Friday, June 29, 2018

"Não se deve Julgar os outros"

Hoje, um gajo veio dizer-me que estava muito triste com a atitude de uma gaja que por cá trabalha.
Explicou-me que ela era maldosa e que não era de confiança.

Chamei-lhe, de imediato, paneleiro.
Tinha-lhe disso essa merda há meses e, na altura, ele respondeu-me que achava que ela era infantil e distraída. Nesta altura acho que lhe chamei, de imediato, iludido.

Depois de reconhecer que eu tinha razão, lá me disse que não se deve julgar os outros.
Depois de mais um és um paneleiro lá lhe disse que eu, por mim, julgava sem dó nem piedade.

É certo que não sou capaz de andar a queimar pessoas sem que me ofereçam motivos para isso e nem sequer sou dos que vai andar por aí a dizer o que acha deste ou daquela sem que tal lhe seja expressamente questionado.
Parto sempre do princípio que o que eu acho não tem relevo ou interesse - porque acho isso dos outros e das suas opiniões, naturalmente -, pelo que fico na minha...mas julgo. Obviamente, julgo.

Ah, K, mas nunca julgas erradamente?!
Sim. Já aconteceu e acontecerá novamente mas!!! isso não me tornará numa pessoa que deixa de achar cenas por ter medo de estar enganado.
...e, pelos motivos já expostos, o que eu acho dos outros não tem repercussão na sua vida porque não é, as mais das vezes, partilhado.

Eu julgo sim, estou vivendo
Tem gente que não julga e está morrendo.

Pensamento do Dia

Não lamento quando fazem filhasdaputice a filhos da puta.

Provérbio que devia ser Chinês ou Egípcio para ser o mais antigo que desse.

Wednesday, June 27, 2018

O Pessoal que se Enforca

Deixei há muito de pensar ah, por que fez ele isso? quando uma celebridade ou um rico se matam.
Não é uma questão de insensibilidade, é precisamente o seu oposto.

Como a maioria de nós é pobre quando comparada com gente rica e, por isso, se preocupa com dinheiro e coisas torna-se muito difícil entender o que leva alguém que não tem as mesmas preocupações que nós a ser infeliz ou a desesperar.

Então, aqui vai.
1. Estou com alguém com quem quero estar e que quer estar comigo;
2. Nunca ganhei, de forma consecutiva, tanto dinheiro como tenho ganhado agora;
3. Acabei de, pela primeira vez em meses, sair à noite e ter gajas a quererem comer-me, incluindo oferecendo bebidas;
4. A minha saúde, tanto quanto se sabe, está impecável.

...mas a coisa não está bem.
Já o revelei há uns tempos e apesar de estar melhor não se encontra resolvida.

Mas porquê, K?!

Gostava muito de saber.
Estou incansavelmente à procuro do motivo de sentir o buraco a engolir-me e não tenho sido bem sucedido.

...eu acho que pode ser a ausência de preocupações que me faz sentir que alguma coisa não está bem;
...eu não quero achar que isto seja uma cena hereditária porque há cenas destas hereditárias na família.

Depois penso sempre na Somália: não há gente alérgica ao pó na Somália, não é?
Eles, na Somália, não têm tempo para essa bichice e eu também não posso ter.

Friday, June 22, 2018

O Triste Mundo em que Andamos Metidos

https://eu.usatoday.com/story/news/nation/2018/06/20/family-separation-us-border-trump-immigrant-children/712687002/

A Melania foi visitar as crianças encarceradas com esta indumentária:

...e um gajo que se preocupa tanto com comunicação, escolhe esta Senhora para Presidente de uma cena que não existe:


É certo que não devemos dar demasiada importância a aparências mas, de vez em quando, o que parece, é!

Thursday, June 21, 2018

Feminista


Hoje, mandaram-me isto.

É sabido o quanto me desagrada aquilo que se apelida de feminismo mas que é, de facto, um movimento histérico que tenta trazer para o sexo feminino tudo o que de mau tem o sexo masculino (não me estenderei sobre esta muito documentada opinião).

Sou Feminista na repulsa que me causa o que colei.
Eu não estou interessado em mulheres que andam a foder a torto e a direito mas não por considerar que são putas; há bastantes motivos para a minha falta de interesse e nem todos eles se devem à mulher que decide andar a dar o que é dela, alguns deles devem-se a questões que me dizem respeito em termos absolutamente pessoais mas que se reflectem nelas.

O gajo que me mandou isto colocou no assunto do E-mail Concordo!! e eu evitei responder porque é um gajo porreiro, de quem gosto, mas que não foi abençoado por uma alta contagem de neurónios funcionais.

...talvez devesse ter respondido mas tenho de escolher as minhas batalhas e esta, neste caso, estava perdida.
Ia acabar em chamar-lhe burro o que seria justo mas desagradável.

Tuesday, June 19, 2018

...vou culpar o calor!

Hoje o dia está mau. Está muito mau.
Isto até a mim me parece dramático e injustificado. Não estou com nenhum problema que não consiga resolver nem padeço de qualquer dor que não consiga aguentar.

Deve ser do calor.

Estou a pensar ir-me embora desde - talvez - meio da manhã mas foi-se intensificando.
Enquanto continuo a ler o livro sobre a filha do Estaline ando a esforçar-me por ser complacente com o facto de ela ter abandonado os filhos para fugir da URSS e malhar tudo o que tenha pulsação; e ainda que não esteja a ser, normalmente, particularmente bem sucedido nesta empreitada, hoje dei por mim a pensar caralho, é isso mesmo. Vamos bazar e que se foda!!!.
O desejo de o fazer bateu-me com tal força que nem tive tempo de me sentir nada de semelhante a culpado.

Deve ser do calor.

E acho que deveria telefonar a contar isto mas, para o bem e para o mal, não sou capaz.
Partilhar não divide o problema, multiplica-o.
E, ainda pior, verbalizar isto de forma a que alguém ouça torna material e verdadeira uma coisa que pode e deve ser meramente etérea e irreal.

Deve ser do calor.

Friday, June 15, 2018

Um Par de Horas Depois

Ontem, estivemos a falar sobre coisas e viagens e tal.
Havendo uma certa infelicidade por ter de se escolher entre ir fazer umas cenas por agora e outras cenas mais longas daqui por uns meses, notei algum pesar na voz: Não posso fazer as duas coisas ao que respondi da única maneira que consigo Ah?! Escolhe a que queres que eu pague e eu pago. Dizes o que queres e está resolvido.

Ela não gosta disto e porque eu sei que não gosta não tenho qualquer problema em fazê-lo.
Nunca mas nunca me sinto aproveitado e quem não se tenta aproveitar merece tudo.

Depois, a conversa resvalou para ouve: não é que que não queira viajar. Eu adoro viajar. Mas viajar ou não está muito longe daquilo que considero muito importante. Se não formos, caguei. Não me interessa.

Ela não pensa, exactamente, como eu.
...mas depois tive de a abandonar porque tinha um jantar e é muito mas mesmo muito raro não jantarmos juntos ou termos planos em separado.

Desde que a deixei até que a reencontrei passou uma hora e meia.
Quando Ela me viu chegar parecia ou que me estava a conhecer pela primeira vez ou que já não me via há 10 anos.

É isto que interessa.
O resto...

Wednesday, June 13, 2018

Compromisso

Ontem. numa conversa, disse que quando se quer ter sucesso profissional estamos sempre dependentes de compromissos e a resposta foi qualquer coisa como mas eu comprometo-me a fazer tudo bem feito, esse é o meu compromisso!.
Pois.
É bonito mas isso está longe de ser o que quis dizer.

Neste contexto, o compromisso não é isso. É um compromisso entre valores e resultados.
Se todos nos desapegarmos das palavras e no atentarmos aos actos e à realidade que nos rodeia será fácil verificar que os mais bem sucedidos entre nós (vamos ater-nos ao conceito de sucesso social) não são os mais estóicos moralmente; são o seu oposto.

Deixem-me tentar pintar o que quero dizer com um pincel nada subtil:
O Francis Ngannou (look it up) chega perto de um qualquer de vocês e diz: meu caro, vou enrabar-te!
Dito isto, o caminho pode ser diferente - referirei de seguida - mas o resultado o mesmo: vocês vão ser enrabados!
Os que são capazes de compromisso e, eventualmente, mais inteligentes, relaxarão e levarão com ele;
Os que são incapazes de compromisso e, eventualmente, mais burros, insurgir-se-ão e além de levarem com ele serão espancados.

Quando escreverem a vossa história, se forem do segundo tipo é provável que o façam em tom de admiração porque perante a adversidade resistiram!
Poderá ser uma admiração póstuma.

Quando escreverem a vossa história, se forem do primeiro tipo é provável que o façam em tom de escárnio porque se deixaram enrabar.
Será uma crítica que ainda vos encontrará a respirar, provavelmente.

Então,
se forem mais flexíveis moralmente, poderão dar-se ao luxo de olhar para o lado e evitar confrontos que vos desagradem ou serem menos honestos quando isso vos beneficia.
Aqui, talvez sejam CEOs.

Repara: tu dizes que eu sou muito mais esperto que tu e que o meu grau de competência é incrível! Pois bem: tu és incomparavelmente mais bem sucedida do que eu. 
Não é um acaso.

Digo isto sem ponta de crítica ou desamor.
Parece-me, apenas, o reconhecimento da fotografia que me põe à frente. 

Apreciações VS Críticas

Eu gosto de dizer coisas sobre cenas mas há duas coisas que são raríssimas:
1. Apreciações de valor;
2. Indicação de caminhos a seguir.

Para que alguma destas coisas acontecesse, precisava de estar investido no problema e tinham de me pedir que opinasse.
A primeira é altamente improvável e a segunda depende dos outros.

Muitas das vezes, contudo, as minhas apreciações são confundidas com juízos e isto acontece porque as pessoas são inseguras e, por isso, precisam de aprovação, e porque acham que a vida delas ou o que fazem me interessa.

É muito comum ouvir-se coisa diferente do que se diz, não é?

Sunday, June 10, 2018

RIP Anthony Bourdain

Soube do suicídio enquanto almoçava.
Acompanhei a carreira do Bourdain desde o início do No Reservations (há-de haver por aqui um ou outro post a respeito) e perdi o contacto mais recentemente com o Parts Unknown e perdi-o quer por uma questão logística - o canal e horário não ajudaram - quer porque a virtude do orçamento maior prejudicou o que o programa tinha, para mim, de melhor (em suma: menos dinheiro e menos exotismo faziam com que o essencial fosse um extremo cuidado na imagem e na narrativa. Esta é a minha opinião mas aceitarei, facilmente, estar a ver mal as coisas).

O suicídio.
Pá, não serei falso ao dizer que previa que fosse acontecer mas a minha surpresa foi nenhuma. 
O Bourdain nunca foi um exemplo de gajo saudável em nenhum aspecto.
Eu sei que, agora, estava em forma e fazia jiu-jitsu diariamente; eu sei que tinha uma namorada nova em ambos os sentidos mas não confio que alguma vez tenha largado as drogas. Pode ter deixado a heroína. Pode ter deixado a cocaína. Não terá deixado os vicodins e por aí fora.
A cabeça dele também nunca foi a mais apta à saúde.
Não estarei a ser exagerado quando digo que havia repulsa dele para com ele.

Em suma: os actuais abdominais definidos não o ajudaram.
Não ajudam ninguém.

Recebi uns emails dando conta da surpresa e do choque, tendo o mesmo acontecido num ou noutro encontro social.
...acho que as pessoas não botam fé no que estão a ver.

Eu achava o Bourdain top mas tenho as mais profundas dúvidas de que seria o tipo de pessoa com quem gostaria de conviver.
Gente interessante tem o problema de ser, as mais das vezes, avariada e difícil de lidar.

Ah, K, mas isso não pode ser uma regra absoluta!
Não é. Mas há-de estar perto disso.

O que torna alguém interessante é - na minha opinião - o facto de ser pouco comum. Não irei ao ponto de dizer especial mas, seguramente, diferente do comum.
Ora, esta diferença é muito semelhante a desenquadrado. As pessoas que fascinam são inadaptadas e são-no porque se regem por um outro tipo de regras e porque as ligações dos seus cérebros não são exactamente como as nossas.

Quando vemos um cão a mijar numa sala de jantar, no Youtube, achamos espectacular mas teremos um sentimento diferente se descobrirmos que a sala é a nossa.
Percebem o que quero dizer?
As mais das vezes - estou convencido disso! - aqueles que mais são admirados nunca seriam os mesmos com quem quereríamos jantar.

Bem: o inadaptado Bourdain seguiu o trilho de muitos outros inadaptados.

PS. Ontem, ao almoço, a discussão foi como ele teria morrido. As opiniões andavam pela droga e eu disse que me parecia improvável. Isso seria pouco dramático. Deve ter-se enforcado.

RIP Anthony Bourdain.

Friday, June 08, 2018

FDP....

Ontem:

K, o Pai perguntou quando podemos marcar um jantar por causa dos nossos anos e dos dele, que é este mês; pode ser de hoje até Domingo e, depois, a partir de quarta da semana que vem.
- Pá, não estou virado para ir a jantar nenhum!
Ah, mas temos de ir...
- Ah?! Sou obrigado? Eu vou se me apetecer e tiver vontade.
Então, vou ter de ir seu sozinho?
(...)
- Pá, esta semana é para esquecer. Nenhum dia. Para a semana, marca para o dia que quiseres.

Quando a minha consciência não me pesa, não há nada que me possam forçar a fazer ou que me sinta na obrigação de cumprir.
É tudo que se foda.

...mas quando me dão no psicológico - e esta que descrevi é a única forma de me dar no psicológico, ainda que se possa revestir de outras variantes - sem me forçar, abertamente, fode-me um bocado o esquema.
Se me tivesse chamado isto ou aquilo;
Se me tivesse dito que não concordava;
Se me tivesse ameaçado com represálias;
Se me tivesse tentado explica o porquê de eu ser forçado a fazer o que não queria....nada teria resultado.

Colocar a questão no vais-me deixar na mão? deu-me cabo do caralho do esquema.

FDP.
Também sou fraco!

Wednesday, June 06, 2018

Ermita

(este pensamento começou ontem e deu na frase do Thoreau.
Diga-se que a frase é bem mais ermita que o Thoreau)

Quando estive internado, Ela foi jantar duas vezes - acho que foram duas - com os meus.
Isto nada tem de mais e, verdade seja dita, achei e acho uma coisa boa; não faz sentido que seja diferente. E é tão natural que este assunto não foi sequer...assunto.

As pessoas não andam por aí a chamar atenção para o banal e normal, não é?

Enter K!

Não me passa pela cabeça fazer o mesmo.
Entendam: não estou a dizer que não o faria e muito menos estou a dizer que recusaria um convite para o efeito.
O que estou a dizer é que eu nunca tomaria a iniciativa.

Este tipo de afirmações pode ser entendido como uma depreciação das pessoas Dela. Não é.
Sempre fui optimamente tratado e nem sequer chatos considero. É verdade que têm interesses diferentes dos meus. É verdade que são em quase tudo outros quando vistos à minha luz mas isso não quer, em si, dizer nada.
São boa gente. Tratam-me bem. Só isso interessa.

O que ocorre é que, por natureza, prefiro ficar e estar sozinho.
Um outro factor que apoia este comportamento é que não gosto de coisas confusas ainda que muito remotamente possam ser consideradas confusas.
A minha relação é com Ela e quanto menos pontos de intercepção houver, melhor.

(a este respeito e em coisa mais abrangente: não me lembro de alguma vez ter pedido o número de telefone a alguém. Tenho a certeza que já o fiz - até por uma questão estatística - mas não me lembro de uma única vez, pelo que não poderão nunca ter sido....vá...5!)

Mas, sem sair daqui, há mais!
Agora, quando olho para o K de 25 anos penso foda-se, que penedo!! mas na altura não o sabia; imagino que o K de 50 há-de pensar o mesmo do K de agora...o que quer dizer que é muito possível que não me seja possível estar completamente correcto sobre muitos dos meus traços e reacções.

Há muitos anos, uma ex disse-me K, tu não tens estrutura para ser rejeitado! e acho que ela estava certa. Aliás: acho que ela está certa.
A afirmação é exagerada porque já fui rejeitado e a minha estrutura aguentou mas se lhe dermos um bocado de liberdade literária a afirmação passa a completamente certa.
Ou seja, 
é possível que o meu desapega esteja embaraçado na minha falta de vontade de me pôr a jeito para ser rejeitado.

...mas ainda que considera possível, considero, também, improvável.
Ainda que tenha medos eu não sou medroso;
Ainda que tenha inseguranças eu não sou inseguro.
O que eu detesto - odeio mesmo! - é confusão e tudo que envolve pessoas é confuso.

Ainda tenho mais umas linhas para escrever mas esta merda está a deprimir-me um bocado.

Tuesday, June 05, 2018

Thoreau

Imagem relacionada

Monday, June 04, 2018

A Melhor Versão

A minha maior fantasia é ir embora.
É assim desde que me lembro. 

...não se prende com uma necessidade de fuga. Pelo menos não a sinto dessa forma.
Com raríssimas excepções, não fico onde não quero e também não sou um gajo que se apegue a cenas. Bem...nem a cenas nem, na verdade, a pessoas.
Eu sei o quão estranho isto parece se não for entendido como um psico ou sociopada.
Está longe de ser verdade que pessoas em concreto não me interessem; o que se dá é que o meu maior interesse - quanto a este punhado de gente - é que estejam bem e sem problemas. Não preciso de as ver nem de lhes tocar. 

Então, este ir embora é estranho porque as mais das pessoas que dirão mesmo que eu terão um contexto de que querem escapar e eu não.

O que acontece é que eu sinto-me mais contente e mais leve quando vejo o que nunca vi e quando estou onde nunca estive.
É certo que prefiro um determinado tipo de lugar ou outro mas o cerne e o mais importante é me entregue o que antes não tinha. O mais importante é que não reconheça, à primeira, esta estrada ou aquela árvore ou aquele café ou este banco de jardim.

O meu humor melhora;
A minha saúde melhora;
A minha cabeça fica mais leve;
O meu temperamento arrefece.

De memória, é-me difícil imaginar um contentamento maior do que estradas estreitas com árvores a servirem de guarda.
E ir e ir e ir.

...quando volto, o contexto faz-me regressar a um gajo de quem também gosto mas que é menos agradável de conviver.

E se pensarem que preciso de aviões e destinos exóticos para atingir o que venho descrevendo, desenganem-se.
Há uns anos Ela mostrou-me isto:

Isto fica demasiado perto da minha zona para que desconhecesse mas a verdade é que desconhecia.
Fiquei muito contente e Ela, na altura, não percebia como poderia eu ficar tão contente com algo banal. Para ser honesto, talvez não soubesse, sequer, que eu poderia ficar tão contente, ponto!

Mas fiquei.
Mas fico.

Sou como os cães.
Preciso de ser passeado para não colar o pistão. 

Friday, June 01, 2018

Very Very Cool!


Primeiros Encontros

Dizer que sou fora da caixa parece-me excessivo.
Este tipo de afirmações - por se terem banalizado como aconteceu com a palavra projecto ou conceito novo - fazem-me sentir um bocado ofendido. 
Será, contudo, verdade que não sou o meus comum dos humanos e isso deve-se não ao facto de ser mais desenvolvido mas, mais provavelmente, ao seu contrário.

Esta semana, Ela decidiu que os dois ramos se deveriam encontrar para o seu aniversário. Acho que Ela achou estranho ainda não se conhecerem e decidiu tomar uma atitude. Posso estar errado. Na verdade, não dispensei muito tempo a esta temática mas foi o que me pareceu.
Eu achei pouco comum mas não estranho. É o que é e não senti a necessidade de ser diferente.
Era importante que os meus a conhecessem porque é uma parte relevante do que comigo estava e está a acontecer mas o resto é lateral e tudo que é lateral é menos relevante.

Bem, regressando:
Ela fica nervosa com estas coisas; será que se vão dar bem? e será que vão gostar uns dos outros? e espero que tudo corra bem...
...e porque fica nervosa fica tensa.
E eu tenho dificuldades em compreender o que escapa por completo à minha racionalidade.

Para mim, o sucesso nestas circunstâncias é que todos sejam educados. Nada mais.
Prefiro que simpatizem uns com os outros mas é apenas e só uma preferência. Se não forem com a cara uns dos outros, por mim tudo bem desde que sejam educados.

Por isso, Ela fica tensa.
Eu não fico nem um bocado nervoso.

Se se desse o caso de haver comportamentos que me incomodassem - o que não era previsível ou provável - teria de fazer alguma coisa mas, ainda assim, não é uma perspectiva que me enerve. Estou habituado a fazer e a minha natureza compele-me a fazê-lo.

Mas tu não queres que os meus Pais gostem de ti?!
- Eu prefiro que os teus Pais gostem de mim mas se não gostarem, tudo bem. Só exijo que as pessoas sejam educadas e não mais que isso.

Pareço um ET mas acho que é apenas isto que se deveria esperar e exigir dos outros: Educação.
Se querem que eu me foda, não há problema nenhum.