Tuesday, October 31, 2017

YEAH!!!


É estranho eu querer estar sempre agarrada a ti...

Talvez seja pouco comum e, por isso, estranho mas não é um estranho mau.

Daquilo que vejo à volta, o comum é ser uma festarola haver um jantar de gajos ou vamos só homens ou hoje não há mulheres!
Nunca percebi isto muito bem; melhor, nunca percebi o porquê de ser uma óptima notícia não ter de levar a mulher.

Eu sei que os filmes e o pessoal super avançado defende cada um precisa de ter o seu espaço e tal. É uma cena desenvolvida e cosmopolita.
Não tenho muito apreço pela modernidade nem pela cosmopolitinidade. O segredo não está, normalmente, à frente mas mais atrás.

Sou um gajo simples e pouco dado a moderação.
Se quero espaço, quero muito espaço;
Se quero estar com uma mulher, quero muito estar com ela.

Sim, deve ser por isto que as relações que tive se contam pelos dedos de uma mão.

Isto que descrevi pode resultar, também, de ter sido criado por mulheres e por, neste momento, 2 dos meus melhores amigos serem mulheres; pode, também, ser porque não me comporto de maneira diferente quando estou com Ela ou quando estou sozinho. Não digo coisas diferente e não faço coisas diferentes. Não tenho o que esconder e não tenho o que fingir.

Voltando:
pode ser estranho querer estar-se sempre agarrado ou agarrada à outra pessoa mas não devia.

SO SO COOL!

Monday, October 30, 2017

O Assédio Sexual II

No seguimento do anterior:


Todo o Instagram dela é isto.
Estou longe de me estar a queixar mas é suposto eu pensar na cotação do Dólar?

O Assédio Sexual

Este assunto já me ocorreu mas raramente em termos de assédio.
Acho que a primeira vez terá sido quando o House disse que só é assédio sexual se a pessoa for feia e achei que era algo muito próximo da realidade. Pode não ser absoluto - seguramente, não será - mas servirá como regra com excepções.

O assunto é muito mais complicado do que a forma como é retratado, especialmente agora com o caso de Hollywood.

Há uns tempos, um gajo olhou para mim, muito indignado, porque eu estava a olhar para as mamas da namorada. Olhei para ele e respondi-lhe: se ela não quer que se olhe para as mamas dela, que as tape!
À visto do que agora corre e do politicamente correcto de merda, isto parece uma afirmação de uma macho saído das cavernas só que não é. As pessoas são responsáveis pelos seus actos e nisto inclui-se o que se veste.

Tomemos a gaja, em concreto, ou a gaja, em abstracto:
É justo eu olhar para as mamas dela? É.
É justo eu perguntar-lhe se quer beber alguma coisa? É.
É justo eu meter-lhe a mão nas mamas? Não.
É justo eu perguntar-lhe se chupa? Não (este não tem excepções mas é uma nuance que não merece ser taxada como regra).

É certo que a mulher que decide andar decotada não quer ser modesta nem passar despercebida e é, também, certo que não é por isso que deve ser rudemente tratada. Mas não se pode queixar quando uns (Eu, por exemplo) olham para a fruta em exposição.

Se eu disser a uma mulher que trabalha comigo que está gira deverei ser condenado?
Se eu disser a uma mulher que trabalha comigo que está gira E demonstrar que tenho interesse nela deverei ser condenado?
Não a ambas.
Isto, em si, não é assédio por muito que os comunas e as lésbicas de bigode nos digam o contrário.

É assédio se eu lhes demonstrar que tenho interesse mostrando-lhes o mangalho, do nada.
É assédio se eu lhe disser que está gira enquanto lhe dou uma palmada no rabo.

Isto parece tão simples...

O que me faz muita confusão é isto:
Imaginem a Kim Kardashian indignada porque alguém a vê como um objecto.
ELA retrata-se como um objecto.
Não é por isso que deve ou merece ou se mete a jeito de ser, por exemplo, violada;
Mas é por isso que quem com ela se cruzar apenas pensará quantas horas faltarão para a foder e nunca prestará atenção ao que ela está a dizer.

Isto posto, uma rápida cena:
Há muita gente que quer equiparar o assédio masculino e feminino.
Queria que fosse verdade mas não é...
A diferença não é de qualidade nem sexista, a diferença fundamental é esta:
SE uma gaja me quiser violar vai ter dificuldades porque não conseguirá, fisicamente, dominar-me;
SE eu quiser violar uma gaja ela vai ter dificuldade porque não conseguirá, fisicamente, resistir-me.

E isto faz diferença, isto faz muita diferença.
É giro quando Ela me quer torcer o braço; rimo-nos com isto.
Não é giro se eu lhe torcer o braço porque, nesse caso, não será uma tentativa.

Friday, October 27, 2017

Coisa que Aprecio

Não, o meu humor não está resolvido mas pequenas coisas ajudam muito.

Ontem:

1. Enquanto via o Lucifer, num dos diálogos a go-protagonista tinha um evento importante que ocorreria no dia e o Lucifer queria fingir que sabia o que era.
Então, a gaja diz hoje é o primeiro dia do julgamento do assassino do meu Pai e o Lucifer ia acompanhando a frase e terminou da mesma forma do assassino do meu Pai.
Incrédulo diz: Do Nietzsche?! Ah..do teu Pai...

Ri-me muito.

2. Hoje fui almoçar com a C mas nem sabia onde ir...
- Devias ter ido provar o Ramen do X
Não! Isso quero fazer contigo.
- Pois. Estou à espera dessa merda há uma semana!

Interessava? Não. Era eu a provocar discussão com uma coisa que nem sequer me interessa.
Ela percebeu e nem respondeu.
Eu percebi e nem insisti, coisa que faria se me interessasse porque não me dou bem a ser ignorado.

E oldie but goodie


Thursday, October 26, 2017

Sem sair por completo do Tema do anterior

A minha Mãe aprendeu que o melhor a fazer quando estou com pouca vontade de falar é não tentar fazer-me falar.
Isto parece óbvio mas não é tão fácil de fazer como de dizer.

A minha Mãe faz bem e quem lhe segue o exemplo também.

Faz bem porque impede receber pedradas, que é o que acontece quando se pressiona quem não tem tendência a ser vítima; é o que acontece quando se pressiona quem está em ebulição.
É bom para mim também. Impede fazer-me sentir uma besta muito maior quando a febre me passa e percebo que fui um idiota que merece umas valentes vergastadas e que, em abono da verdade, as receberia de bom grado se isso aliviasse a minha consciência.

Faz bem porque a tempestade há-de passar e se não passar...bem, o resultado é o mesmo.

Há vários motivos para eu não gostar de falar quando estou muito irritado.

Um deles, que não o principal, é que tenho a sensação que me vou queixar por estar desequilibrado e serei, ainda que por momentos, uma pessoa que não sou e nem quero ser.

Outro deles, o principal, é que não sei exactamente o que quero dizer porque já nem sei o que me leva a querer pegar fogo ao Mundo inteiro.
Nestas fases, tudo é tudo e tudo me vem à memória.
Nestas alturas, sou o gajo que se lembra do que sei lá quem fez sei lá onde e sei lá quando.

....e eu detesto estar confuso.

Assim, por muito que me custe (e não custa assim tanto), é ficar quieto e calado até que a ventania perca intensidade e as chamas se consumam por falta de alimento e, depois, consiga ver o que está, em concreto, a rebentar-me as veias.


Meia Idade

Ah, K, abichanaste para estar a pensar nisto quando ainda nem sequer lá chegaste?

E a resposta a isto é nim.

É verdade que ainda lá não cheguei mas também não estou longe.
É, ainda, verdade que a idade em si não me diz muito e a única coisa que me chateia é a degradação do corpo; não a degradação física em termos externos mas a outras, aquela que me impede de andar a varrer noites seguidas e me empurra para ressacas mais violentas.
No resto, a idade, em geral, tem sido boa para mim.

Voltando,
o caminho que me parece estar a seguir há tornar cada vez mais evidente a minha natureza eremita. 
No extremo - que nem sei se é tão extremo assim -, poderei acabar por ir para uma cabana no meio do mato e rodear-me de livros ou ir viver em baixo de pontes por esse Mundo fora.
Ah, K, foi isso que te preocupou! e estarão errados.
O que descrevi não me preocupa muito.
Faz sentido e se é verdade que não é algo que deseje, não é menos verdade que também não é algo que me tire o sono.

O que me bateu foi uma outra coisa:
Estou a meio de uma fase de merda e, visto de fora, não contribui para ela de forma nenhuma.
Porque, aparentemente, não contribui para isto teria carta branca para culpar o devir e o fado e o Mundo e a justiça e todas essas merdas que são vulgarmente usadas.
MEU DEUS, PORQUÊ EU?!

....e eu até gostava de me permitir estas coisas.

O que acontece, de facto, é que apesar de aceitar que posso não ter contribuído para a situação o que me assola é sempre que também não fiz o suficiente para a evitar ou para que outra rumo tivesse sido encontrado.
Não me é possível culpar os outros ou culpar coisas invisíveis pelo que quer que seja. 
E foi aqui que surgiu o stress: de vez em quando, como todos os seres imperfeitos, dou por mim a pensar por que não me aconteceu isto a mim?! ou por que me aconteceu isto a mim?! ou que mal fiz eu?! e sinto-me o maior dos idiotas!

Se eu tiver uma crise de meia idade e tiver de assumir, sozinho, todos os falhanços ou tudo o que queria da vida e não tive, estou completamente fodido!

A minha esperança é que a minha racionalidade não me abandone e que, por isso, a Crise não me visite.
Aliás, é a minha esperança e a esperança de quem me rodeia apesar de quem me rodeia desconhecer.

Wednesday, October 25, 2017

Whoever fights monsters should see to it that in the process he does not become a monster. And if you gaze long enough into an abyss, the abyss will gaze back into you.

Nietzsche, Bitches.

Isto aplica-se às Feministas quando estão a combater o machismo;
Isto aplica-se a mim em cada inalação e exalação.

Tuesday, October 24, 2017

Um Primeiro Mundo de Drogados

Há uns tempos, Ela teve uma cena qualquer que nos forçou a ir ao hospital.
Chegados, uma conversa com a médica e umas análises ordenadas e que tais.

Durante o breve contacto, para tentar encontrar a causa próxima do evento, a médica perguntou como Ela se sentia e a resposta foram lágrimas.
Se calhar está com um princípio de depressão disse a médica; não está deprimida coisa nenhuma respondi eu.

É a isto que chegámos.
Alguém tem uma quebra de cenas; alguém está a passar uma fase desagradável no emprego; alguém vê uma pessoa próxima morrer...e está deprimida.
Não, caralho! 
As pessoas ficam tristes e é bom que fiquem tristes. A depressão é uma merda diferente.

Aquela médica - e, suponho, muitas outras - achou que o melhor seria diagnosticar uma depressão em 10 minutos e, provavelmente, medicar porque é assim que se resolvem as merdas nos países desenvolvidos: medica-se a dor, seja ela qual for e independentemente da sua origem.

K, como sabes que não estou em depressão? 
- Porque eu sei o que é uma pessoa deprimida e sei o que essa merda traz. Tu estás triste e podes, até, vir a ficar deprimida mas AGORA não estás! 

Nós, civilizados, estamos a desembocar numa bichanice que não tolera qualquer tipo de maleita, dor ou contratempo.
Morrem meia dúzia de pessoas na Europa e é o fim do Mundo quando morre muito mais gente por hora em lugares bem mais inóspitos que continuam com a sua vida.

Notem:
Não me oponho a medicamentos nem aos avanços civilizacionais. 
Também eu tomo medicamentos mas só os tomo quando preciso.
Não ando a tomar merdas quando tenho alguma dificuldade em adormecer nem quero anti-depressivos quando a vida me corre mal.

Notem:
Não defendo, também, um regresso a uma barbárie que ainda persiste em outras partes do globo mas temos de arranjar uma pele um bocado mais espessa.
Não podemos tornar-nos na gente que é demasiado sensível e que só pensa em dar a outra face.

Com todos os problemas modernos e inerentes, a nossa vida ocidental é capaz de se ter tornado demasiado fácil para o nosso próprio bem.

Monday, October 23, 2017

Partying Like It´s 1996


Ficar com as Pedras na Mão

Não se dando o caso de me irritarem, ando a ficar irritantemente compreensivo.
Parece-me que esta compreensão resulta, em larga medida, do facto de irem passando os anos e, com eles, irem-se acumulando coisas em cima de coisas e situações em cima de situações.

A culpa desta merda é da vivência.

Neste momento, tenho a impressão de que me encontro na fase em que deveria pôr-me a monte mas o que parece estar a acontecer é que deixarei amadurecer até apodrecer.
Isto, para já, é uma impressão e não uma certeza; é uma hipótese e não uma inevitabilidade.

Dá-se que prevejo que seja inevitável e, ainda assim, continuo na mesma estrada.

Acho que isto está a acontecer porque sou um gato escaldado e também porque a minha visão utilitarista me diz o seguinte: este problema não será ultrapassado noutro sítio porque é meu.

Por outro lado, ainda que esteja certo na origem o problema e quanto ao facto de que o contexto não resolverá nada, não é menos certo que é certo que este contexto não ajuda mas apenas provável que um outro dê no mesmo resultado.

...é por me parecer que estou a ser parvo que evito chamar parvo aos outros ou, para ser mais justo, tento evitar chamar parvo aos outros.

Isto a menos que me irritem.
Se me irritarem, parvo é o mais meigo que sou capaz de chamar.


Wednesday, October 18, 2017

É Triste mas é Assim...

Hoje ligou-me a minha primeira Ex porque achou que me tinha visto num lugar qualquer, coisa que não aconteceu.

Não perderei tempo com o teor da conversa, por desinteressante na sua grande maioria, mas direi o seguinte:
Passado este tempo todo, tenho dificuldade em saber o que me levou a gostar tanto dela e é possível que tal se deva a não me lembrar da pessoa que era na altura ou, talvez, a pessoa que ela era na altura.
Hoje - não necessariamente hoje... - pareceu-me tão chata como todas as outras pessoas de quem me fui desligando com o passar do tempo; o que lhe interessa a ela não me interessa a mim e nesses interesses incluo-me: eu não me interesso muito.

Uma outra evidência ou confirmação é o meu entendimento daquilo que é o amor e que, como sempre acontece, o Pessoa descreveu melhor que eu:
O amor não se conjuga no passado, ou se ama para sempre ou nunca se amou verdadeiramente.

Eu sei que isto parece triste e trágico mas tenho o mesmo entendimento: Só se Ama: Não se Ama muito; não se Ama pouco; não se Amou; não se Amará.

Agora, não é e, por isso, nunca foi.

Tuesday, October 17, 2017

Uma Semana - 2.000 Kms

Descontando tudo o que de muito mais fiz, o título resume as minhas férias.
Poderia ser relevante uma descrição mais pormenorizada quanto a lugares e que tais mas isso interessa-me, em geral, menos porque as especificidades são menos relevantes do que as abstracções. Menos relevantes ou menos interessantes o que acaba por dar no mesmo.

Se as férias servem para sermos, durante algum tempo, aquilo que gostaríamos de ser a tempo inteiro então foi isso que fiz.
Saí apenas com o destino seguinte programado. Passei de um destino para o outro apenas com o seguinte passo na agenda e de dia para dia era isso que ia acontecendo.
Ir aqui deve ser giro e, depois, dar espaço ao tempo para tudo o que pode acontecer pelo meio. Saber que o programa é chegar ali mas consciente de que, como tudo o resto, muito pode ocorrer até se chegar lá e, as mais das vezes, o mais significativo acontece no entretanto e não no princípio nem no fim.

O inesperado é inevitável por muito que se programe, pelo que o melhor é abraçar essa incerteza e deixá-la assumir a importância que terá quer queiramos quer não.

Para se Ir da forma que me agrada Ir há dois caminhos: sozinho ou com alguém. 
Apesar de parecer uma evidência parva, nem todos conseguimos ir sozinhos e nem todos encontramos alguém para ir connosco.
No meu caso, ir sozinho não me causa nenhum embaraço e é a regra geral das minhas partidas. Não é a mais fácil das empreitadas encontrar companhia para estar em constante ou quase constante movimento.
É certo que irão ouvir ou ler por toda a parte gente que se assume como aventureira e à procura de experiências novas mas metam essa gente em trilhos de cabras durante uma hora para descobrir uma praia; metam essa gente em trilhos de cabras durante uma hora para descobrir uma praia que, à partida, não se sabe se compensará o custo....e, depois, de não valer, descubram nessa gente quanta não ficará fodida e apenas pensará bem...falhou. Sa foda.

Neste tipo de aventuras, como na vida, nem tudo corre bem e isso não é um problema. Isso faz parte.
No meu caso em concreto, vou perder-me muitas vezes; vou olhar para coisas que não corresponderam ao que queria; vou procurar o que não conseguirei encontrar; vou jantar em lugares que não valeram a pena depois de me ter esforçado por lá chegar; vou pensar caralho! Mas o que vim aqui fazer?!.
....e nada disto me demove nem me entristece. Não fico triste quando corre mal. Fico triste quando não vou.

Voltando um pouco atrás:
não fui sozinho e fiquei e estou contente por não ter ido sozinho.
Também por defeito de fabrico, procuro perceber o que falha muito mais do que festejar o que consigo e, no seguimento desta falha, tendo a procurar o que me chateia para estripar. Só que, em certas ocasiões, não é de estripar mas de colocar em perspectiva: é óbvio que vai haver chatices porque eu sou como sou e a minha capacidade de criar confusão onde ela não existe é virtualmente ilimitada mas, depois, e muito mais importante:
Eu tenho muita sorte de tu seres assim...se não fosses isto não seria tão bom.

O que acabei de escrever não é segredo: disse-o.

Foram umas férias óptimas e - acho que pela segunda vez que me lembre - não estava com vontade de voltar. Melhor: não costumo ter vontade de ficar ou de voltar porque...bem, não ligo muito a uma coisa ou a outra. 
Acho que pela segunda vez não queria voltar.