Friday, February 29, 2008

A Prova de que sou Democrático!!

Não sou, nem de perto nem de longe, apreciador de Caetano Veloso.
É chato, previsível, monocórdico e, para mim, quase despido de talento.

Mas, como em tudo na vida, nem tudo é negativo.

Gosto desta

http://www.youtube.com/watch?v=GWpEU-Wl8Nk

Thursday, February 28, 2008

O Lado Esquerdo

Tenho uma tendência natural para discordar.
É mais forte que eu... assumo, até, que muitas das vezes discordo de ideias pelos outros, porque as minhas são exactamente iguais.

A concordância chateia-me.
A minha discordância chateia os outros.

Já achei que isso é ter uma personalidade forte ou coisa que o valha.
Na verdade, é uma ideia generalizada que já me foi vestida pelos outros, usar a minha personalidade forte para achar que está tudo errado.... mesmo quando sei que está certo.

Bem vistas as coisas, é só estúpido.
O contrariar é porreiro para exercitar os neurónios, para saber se, de facto, se consegue defender aquilo em que nem sequer se acredita, para descobrir que vergar os outros é bom... mas no fundo é estúpido.

Conseguem com que eu concorde quando dizem que o FC Porto é o melhor clube do mundo, que o Maradona é o melhor jogador de todos os tempos e que não há um motivo lógico para não se gostar de mulheres.

Fora isso, é difícil...

"Foda-se!!"

Não poderia contar quantas vezes usei esta expressão e muito menos quantas vezes pensei nela.

Umas vezes mascaro-a de alguma leveza, não a uso textualmente mas ela está lá.
Outras vezes sai-me como uma bala da boca.

Acho que é a melhor expressão da língua portuguesa, é capaz de revelar qualquer estado de espírito e apropriada a qualquer situação.

Foda-se [não tou com vontade de te ouvir mais].
Foda-se [perdi o documento do Word]
Foda-se [está muito trânsito]
Foda-se [foste capaz de dizer isso?!]
Foda-se [falhei o remate]
Foda-se [não tinha reparado nisso]

Não há limites.
Eu gosto dela... gosto mesmo.

Este blog já tem quase dois anos... Foda-se!!!

Tuesday, February 26, 2008

Não quero entregar a minha alma, nunca o conseguiria fazer.
Têm de ma roubar.
Ontem disseram-me que só estou feliz no momento em que vou ou estou no acto sexual [expressão péssima, eu sei, mas como não me disseram que só estou feliz quando fodo, decidi deixar a coisa o mais próximo da realidade possível].

Não, não é verdade [disse eu].
Ok, lá se assumiu que não é só no acto sexual [argh], é também quando vou beber, comer, sair, fumar um charuto, viajar.... enfim, quando há algo de boemio a fazer.
Sim, com isso concordo.

Olhando à volta, não sei o que mais pode deixar um gajo feliz além do sexo, da comida, da bebida ou tudo junto além fronteiras.
Quando penso, serão as únicas coisas que não trazem preocupações [ok, o sexo pode trazer preocupações E complicações... mas nesse momento raramente lá estou].

Aquela treta de felicidade no emprego e no que se faz na vida é apenas uma meia verdade.
Para se ter sucesso, no que quer que seja, precisamos de nos esforçar e quanto mais sucesso mais esforço e quanto mais esforço mais preocupaçõe. Tudo isto se transforma, miraculosamente, em menos horas de sono, mais dores de cabeça, menos tempo para o sexo, a comida, a bebida ou tudo junto além fronteiras.

Assim sendo, resta pouco tempo para ser ou estar feliz.
Serão 2 hs ao fim do mês, quando se recebe, ou nem isso.
Serão 30 mins depois de se resolver qualquer coisa complicada, porque uma outra de igual dificuldade aparece.
Serão 2 palmadinhas nas costas, porque a seguir precisas de tratar de ir buscar outra cenoura para te darem mais 2 palmadinhas.

Sou feliz com pequenas coisas, pelo menos instantaneamente.
Para eu ser feliz com coisas grandes, elas têm de ser MESMO grandes!
Cada vez acho mais que quem gosta do que vê no espelho não olha com a atenção que devia.
Melhor, ou não olha com a atenção que devia ou então não olha de todo.

As pessoas são feitas de lama com laivos de brilhantes.
A natureza é agreste, o interior não é virtuoso, o âmago é pintado de canibalismo.

Olho à volta e não consigo encontrar aquela vida maravilhosa que acontece nos filmes, não vejo as pessoas vestidas da perfeição dos discursos de agradecimento, não aparecem os enviados dos deuses despidos de asas.

Há gente de quem gosto, é verdade.
Há gente que considero boa gente, é verdade também.

O que acontece é que essa bondade e essa boa vestimenta só existe porque, por sorte, as circunstâncias o permitem.
Pode parecer uma visão fatalista ou desacreditada deste mundo mas não é. Não sou infeliz porque vejo, apesar de ter a certeza que seria mais feliz se fosse cego.

É como quando olho o espelho.
Não fico feliz nem fico triste com o que ele reflete, aceito... e isso é um enorme passo.

Friday, February 22, 2008

O meu grupo de amigos tem expressões engraçadas...

A última que apareceu é o descansar.

Recebes um sms a perguntar "estás a descansar" e sabes à partida que quem ta manda não está e nem quer.
Então, se não quiseres desgraçar-te, não respondes.

Estás num bar, a beber umas cervejas, e perguntam-te "queres ir desansar?".
Estão-te a chamar menino, tens de começar a dar andamento...

Ligam-te, a qualquer dia da semana, e dizem-te "cafézinho?" [código que significa tudo menos café].
Respondes que não, que tens de trabalhar ou fazer outra coisa qualquer.
Do outro lado ouves "ah... precisas de descansar...". O mesmo que te chamar de menino e meio quem te viu e quem te vê.

Como somos todos fracos e carregados de testosterona... nunca ninguém está cansado.
Eu, por exemplo, já disse que hoje não estava, o que significa que me vou cansar.

Lingerie

Gosto...

Ainda agora me disseram que, muitas vezes [a maioria, pelos vistos], as mulheres usam aquela lingerie pra se sentirem bem e bonitas e não porque planeiam agradar o seu gajo quando tiram a roupa.

Tangas!

As mulheres fazem sempre as coisas para impressionar alguém [no caso das indumentárias].
O que usam por fora, é para impressionar as outras gajas e muito mas muito raramente o seu gajo.
O que usam por dentro, é para impressionar o seu gajo ou o gajo que tomam de empréstimo naquele momento.
Nunca me convencerão, por exemplo, que o dental daqueles bem agressivos é mais confortável do que uma calcinha de algodão, então.... não há outro motivo que não o impressionar.

Eu tenho uma visão utilitária da lingerie.
Gosto muito de um determinado tipo de calcinhas, sou um gajo esclarecido e com gosto, por isso, sei o que oferecer quando quero ver.

A verdade, no entanto, é que as mulheres não usam a sua roupa interior como deviam.
Passo a explicar:

A mulher devia vir com uma lingerie normalíssima vestida [excluindo os calções da avó].
Uma coisa com bom gosto mas confotável.
Porquê?
Porque na primeira vez, naquela que se segue quando se tira a roupa e se expõe a lingerie, não me interessa particularmente o que ela está a usar.

Sendo o objectivo causar impacto, comigo, não resulta.
Gosto de pele e quando o meu sangue está em ebulição, não reparo nos pormenores... nem sequer tento.

A resposta?
Depois da primeira descarga de.... adrenalina, a mulher deveria, aí sim, ir buscar aquela lingerie e vesti-la.
Nesse momento é útil!!
Ela agradece porque nós iremos, seguramente, analisá-la em pormenor e, provavelmente, elogiá-la e nós agradeceremos porque é mais um incentivo para nova descarga de.... adrenalina.

Fica a minha sugestão...
Espero que quem esteja a ler e pretenda.... descarregar comigo tenha isto em atenção [eh eh eh]

Wednesday, February 20, 2008

Uma música incrível que precisou de uns anos largos para que lhe fosse feita justiça.
[Bee Gees suck!]

Tuesday, February 19, 2008

Dia de S. Valentim

Já passaram uns dias, por isso, aqui vai:
DETESTO-O!!

Além da hipocrisia óbvia que veste este dia [à imagem de dias da mãe, mulher, criança, velha, mula manca, macaco cego, banana triste...], há tanta mais coisa que me irrita...

1) As armadilhas

Alguém foi a, por exemplo, um lanche inocente e fodeu-se com a subliminar?
Eu já.

Há uns anos atrás, quando era desocupado, um caso ligou-me para ir lanchar.
Nem estranhei, fujo a jantares como o diabo da cruz [só se janta uma vez e, por isso, temos de aproveitar], por isso aceitei.
Lá a encontrei, lá me sentei pra lanchar, lá evitei aquele tocar/dar mãos, lá lanchei... e depois vi um embrulho.

[Tempo pára: Fenris, não é o teu aniversário... isso é certo.
Não fodes tanto assim... apesar de até ser uma perspectiva porreira achares que te dão prentes por isso.
O que é aquilo no papel de embrulho?! Corações?! Estamos em Fevereiro?!
Ok, já te fodeste...]

Não me lembro de aniversários, quem dirá esta merda deste dia.

Vesti o sorriso de circuntância e passado uma semana chamei o "não és tu... sou eu".

2) Os Jantares

Compareci a dois jantares na qualidade de namorado e por ser dia dos namorados.
Nunca mais!!

É plástico.
É falso.
É uma obrigação.
Por tudo isso, não é romântico.

Quando comecei a frequentar o Jantar dos Encalhados, esse sim, muito divertido, tive a certeza que não iria a mais nenhum.

Das visões mais aterradoras de que me lembro, em termos de relacionamentos, são os restaurantes cheios de pares que não têm o que dizer.
É uma maravilha!!!
Para quem, como eu, adora restaurantes silenciosos, este é o dia!

Quando digo que os pares não têm nada a dizer, não o faço porque acredito que as relações estão falidas, a questão é que quando és pressionado a ser super fofis , provavelmente não tens vontade.

3) As mercenárias das floristas e os quê frô que se espalham como germes.

?!

Este fim de semana, na revista do O Jogo, vinha a Matadinho.
Podre de boa, claro [o mesmo não se poderá dizer de podre de gira mas interessa menos], de bikini, claro, a mostar a pele, claro.
O pior de tudo, porque teve uma coisa má, é que lhe faziam perguntas...

Numa clara reminiscência de um qualquer masoquismo que terá existido na minha adolescência, li aquilo.
É verdade que li na diagonal [não era propriamente um discurso denso e com algum conteúdo] mas isso não desculpa o facto de ter lido.
Depois de umas perguntas tão ridículas como as respostas, lá me deparei com o porquê de eu nunca poder ter uma gaja assim.

Esquecendo que mesmo que quisesse dificilmente a teria, não toleraria muito tempo com aquilo.
Não me lembro qual a pergunta, no entanto, a resposta era qualquer coisa como:

"Vou diariamente ao ginásio e faço pesos e localizada.
Não como fritos, não bebo refrigerantes, não bebo alcool".

Na minha cabeça martelava o seguinte: "Foda-se... mas afinal que fazes tu?!"

Ok, a pergunta talvez fosse O que faria eu.
Não concebo ter qualquer relacionamento que exceda meia hora com esta geração saúde.
Caguei para os pesos e para a merda da localizada. Não tenho nada contra uma coisa nem outra mas aparece sempre antes de não fumo, não bebo, não como...

Uma das coisas que mais gosto é de jantar mas para jantar com alguém, esse alguém tem de comer mais que uma folha de alface.
Poucas coisas são melhores que um bom vinho e se esse alguém não bebe, com quem o partilharei?!

Aliás, esta deve ser daquelas gajas que gosta de produtos naturais... o que me leva a perguntar porque gosta de coisas orgânicas quando ela é de plástico.
Ah, e para quem acha que eu sou muito fundamentalista e condeno sem conhecer sempre direi que quero que se foda.

Esta tipa pode ser a melhor pessoa do mundo mas temo que se um dia cair e rachar a tola nasça um sahara português.

Friday, February 15, 2008

Estava a dar uma volta no Hi5 e não pude deixar de me rir com as declarações de amor entre os respectivos remetentes e destinatários desse nobre sentimento.

Mensagens de "Amo-te muito" são mais que as pedras da calçada.
Ok, apesar de achar uma coisa muito batida, sem imaginação e, perdoem-me, brega [o estilo amo-te tanto mas tanto que não consigo evitar de partilhar com o mundo inteiro dá-me ânsia de vómito - eu faço parte do mundo e caguei pra quem amas e deixas de amar].

Pior, só mesmo os postais fofos e os clips que lembram aquele momento especial ou traduzem mesmo o que eu sinto por ti.
Pá... haja paciência.
Um clip de uma merda de um dueto da operação triunfo?!
Um clip daquele gajo que escreveu uma música de merda porque viu a ex no metro com outro [apaguei o nome desse otário da memória, sem regresso]?!
Um clip do More Than Words?!

Depois eu é que sou esquisito.
Alguém que se lembre de me mandar uma puta de uma música do Iglesias pequeno que vão ver só uma coisa!!
You cant always get what you want
But if you try sometimes well you might find
You get what you need
O meu dilema não é o bem e o mal.
Não são conceitos que me interessem, não acredito em nenhum dos dois.

O Hitler gostava do cão dele... é certo que gostava mais dele do que de pessoas mas, ainda assim, gostava. E gostar não pertence ao mundo do mal, pertence ao mundo do bem.
O Clinton deixou os EUA na melhor posição económica que alguma vez teve e, agora, anda metido na caridade como se não houvesse amanhã.... mas ornamentava fortemente a mulher. E isso não pertence ao mundo do bem, pertence ao mundo do mal.

Dois exemplos, eventualmente fracos ou pouco conseguidos, de que a pureza não existe, o 100% é teórico e o pior dos seres é capaz de bondade e o melhor dos seres é capaz de maldade.

Isto dito, preocupa-me aquilo que não quero fazer e aquilo que quero fazer.
Isto está longe da barreira bem/mal porque sou capaz, conscientemente, de querer mal [não no sentido de desejar morte e merdas extremas como essa mas, ainda assim, mal] a algumas pessoas ou, no mínimo, não lhes desejar bem.

O problema dá-se quando não sou capaz de fazer bem a quem quero e reflexivamente faço mal.
Outro dia, por exemplo, tive um dia filho da puta, começou no emprego e acabou na minha vida pessoal... tudo correu mal.
Não era motivo para desespero, naturalmente, mas é o suficiente para eu ter a cabeça a funcionar a mil e estar muito pouco preocupado com quem merece ou não pagar.
Poderia dizer que sou um gajo impulsivo mas isso não seria verdade. O que acontece é que desligo... e quando desligo fico dormente e perco a noção de quem é o quê, quero que todos se fodam.

Voltando.
Naquele dia abri a dispensa em busca de amendoins.
Vi a embalagem tipo, abri-a e quando os meti à boca reparei que não eram amendoins mas antes uma daquelas misturadas de frutos secos com amendoins, cajus, milho e sei lá o quê. Naturalmente, fiquei fodido.

A meio de uma conversa, algum tempo depois mas no mesmo dia, lá me saiu "também não percebo, é difícl ler o que diz na embalagem?! Eu gosto de AMENDOINS, não percebo como é possível!!".
Ora, de acordo com a sabedoria popular quem bate esquece, quem apanha, não, então, nunca mais me lembrei daquilo.

Dois dias depois, voltei a abrir a dispensa e lá estava uma outra embalagem, nova, de amendoins.
Nunca me foi dito nada, nunca me foi atirado à cara que foram comprados, nunca se tocou no assunto.
Quando os vi, lembrei-me, uma vez mais: "Foda-se Fenris.... és mesmo um fdp!".

Neste momento, defender-me-ia se dissessse que é porque sou assim que quem me é querido tem sempre quem proteja, é por conta deste feitio do tipo fogo posto que não há quem toque no que é meu ou sequer pondere fazê-lo.... mas seria mentira.

Sou um idiota, isso sim.

Thursday, February 14, 2008

...é quando estou de vela virada que ela parece que se interessa ainda mais...

Lembro-me de um autocolante que dizia que "as meninas boas vão para o céu e as meninas más para todo o lado", e sabemos que preferimos as que vão pra todo o lado, ou, pelo menos, pra muitos lados [senão prefiro chupar gelo].
Devia haver um autocolante parecido para os gajos e só não há porque isto ainda é um meio profundamente machista.

Ela dá-me bola, sempre.
Não olha pra mim, fixa-se nos meus olhos.
Por muitos motivos, a coisa nunca chegou a rolar e até acho que não rolará, mas a vontade está lá.
É uma coisa parecida com um hobbie, distrai... e ninguém dispensa uma tensãozinha sexual, quando não dá pra fechar o negócio.

Mas, voltamos ao início.
Hoje estou claramente de mau humor, é um daqueles dias em que devem pedir licença pra falar comigo.
Não estou com sentido de humor pra piadas, não respondo a perguntas idiotas [nem me digno a olhar] e se me irritam os meus olhos reviram.

Já desliguei duas vezes o telefone na cara de uns idiotas, sem dó nem piedade.
Já soltei dois sonoros "foda-se!!" e nem me importei... não é dia para me foderem a cabeça.

Ela, porque me ouviu assim, veio ver-me.
Não falou, encostou-se à porta e ficou a olhar para mim.
Quase juro que os botões da minha camisa deram de si com o poder da mente dela.

Não somos só nós que gostamos da gaja com ar de tarada.
Não somos só nós que gostamos que nos arranhem as costas.
Não somo só nós que temos vontade de foder.

Parece-me uma coisa ainda meio camuflada, subliminar, uma coisa que só se revela [quando se revela] quando as roupas começam a bater ruidosamente no chão.
Naquele momento em que é mais suor que lágrimas, mais mordidas que beijos, mais minha puta que meu amor.

Eu gosto de quem vai pra todo o lado e eu também vou.

Manias

Tenho hábitos, não sei se as poderei considerar manias...

Ainda que o sejam, têm uma explicação, como tudo na vida [apesar de nem sempre a sabermos].
A minha natureza é caótica e, por isso, descontrolada.
Durante muito tempo não me apercebi disso, achava que era tudo muito normal porque nunca tinha visto nem vivido de outra maneira.

Passei um larguíssimo período da minha vida, que não se resume à adolescência, a não ter horas para dormir, para estar acordado, para comer... enfim, para nada.
Deitava-me quando já não aguentava estar acordado, parava de comer quando não aguentava mais comer, parava de beber quando vomitava [ou quando já não aguentava mais estar acordado... depende do que chegasse primeiro], parava de gastar quando não tinha dinheiro e por aí vai.

Depois, a dada altura, comecei a ter de ser mais regrado... mas não muito.
Passei a deixar de ter de sair pra caçar e, por mais estúpido que pareça, passei a deitar-me quando tinha sono e a beber quando tinha sede [a maioria das vezes, não se tornou uma regra].

Não foi uma mudança consciente mas, como agora vejo as coisas, as mulheres são a salvação ou a perdição.
Para mim, que não tenho como me perder mais do que os meu genes ordenam, acabam sempre por ser ou a salvação ou um hobbie mais divertido, não tem meio termo.

Quando gosto, são a minha salvação.
As minhas olheiras que parecem genéticas não o são, de facto, e desaparecem.
Começo a ter mais dinheiro, porque me sai incrivelmente mais caro ser solteiro.
A comida tem mais sabor porque fumo menos e bebo menos.

Quanto aos hábitos ou às manias... se não me forço a respeitá-los, a minha esperança de vida decresce à velocidade da luz.

Tuesday, February 12, 2008

Não há regresso que não seja precedido de partida.
Detesto que me deixes e fico mais perdido ainda quando apareces.

Gostaria que fosse uma ferida mas não é.
Gostaria que fosse uma lança em África mas não é.
Gostaria que fosse uma ilusão mas não é.

Lamento o vento que me empurra porque não tenho onde me agarrar.
Rogo pragas à minha cegueira e às algemas que me seguram as mãos.

Talvez um dia me caiam as vestes que pressionam o meu corspo, talvez um dia se solte a mordaça que me beija a boca.

"This ain´t another love song"
Gostar é perder a independência?

Já li explicações de todo o tipo.
Na verdade, mais do que ler já ouvi explicações de todo o tipo.
A maioria das pessoas afirma que cada um deve ter o seu espaço, que cada um deve continuar a fazer as suas coisas e por aí adiante.

Em suma, pouca coisa mudará além de ter com quem foder regularmente e quem veja televisão em conjunto.
Não consigo acreditar nisso, não consigo viver dessa forma, não acredito nessa definição.

Um não é divisível e se os dois formam um a coisa não funciona dessa maneira.
Sou um desastre em relações, por isso a minha opinião nem é tão importante assim, no entanto, começo a acreditar que as pessoas é que não entendem o conceito e não eu.

Ou sou o único gajo com olho ou o único cego.
Sempre tive esta dúvida:

Se o Amor é a resposta, qual é a pergunta?

ps:

http://www.youtube.com/watch?v=LOk11ETpEZI

[quero uma Gracyanne só pra mim]

Monday, February 11, 2008

Gostava que me deixassem em paz.
Gostava de me deixar em paz.

Este fim de semana tive um jantar que me fez ver que estou parado enquanto todos os outros avançam.
Não gosto particularmente de quem comigo jantou, excepção feita a duas ou três pessoas, aquelas que me fizeram lá ir.

O pessoal vai deixando marcas, criando raízes... eu não.
Normalmente, isso não me afecta.
Acredito que não adianta ter raízes onde não se quer estar ou deixar marcas onde não as considero estéticas.

O que tornou este convívio diferente é que, contrariamente ao que sempre tinha acontecido, se eu quisesse nada seria diferente.
Envolvi-me num emaranhado estéril de tal forma que deixei, no momento, de ter o que escolher.

Ao fim de quase três décadas de não querer acho que a ilusão se tornou realidade.

Thursday, February 07, 2008

Fodam-se as pequenas conquistas.

Uma dos traços mais marcantes dos perdedores é a felicidade que sentem quando "podia ter sido pior".
Pois podia... mas também podia ter sido bem melhor e nada é mais nauseabundo que o meio do caminho.

A mediocridade é a razão pela qual o Bush está no poder.
Fodam-se os mediocres.

Wednesday, February 06, 2008

Não vinha aqui à noite há bastante tempo...

A maioria das vezes entendo isso como um bom sinal. Tenho vícios demais e, entre eles, a internet estava a ganhar peso.
Sou péssimo para largar vícios... a minha carne é fraca e a única maneira de me soltar das coisas de que realmente gosto é que elas me façam mal.
Parece natural, não?
Chega a parecer lógico.
Mas isso teria graça?

A verdade é que não chega fazer-me mal, tem de querer fazer-me mal porque senão eu continuo.
É o momento em que acho que o vício se aproveita de mim que o mando foder.

Pois... não falamos só dos vícios clássicos.
A bebida, a droga, os cigarros, o jogo... não... falamos também dos que impulsionam o sangue pelo corpo só de olhar para nós.

Este vazio não pode ser meu.
Este mal estar não pode ser meu.

Nada, no momento, justifica que não ande pelas nuvens. Logo eu que sempre me vesti e despi sozinho.
Gostaria de culpar a terra que me passa por baixo mas nem a vejo, nem sei se ainda lá está.
Seria o vento que me lapidaria e levaria esta manta mas se o vento for capaz de arrastar chumbo também me levará.

A minha capacidade de não dizer merda nenhuma só é suplantada pelo meu desdém por tudo que se possa chamar de coerente.

[a outra razão pela qual escrevo cada vez menos à noite é a tecla de space deste computador que está fodida e deixa-me doido]
I resent you calling
I resent your voice
I resent that I
Don't have a choice
Radiohead
"Yes I Am"

Monday, February 04, 2008

Gostava de saber por que motivo o filho da puta do meu telemóvel não me obedece.
Ontem quase o partia contra a parede.

É incrível!!!
Chega a uma determinada hora da madrugada e lá começa ele a chamar-me.
Pior!!
Começa a chamar-me e corre, por iniciativa própria, a lista de contactos até escolher a quem quer que eu lige ou mande sms.
Filho da Puta.

Já lhe rachei o visor (ok, foi sem querer, caiu... mas ele não sabe disso) e, ainda assim, ele continua a arriscar e, como o risco dele, leva a que também eu me arrisque.
Tou farto!!!
Acho que vou deixá-lo de castigo fora do horário de expediente.
Acho que vou ter de lhe mostrar quem manda.
Acho que ele ainda não percebeu que Eu escolho a quem ligo e quando ligo.

Filho da Puta... mil vezes Filho da Puta!

Friday, February 01, 2008

Se Deus Vier, que Venha Armado

Este, além do título do posto, é o título de um dos cds de Pavilhão 9.

Gosto de música agressiva que diga alguma coisa, gosto de música de contestação social (soa-me sempre a novo, mesmo quando é repetido, porque foge ao clássico Boy meets Girl, Girl leaves Boy, ou vice versa).

O que me incomoda é a perspectiva belicista de controlo social e a clássica desculpa de "não há outra saída".
Estou muito longe da teoria de que a sociedade cria o criminoso (apesar de concordar com ela) porque não sou a favor da desculpabilização.
Isto porque acredito que menos culpa do que o criminoso tem a vítima, ou seja, se uns remam contra e conseguem não devem pagar pelos mais fracos.

A verdade, no entanto, é que a repressão (tanto a policial como a jurisdicional - caso do aumento de penas) nunca resolveu merda nenhuma, acho até que piorou.
Os EUA têm pena de morte a torto e a direito e têm, também, a maior taxa de homicídio.
O Brazil tem forças de interevenção violentíssimas (não lhes quero chamar assassinas... mas poderia) e é uma selva autêntica.
Não me lembro de um único caso na história em que se controlou a violência combatendo-a com uma violência superior, do tipo, "cortaste um dedo eu corto-te a mão".

Gostaria de ser um exemplo das minhas ideias mas não sou.
Assaltaram-me o carro duas vezes e garanto que se eu tinha chagado a tempo de apanhar os gajos a assaltarem, eles teriam, hoje, uma dentição cheia de falhas. Provavelmente, nem dentição teriam.

Não me uso como exemplo mas também não tenho de o ser.
Nem sequer é um caso de olha para o que eu digo e não para o que eu faço porque ninguém tem de olhar para mim.