateia toda a falsa politiquice. A quantidade se gajas que não eram boas não tinha descrição...como somos todos muito à frente, agora procuraremos a beleza interior em fotos.
Então, aparecem CEOs femininas que não fazem qualquer sentido e uso-as apenas porque as usaram para não serem superficiais...numa sequência de fotos!
Isto é muito estúpido!
Elas não são boas, elas não deviam estar lá.

Só para que não se pense que sou sexista: é óbvio que não me tenho em má conta mas mais óbvio, ainda, é que as mulheres que andam à procura de gajos bons na net não andam à minha procura.
Posso, e serei, muito superior a muito gajo desenhado a cinzel mas isso não se vê em fotos, naturalmente.

O mesmo se aplica à lista de gajas boas que tem gajas que não são boas; elas podem, e serão, muito melhores que a, vá, JLo mas em fotos...NUNCA!

Se é para fazer uma lista das mulheres mais atraentes é isso que elas devem ser e se se sentirem sujos por fazê-lá não a façam ou chamem-lhe outra coisa.

Há coisas que me irritam muito nesta época asséptica.
Desejo não se toca com purell.

Wednesday, December 02, 2015

...não tem de acabar?


 - Estás muito calado, está tudo bem?
 - Nop. Mas estou a resolver cenas.
 - Se precisares de alguma coisa, diz-me (seguido de morada, número de telefone, E-mail...só para ter graça).
 - Grato. Nunca preciso de nada, eu resolvo.
 - Hmm...tudo a arder, certo?
 - Ainda não. Estou a resolver, ainda...

É muito desagradável ser-se melodramático especialmente quando se detesta gente melodramática.
O que me safa (e quero muito acreditar que isso é verdade porque senão seria aquilo que me desagrada com todas as células) é que sou melodramático durante um muito curto espaço de tempo, depois acalmo e decido.

- K, o pai quer ir almoçar connosco, amanhã.
(durante o que me pareceu uma eternidade mas há-de ter sido, de facto, menos de meio minuto apeteceu-me pôr tudo no caralho. Insultei Deus e o Mundo, desejei a morte da humanidade e quis que o Sol rebentasse para mandar as plantas todas - e nós - para a puta que pariu e, depois)
 - Ok. Depois digam-me onde é a que horas.

Em LOOP:

Tuesday, December 01, 2015

...e sempre o UTUBE!

É triste um gajo contentar-se com pouco mas deixa-me contente!
Vou seguindo e caiu aqui:

Colo

Tem graça, por ser trágico, que se seja incapaz de pedir o que se precisa ainda que, muitas vezes, o negar da existência leva à inexistência da necessidade.

Há uns dias fui fazer uma cena que nunca tinha feito, uma cena física. Ora, a cena física, apesar de aparentemente abichanada não era... então, tive de fazer o que não devia apenas para comprovar que conseguia; consegui; as minhas costas andaram fodidas uma semana.
Numa fase muito desagradável da minha existência, eventualmente a pior, precisei de cenas e não consegui ignorar que precisava mas lá consegui não pedir. O resultado foi que devo ter demorado muito mais a ultrapassar a fase porque o fiz sozinho; deve ter doído mais mas não saberei dizer com certeza.
Pediram-me, a dado momento, para fazer uma cena profissional que não sabiam na totalidade mas havia uma parte significativa que sabiam. Perguntaram-me se queria que me fosse explicada a parte conhecida para poupar tempo. Não!, respondi. Se é para fazer, faço tudo. E fiz. E devo ter demorado mais. E dei umas cabeçadas na parece.

Porquê, perguntarão aqueles de nós mais evoluídos.
Pedir ajuda não é vergonha nenhuma. E não é.
Pedir colo não é vergonha nenhuma. E não é.
Infelizmente, nem todos somos assim evoluídos.

Não gosto de depender.
Não gosto de pedir.
Não dependo.
Não peço.

Isto é bonito visto à distância, estóico e cenas....agora, venham ver de perto.

...e porque é difícil ser bonito sem ser melancólico: