Friday, August 30, 2019

It´s Nice to be Asked

Há uns tempos, uma amiga disse-me qualquer coisa como pá, estavam a tentar evangelizar gente à porta da estação de metro e a mim ignoraram-me! Perguntei-lhe, entre sorrisos (porque sabia a resposta) se ela queria ser evangelizada.; não queri mas deviam ter perguntado!.

Esta estória foi cómica e anedótica mas dificilmente nos deparamos com humor que não tenha uma qualquer ligação à realidade.
É certo que ela não queria nem quer passar a ser uma Testemunha de Jeová mas...foda-se, é triste não a terem querido converter!

Isto é tão parvo como humano.

Como a minha intenção é fazer a racionalidade suplantar a humanidade, estas coisas raramente me incomodam  mas entendo o sentimento.
Como já disse por cá, infelizmente ainda sou demasiado humano.

...por isso, ando a deixar-me incomodar por coisas que nem sequer quero.
É qualquer coisa como eu não quero mas é ridículo e inconcebível que vocês não queiram que eu queria ou, pelo menos, pensem que não vale a pena pedir porque sabem que eu não quero.
No primeiro caso, é estúpido;
No segundo caso, é insultuoso porque ninguém decide por mim.

Mas eu sei que isto é profundamente parvo e porque não conto a ninguém nem sequer tenho a vantagem de me rir com esta merda.
Não se brincam com feridas frescas.

Tenho tanta coisa a foder-me a vida...
Não estou habituado a falhar, por isso lido mal com isso;
Não estou habituado a que não me façam as vontades, por isso lido mal com isso;
Não estou habituado a ser rejeitado, por isso lido mal com isso.

Eu sei que, em princípio, tudo o que descrevi são vantagens mas a minha reacção intempestiva e violenta a estas merdas traz muito dissabores a quem me rodeia e, porque me rodeiam, traz-me também dissabores.

E numa apreciação muito pouco lisonjeira mas que entendo como verdadeira: eu, às vezes, sou muito dramático.
Felizmente, não se vê. É só por dentro.

Wednesday, August 28, 2019

Angel O

O Ângelo Rodrigues estará numa situação muito desagradável. Está internado e, segundo a imprensa, às portas da morte com uma infecção.
Ainda segundo a imprensa, a infecção resultará de injecções de testosterona e a infecção terá começado (ou será, fundamentalmente) nos rins.

O que leva um gajo de 30 anos a tomar injecções de testosterona?
Querer ter cabedal. É certo que poderia resultar de um desiquilíbrio hormonal mas, atenta a idade, é improvável que este desiquilíbrio seja ou fosse natural.
Do pouco conhecimento que tenho a respeito - ainda que tenha algum porque é uma cena que me interessa muito por culpa do MMA - o cenário mais crível é que terá andado a mandar esteróides e os esteróides, muitas das vezes, fazem diminuir a testosterona que o corpo produz normalmente....então, bora acrescentar. E os esteróides fodem os rins.

Espero que o gajo recupere e nem sequer os critico por andar a mandar cenas para ter cabedal e ser definido.

Este assunto, no que respeita à questão estética, passou a interessar-me mais porque Ela achava que alguns gajos eram como eram porque davam cabo do corpo no ginásio (o Thor, por exemplo).
Expliquei-lhe que eles tinham de dar cabo do corpo no ginásio, facto; expliquei-lhe, contudo, que para ser como alguns deles eram, não chegava puxar ferro: era preciso ajuda química.

As pessoas não costumam ter ideia disto e o elemento feminino ainda mais.
Estes gajo vendam o esforço e o todos podem ser assim se trabalharem mas não podem. Nem os outros e nem eles.

Por mim, tudo certo. O pessoal que se drogue como mais lhes apetecer.
Na realidade, tendo em conta que ganham a vida a exibir os abdominais, até os compreendo.
...mas não gosto de pessoas que vendem banha da cobra.

No Mulherzinhas, a Queen Latifa diz qualquer coisa como isto: mamas grandes, cu grande. Gajas com mamas grandes e cu pequeno não são como a natureza as criou!
Ela não está errada.

Para os gajos, a coisa não é muito diferente.

É possível que um gajo magro seja bastante definido.
O que acontece é que o biotipo de um gajo é ser grande (pesado, gordo, massa muscular), não vai ser muito definido sem ajudas externas. Haverá alguém assim? Talvez. Não é a regra.

Pensem, por exemplo, nos gajos que concorrem para Homem Mais Forte do Mundo:
A esmagadora maioria são gajos gordos. Pujantes. Enormes. Os mais fortes. Gordos.
Ah, K, e o Montanha da Guerra dos Tronos?! Ele não é gordo e teve resultados óptimos.
Verdade.
Acho é que é o mesmo que teve uma merda de saúde muito desagradável há relativamente pouco tempo. Não foi um vírus que apanhou...

Ps: os gajos gordos do Homem Mais Forte do Mundo também se drogam mas, obviamente, não para terem um corpo de capa de revista; o foco é outro e para este post não interessa.

Thursday, August 22, 2019

FREE BIRD, BITCHES!


Tuesday, August 13, 2019

RIP Wilson das Neves (já vai tarde mas...)


Monday, August 12, 2019

Note to Self

Outro dia, disse-lhe a minha vida é, em alguns aspectos pior que a tua. É certo que o que me rodeia interessa-me pouco e que as circunstâncias dizem-me pouco. Caguei no que dizem e no que fazem; o que a minha empresa pensa é-me indiferente. Não perco tempo com externalidades. Os meus problemas e cenas vêm de dentro e, por assim ser, não tenho como picar o ponto e sair nem como desligar da corrente.

É verdade.
É assim.
Além deste problema, ou em consequência deste, há uma tensão permanente entre o que me apetece fazer e o que devo fazer.
A esmagadora maioria das vezes ganha o que devo fazer e não o que quero. É bom porque a racionalidade é superior ao instinto mas é mau porque a vontade não é particularmente receptiva a explicações lógicas.

...mas, como é habitual, nem era isto.

A minha vida é boa.
Há outras maneiras de o dizer e eufemismos que poderia utilizar mas assim é mais simples e verdadeiro: é boa.
É possível que boa seja um eufemismo. É provável que seja óptima.

Em termos pessoais, gosto daquilo que sou.
Novamente: poderia ser um gajo que quer ser visto como sendo humilde mas eu não sou isso.
Eu gosto daquilo que sou.
Profundamente imperfeito. Problemático e, de vez em quando, neurótico. Irascível. Egocêntrico. Mas consciente destes defeitos e a tentar corrigi-los.
Aceito, inclusivamente, que não conseguirei corrigir todos e que alguns nem sequer acho que valham a pena serem corrigidos. Alguns dos defeitos têm umbilicalmente ligadas virtudes que aprecio e que não perderei em benefício de uma placidez que me poderia ser proveitosa.

Sou cercado por poucas pessoas.
As poucas pessoas que me cercam, contudo, têm-me apreço e gostam de me agradar. Mais do que gostarem de me agradar, esforçam-se por não me chatear e por me poupar das merdas que não me interessam e que me fazem ficar tenso.

...e, dito tudo isto, estou frequentemente insatisfeito.
Como se tem reparado, a coisa tem andando pior do que o costume mas, como se pode reparar, nunca foi pejada de unicórnios e algodão doce.
A minha natureza não é alegre.
A minha postura não é esperançosa.

Pode parecer que me estou a tentar convencer que a minha vida é boa mas o que estou a fazer é o contrário.
Estou a mostrar-me que a minha vida é boa e não a convencer-me.
É um facto.
É real.

Podia ser melhor?
Sempre. Tudo pode ser melhor.
Mas é boa. No mínimo, boa.

PS. Tornarei isto mais pessoal e concreto para que não me esqueça da minha estupidez escondida entre todos os livros impressionantes que leio:
Acho que estou mais gordo. Não tenho ideia de quanto e nem se, realmente, estou. Mas acho que estou.
Vou ter de fazer alguma coisa, quanto a isso.
É natural, K! Precisas de ter cuidado com a saúde! ou Óbvio, K! Ser mais gordo torna-te menos atraente!
Errado.
Caguei um bocado em ambas as coisas.
A saúde preocupa-me um bocado, serei honesto.
Ser atraente preocupa-me próximo do zero.

Então, terei de fazer alguma coisa porquê?
Pá...porque se a puta da roupa começar a deixar de me servir terei de comprar outra.
Eu ODEIO comprar roupa.


Friday, August 09, 2019

A Chatice de Ser Humano

Sou um gajo resoluto. 
Não sou tão resoluto como pareço.
A aparência que supera a realidade resulta da rapidez com que tomo decisões e com a forma simplificada com que observo e tento resolver questões.
Queres vir jantar comigo?
- Não.
Mas...nem sequer ponderaste...
- Poderei. Só que ponderei muito depressa.

Sou um gajo cerebral.
Não sou tão cerebral como pareço.
Interessa-me e esforço-me por ver o que lá está de forma objectiva porque a realidade supera, sempre, a fantasia. A melhor maneira de não nos enganarmos é ver o que lá está e não o que gostaríamos que lá estivesse.

Infelizmente, sou mais Humano do que gostaria de ser e, numa linha directa e sem nenhum desvio, por isso, mais estúpido.

Por este dias, perguntei por cá como anda a expansão e como me afectaria isso.
Em português directo: vou ser promovido?
Dúvida lógica. Interesse legítimo. 
O problema é este: não estou verdadeiramente interessado em ser promovido. Vejo muitas desvantagens e apenas uma vantagem.
A vantagem é, naturalmente, ganhar mais.
As desvantagens são tudo o resto.

Então, a pergunta surgiu porquê?
É um misto de achar que é isto que os adultos fazem com o meu ego não admite que a minha inteligência não seja reconhecida.
Novamente e minutos depois: caguei no que os adultos fazem e o que os outros pensam interessa-me nada.

Fiz porquê?
Porque sou Humano e, por isso, estúpido.

....e, por estes dias também:

Descobri que uma gaja que conheço e que trabalha noutro lugar a fazer (julgo) o mesmo que eu ganha mais que eu, pelo menos nominalmente.
O que ganha a mais que eu é uma miséria;
As pessoas com ela trabalha (uma ou duas que conheço) são insuportáveis.

E ainda assim essa merda chateou-me.
Novamente, ego.
Novamente, acho que é o que os adultos fazem.

O que me interessa o dinheiro? Muito pouco.
Sendo que, ainda assim, tive de ressalvar que apenas nominalmente ganha mais do que eu, o que poderia indiciar coisa diferente. Indicia mas não é. É ego.
Depois, onde eu estou, as regras que me chateiam não me são, de facto, impostas. Começa na indumentária, passa pelas formalidades que não me são exigidas e pelos excessos que me são perdoados.

Dito tudo isto: estou meio fodido mas a passar-me porque a intelectualidade está, felizmente e como deve ser, a suplantar a Humanidade.

Somos todos um emaranhado de contradições.
Não aprecio ser como todos.

Thursday, August 08, 2019

ROCKET MAN!! (70s Elton is the best Elton)




And I think it's gonna be a long long time
'Till touch down brings me round again to find
I'm not the man they think I am at home
Oh no no no I'm a rocket man
Rocket man burning out his fuse up here alone





Monday, August 05, 2019

Abre a cruz dos teus braços


Thursday, August 01, 2019

Astrologia

Tenho uma relação esquisita com a astrologia.
Acho uma charlatanice. Acho que as características dos signos são construídas para que qualquer uma as consiga encaixar no que entende ser a sua personalidade e nunca vejo escrito sim, vocês de X são umas bestas e, a maioria, deve muito à inteligência.
Por outro lado, acho imensamente divertido e leio várias coisas a respeito. Ainda não cheguei a comprar/ler um livro a respeito mas folheio-os se os encontrar.

Volta e meia, leio umas coisas que me deixam com a pulga atrás da orelha.

Há uns anos, li não sei onde que o pessoal do meu signo tende a ter cicatrizes na cara por conta do tipo de personalidade que os impregna.
É muito mais específico do que o costume e, no meu caso, é também verdade.

Ontem, quando estava a ver livros sobre inteligência artificial e a biografia de Maomé e que livros havia disponíveis do Naipur e do Kissinger, tropecei num de astrologia.
Naturalmente, fui espreitá-lo.

Um pouco à semelhança da cena das cicatrizes e de uma forma nada lisonjeira dizia que nós devíamos aprender a entender as responsabilidades não como um peso mas antes com orgulho.
É certo que a afirmação é amplamente discutível - é-me difícil entender quem gosta de responsabilidades - mas é bastante específica.

Eu, de facto, não aprecio responsabilidades.
O meu ardor por liberdade não se compadece com obrigações.

Assumo as responsabilidades.
Cumpro as obrigações.
Mas não gosto.