Wednesday, April 30, 2008

1) Que fazer hoje?



2) Nada, fico tranquilo.

Talvez alugue um filme ou qualquer coisa...



1) Eh pa... hoje há uma festa porreira, daquelas que gostamos.

As minhas amigas até disseram para te levar.



2) Não me parece...

Mas, bem... talvez... eu gosto disso...

Falamos mais tarde, é melhor.



1) Ok. Ainda estão para me dizer se há jantar em casa de uma delas.



2) Bem, se houver jantar... aí a coisa muda de figura, se calhar até vou.



1) Acho que há mesmo jantar.



2) Pronto, eu vou.



[o idiota do 2) sou eu, como é óbvio]

Friday, April 25, 2008

Há uns anos (fico relutante em dizer que foram 10....), tive um bar.

Foi das primeiras limitações que conheci, quer dizer, a primeira que não conseguia ultrapassar um milímetro que fosse.
Dou-me mal com vícios...

Quando olho para trás, parece-me que estive a um passo do alcoolismo.
Foi um ano cheio de coisas boas (as mesas do bar foram muitas vezes visitadas depois do fecho) e cheio de coisas más (a maioria das noites acabava, para mim, às 3 da manhã mas chegava a casa às 10....o que se passava entretanto ou me contaram ou, verdadeiramente, não sei).

Bem, mas não era sobre isto, em concreto, que queria falar.

O tempo pesa... descobri este ano.
Quando tinha o malfadado bar andava bêbado uns 5 dias por semana e não me sentia rebentado.

Hoje?
Foda-se, se tenho uma noite daquelas à antiga, e ainda tenho algumas, tenho dois dias de ressaca.
Segunda-feira ainda estou a 40%.

Foda-se...

Thursday, April 24, 2008

ah, quase me esquecia.

No seguimento de um post anterior, em que contei que me tinham dito que eu só estou feliz quando vou/estou/estive a foder, acrescento algumas músicas.

Música deixa-me feliz, também.

Wednesday, April 23, 2008


É dos poucos casos de que me lembro em que a crítica, o público e eu estamos de acordo.
É arrasador o que a Amy cria, é novo sem ser inovador, é muito muito bom e nada popularucho.

À parte de todos os problemas dela, que nada me interessam, é brilhante.
O melhor cd dos últimos tempos, uma presença forte, uma actuação ao vivo que (quando não demasiado bêbada/drogada) não deixa nada a desejar.

Uma vez ouvi a Mariah Carey dizer que as pessoas quando vão a um concerto esperam algo "semelhante ao que ouvem no disco".
Eu não sou destas pessoas.
Prefiro que falhem notas, que estendam solos, que alterem o ritmo, que falhem... mas que o façam com a unicidade que apenas os erros têm.

Gosto de sair do concerto a achar que os tipos que o irão ver depois de mim terão o mesmo alinhamento mas que as músicas não serão iguais às que eu ouvi e as que eles vão ouvir são diferentes das que eu ouvi.

Se não fosse assim, ficava-me pelos cds.

"Como te Orientas com Tantos Nomes?!"

Já me perguntaram isto algumas vezes e (o que torna isto ainda mais engraçado) acho que ninguém os conhece todos.
Gostaria de lhes chamar heterónimos, é chic e parece uma coisa intelectual e importante.
Acho que não é o caso.

Todos os nomes que uso são extensões da mesma coisa, quer dizer, não têm perspectivas diferentes e nem abordagens distintas.
Não há um que seja irreverente e outro certinho nem um que seja irascível e outro uma paz d´alma.
Todos eles são eu e, porque dizer todos é o mesmo que dizer nenhuns, nenhum deles são eu.

Sou incoerente demais para me descrever de forma finita e certa.
Não tenho a capacidade de compartimentar pensamentos e sentimentos, tudo é uma bola ardente que vai crescendo e minguando conforme os dias.

Então para quê a diferença de epítetos?
Bem.... aí depende...
Uma das razões é porque não tenho qualquer interesse em que me conheçam mais do que aquilo que desejo.
Outra é que não tenho vontade que saibam, constantemente, quem sou.
Outra ainda é que faz mais sentido ser eu a escolher o nome pelo qual sou chamado do que arcar com o de baptimos.

Mas, se quiser ser simples e, possivelmente, mais verdadeiro, gosto disto de diversidade, acho divertido.
É como as cores, umas só fazem sentido com as outras, senão, bastaria haver o azul porque não haveria contraponto.

Thursday, April 17, 2008

Porra!!

Da minha janela, aqui, vejo uma árvore.
Depois da árvore, há um outro prédio.

Há coisa de, talvez, um mês via claramente o prédio por entre os ramos desnudos da árvore.
Agora, volvido mais ou menos um mês, não o consigo ver, as folhas vestiram com uma rapidez vertiginosa os ramos.

Sim, deve ser a Primavera, no entanto, nunca tinha visto ou reparado tão claramente nela.
Deve ser aquilo a que chamam ciclos.

Como não os vejo na minha vida, nunca os vi à minha volta.

Wednesday, April 16, 2008

Há aqui um gajo que me irrita profundamente.
Estranhamente, começou por irritar os outros, que são incomparavelmente menos irritadiços que eu, mas já apanhei o comboio.

Detesto gente que acha que, por um motivo ou outro, é especial.
Não, não é isso que me irrita (eu acho que sou especial e não me irrito... pelo menos muito).
Detesto gente que por acreditar ser especial está num outro patamar... é isso!

Não acredito que porque um gajo salta mais alto é melhor que o que salta menos.
É estúpido um gajo achar-se melhor porque tem mais dinheiro.
Não faz sentido um gajo achar-se melhor porque é, provavelmente, mais esperto.

Pode parecer demagogia mas não é.
As pessoas valem todas o mesmo, na minha opinião, o que pode acontecer é serem mais ou menos reconhecidas, terem estas ou aquelas características mas NUNCA melhores.
Nada dá o direito de pisar alguém (a menos que esta peça).

Então, voltando...
O pior é que este gajo não é manifestamente inteligente, ou melhor, não é mais inteligente que os outros.
No âmbito profissional, faz menos coisas e menos bem feitas que eu.
No âmbito académico, tirou muito piores notas que eu.
No âmbito de estatura, tem menos 15 cms que eu (e nem sou alto).
No âmbito do aspecto, é semelhante ao dumbo (tenho sempre medo que venha uma aragem mais tal e ele levante voo).

Então porque anda como se tivesse uma banana metida no cú?
Porque olha de cima quando mede pouco mais que 1.50mts?
Porque fala com soberba para as funcionárias?

Dem ter-lhe mentido muito quando era criança.
Deve gastar muito dinheiro em putas, para lhe dizerem que ele é que demais.

Como se não bastasse, ouve Celine Dion.
Mereço isto?!

Tuesday, April 15, 2008

É mais do que eu consigo suportar...

Poderia ser o teu sorriso,
poderia ser o teu corpo,
poderia ser a tua presença,
poderia ser a tua graça...

não é, é tudo e mais que a soma das partes.

Não vai acabar bem.
Não acaba o que não começa e muito menos o faz com graciosidade.

Moras nos meus olhos mesmo quando não estás.
Seria uma declaração de amor se o tivesse para declarar... não tenho.

Já desejei que enfiasses a mão na minha garganta e que o fosses buscar, não o desejo mais.
Prefiro morto do que o ver nascer pra morrer.

Monday, April 14, 2008

Irmãos e Irmãs

Esta é a última série em que fiquei agarrado.
Depois de Lost (com a qual perdi a paciência por conta da merda dos horários da RTP) e Anatomia de Grey (que deixou, por momentos, de ser emitida por causa da greve dos argumentistas), chegou a vez de Irmãos e Irmãs (como nunca tinha acompanhado, estou a ver por atacado e ainda não sofri com a greve).

Gosto da série, gosto da família caótica e desfuncional que, ainda assim, se mantém unida.
Não sei se será apenas um caso possível em ficção, acredito até que não, mas não me vejo ali.
Não aguento disfuncionalidade e constantes erros e perdões.

A minha maneira de pensar é linear demais para um emaranhado de sentimentos, é simples demais para arcar com aquela montanha russa em que agora não se suportam e meia hora depois amam-se muito.
Uma das explicações para isso talvez seja o esgotamento, mesmo físico, que uma discussão com quem gosto me provoca. Parece mesmo que levei uma porrada de taco de basebol.
Das poucas vezes em que as dores de cabeça me apoquentam são estas, discussão com quem não quero discutir.

Para mim, tudo é definitivo.
Não gosto de voltar atrás e muito raramente o faço (assim de cabeça, não me lembro de vez nenhuma... mas há-de ter acontecido).
Muitas vezes é visto como orgulho mas não o vejo assim. Eu esforço-me muito para que quem não merece não tenha razões de queixa.
Não é um esforço inglório, raramente desaponto quem não quero desapontar.

Por isso, o meu nível de exigência é grande, porque sei o quanto dou de mim.
Saio de casa às 04 da manhã porque um amigo ficou sem gasolina.
Desmarco reuniões porque outro amigo está na mó de baixo.
Durmo incrivelmente menos do que deveria porque precisam de mim.
Não vejo com bons olhos que não façam o mesmo por mim.

Mas naquela série, é um bocado que se foda.
Insultam-se uns aos outros porque ficaram desapontados.
Ficam fodidos porque a amante do pai é agora sócia da empresa... para depois apoiarem-na, contra a família, num determinado investimento...

Ok, é ficção.
Ok, eu gosto.

Seguramente não aguentaria.

Lamento o Clip, não lhe acho a mínima piada.
Infelizmente, foi o único que encontrei desta música.

Sim, é a Rosario Dawson e o André 3000 e sim, gosto muito desta música.

Friday, April 11, 2008

Barak e Hillary

Pela primeira vez em anos, estou agradado com o que se passa nos EUA.
Acho um momento realmente histórico o facto de se estar a decidir se o próximo presidente é preto ou uma mulher.´
É, na verdade, a primeira grande contribuição para a história do mundo por parte dos EUA.

Gosto de ambos, para ser sincero.
No Barak não gosto do facto de ser um candidato pop [made by Oprah] e nem da demagogia que entendo excessiva.
Na Hillary não há nada que realmente não goste... ok, poderia falar dos excessos cometidos no discurso em que diz que temeu pela vida numa determinada viagem ao estrangeiro e que, vistas as imagens da sua calma passeata pelo aeroporto, não corresponde à verdade.

Mas nenhum destes pontos me parece decisivo e não é nenhum deles, também, que me fazem preferir que vença um ou outro.

Se decidisse quem apoio pela campanha feita, cairia para o Obama.
O discurso dele sobre o racismo foi, de facto, brilhante.
Não puxou para nenhum dos lados, não foi preconceituoso e não distinguiu as partes. Pretos e brancos como pessoas... isso agrada-me.
Gostei que não tenha caído no cansado tema do exclavagismo (ok, aconteceu mas todos temos de ultrapassar o passado mais tarde ou mais cedo) e da repressão policial.

Palmas para o Barak e para o discurso.
Sim, também acho que seria um belo serviço para a humanidade um presidente dos EUA preto.
Não por ser preto mas indiferentemente por ser preto.
Ganhava uma pessoa sem ser por causa de ter mais ou menos melanina na pele.

No entanto, numa conjuntura mundial (que nos afecta a todos), pendo para a Hillary...
A Hillary tem um ponto enorme a seu favor... é casada com o Bill, provavelmente, o mais brilhante presidente dos EUA da história.
Esquecendo que uma gaja caiu de boca na sala oval (o que não me poderia interessar menos), nunca os EUA foram tão fortes economicamente e quando os EUA são fortes economicamente... nós também somos.

Conseguiu evitar guerras pela democracia (sabe-se lá quantas) e, dessa forma, beneficiar milhões.
Eu quero-o lá.
É verdade que não será o presidente, mas não andará longe.

(caguei no McCain,
não por desgostar dele - depois do Bush, tudo é lucro - mas porque me parece mais do mesmo, apesar de mais brando e inteligente - se bem que afirmar a inteligência de alguém perante o Bush também não é dizer muito).

Vamos ver como acaba... eu estou em pulgas para ver o último episódio.

Monday, April 07, 2008

A cada dia que passa mais me irrita o homem da permanente (vg. LFV).
Até me agrada o tipo de presidência dele, é do tipo ladro mas não mordo ou, se preferirem, não ganha nada... absolutamente nada.

Gostava de me lembrar de todas as pérolas desta figura, gostava, até, de poder dizer que ele me lembra uma qualquer personagem de ficção.
Infelizmente, não consigo fazer uma coisa nem outra.

Mas, ultimamente, não tem havido grande tempo morto.
Há uns dias ouvi essa coisa dizer que se calhar ter ganho um título [tempo do Trapp... acho que não há outro...] foi mau pro SLB.
Porquê?
Bem, porque encobriu as dificuldades e as pessoas [ele trata por pessoas os adeptos e não por benfiquistas] acharam que ia ser sempre assim e, na verdade, as dificuldades são milhares de milhões.

Ora,
porque motivo um dos gajos de microfone que lá estavam não lhe perguntou:
Mas... se esta é melhor equipa da década, como pode perder tão clamorosamente o campeonato?
Ninguém perguntou... é que uma das dificuldades do homem da permanente não é a imprensa, apesar de ele dizer que é.

[quando o Porto ganhou a meia-final que antecedeu a vitória na champions, as capas dos jornais eram a enchente do SLB para os quartos da taça UEFA (?!) e a pseudo lesão de um gajo qualquer(!?)... é o país que temos, no entanto, bairristas somos nós, os Portistas/Portuenses]

Agora, o permanente quer a PJ a investigar isto tudo.
Porquê?
Porque há jogos combinados.
Quais?
Toda a gente sabe.
Nas palavras desta coisa, bastaria seguir duas ou três pessoas para o futebol dicar limpo.
Quais?
Não disse.

Eu não entendo os benfiquistas.
Parece-me uma coisa parecida com o Bush... o mundo entende o mal que o gajo representa as os americanos elegem-no de novo.
Ninguém percebe que o gajo é incompetente e burro?

Longa vida ao LFV.
Muitos tris vêm na minha estrada.
Preciso mesmo disto...
Ando há tempos a tentar pelos meus próprios meios desenvencilhar-me e ainda não consegui.
Foi o que disse antes, quando não depende apenas de mim, é fodido.

Na verdade, sou mais orgulhoso do que pensava neste quesito (mas só neste porque nos outros sei que tenho às toneladas).
Ando há 02 meses nesta luta, o que me dizem não ser tempo nenhum.
Pra mim, que nunca passei nem tentei, é muito mais tempo do que eu consigo aguentar.

Não tenho paciência e isto corroi-me o corpo.
Porque não sou paciente, não tenho conseguido andar tranquilo há, mais ou menos, 1 mês e meio (duas semanas foi o que consegui entender por normal).

Hoje, caguei...
Tinha planeado esperar até ao meio do mês para começar a dar andamento pelos caminhos paralelos.
Pois... como se desse para esperar.

Tem uma coisa muito negativa e acho que por isso acabei por demorar para usar trunfos.
O trunfo, garantidamente (este é um ás) ganha-te a mão... sem apelo nem agravo.
Este meu trunfo tem o potencial, tem-no todo. Dificilmente poderia ser mais forte, no entanto, a força efectiva dele depende da vontade... dele e não da minha.
Só vou saber se se assume como um ás quando bater no pano verde e se não for... bem, colocando as coisas como elas são, vou-me sentir incrivelmente mais fodido do que o que me sinto agora.

Alea Acta Est.

Sunday, April 06, 2008

Insegurança há-se ser uma coisa muito chata...
Realistica ou irrealisticamente, nunca sofri de insegurança.
Nunca achei que não conseguia (depois de, no máximo, 15 segs de angustia) fazer isto ou aquilo, nunca achei que este ou aquele valesse mais do que eu (independentemente de lhe reconhecer mais ou menos brilhantismo que eu) e nunca tive medo de perder ninguém.

É possível que viva metade do tempo num mundo de ilusão, é perfeitamente possível.
Apesar de saber que ninguém consegue fazer tudo, acho que isso não se aplica a mim. Se é verdade ou não, faz pouca diferença, o importante é me empurra para os 10 cms adicionais de que preciso.

Aplica-se, mais ou menos, a tudo.
Acordo e deito-me quando acho que preciso e nunca quando devo, essa coisa do "dever" é excessivamente ampla para a minha maneira de ver as coisas.

Porque, na verdade, eu nunca vim.

http://www.youtube.com/watch?v=ZbBPQTHbD4E

Saturday, April 05, 2008

Estou no escritório.
Porquê?
Bem, a resposta lógica é que estou a trabalhar.
Não é verdade.
Outra possibilidade seria eu estar aqui porque é mais fresco que lá fora.
Não é verdade.

Estou aqui porque não me lembrei de outro lugar para estar.
Se parar para pensar nisso, provavelmente chegarei à conclusão que é deprimente estar aqui.

A verdade, acho, é que toda a gente precisa de um lugar onde lhe é oferecida paz... e não interessa que lugar é esse.
Se eu pudesse escolher, não seria este o spot de tranquilidade mas... nem tudo se escolhe.

Não tenho vontade de estar em casa, não me apetece partilhar o motivo pelo qual não me apetece falar.
Não tenho vontade de ir para uma esplanada, apesar do sol magnífico, não me apetece ter gente por perto, conhecida ou desconhecida.

Apetece-me estar aqui.
Portadas fechadas para não entrar o calor nem a luz.
De clip em clip no youtube.
Uma linha aqui e outra ali.
A fazer horas para o jantar que hoje vou ter e que não me anima.
De calções e havaianas, o meu traje favorito.
Sem ouvir vivalma.

Sabem... apesar dos pesares eu não sou um gajo depressivo, não me deixo abater e muito menos deixo que me vejam abatido.
O que acontece é que não me importo de ter as minhas tristezas, não as escondo de mim, não desvalorizo o menos bom porque é ele que se transforma em desastre.
Aprendi, até, a não lançar mão de companhia quando não a quero, deixei esse reflexo que apenas levava a que mais alguém sentisse peso nos ombros.

Mas que é irónico, isso é.
Quero urgentemente sair daqui e quando não sei para onde ir... aqui estou eu.

Friday, April 04, 2008

"Freedom,
You've gotta give for what you take."

Thursday, April 03, 2008

Acabou como começou.
Com Nina Simone... não sei se podia pedir mais.

Poder, podia... mas não sei se quero.

Cansado de complicações, conviver com a Nina é muito mais simples.
Tem a vantagem de poder ser desligada e não se queixar, só aparece quando é querida e nunca se chateia com isso.

E a vida continua,
nada de mágico acontece.

Não sei se querias receber o meu telefonema mas... PARABÉNS!!

Há um determinado tipo de mentiras que não me incomodam.
Poderia não lhes chamar mentiras mas antes desculpas.

No meio da conversa, infelizmente, lá comecei a levar a coisa pro cariz sexual.
É mais forte que eu, não adianta...

Entre uma e outra palavra de circunstância, a coisa lá chegou ao "mas o que me vais dar?" [obviamente nada, não contaria com outra coisa mas foi a desculpa que encontrei pra célebre tirada que a seguir vai aparecer].
A resposta foi, primeiro irónica [tantas coisas que nem cabem na mala!!"] e passou para o detestável e corriqueiro ["desejo-te felicidades!"].

Da irónica, ri-me, da corriqueira respondi que "isso é uma prenda de merda!!".

Depois, como penso em pouca coisa além disso, sugeri que ela se apresentasse vestida apenas com um laço em minha casa... tão previsível e óbvio que chega a dar pena ahahaha.
Apareceu um momento de silêncio, também ele previsível, de quem não sabe muito bem o que responder mas a quem a ideia não pareceu, de todo, desagradável.

Enfim,
se um dia destes enquanto falo com ela não tenho um telemóvel no meio e a minha mão está acompanhada por um Jameson, a coisa corre mal [pra ela] ou bem [pra mim].

Wednesday, April 02, 2008

Daqui a umas horas é o meu aniversário.
Detesto fazer retrospetivas mas não me deixam esquecer que mais um ano se passou.
Lembro-me tão mal do ontem, dou-lhe tão pouca importância...

Bem, a moral da história é que o ano que passou não foi mau.
Tive desgostos, daqueles que nunca pensaria que ia ter... aliás, acho que não tive mais nenhum na minha vida, como as alegrias são raras também as desilusões o são.
Acredito, piamente, que uma coisa está directamente relacionada com a outra.

Os sacrifícios que fiz, nem me lembro deles.
Na altura pareceram-me coisas de uma enorme importância mas foram com as primeiras gotas de chuva.
Prazeres tive alguns, fugazes como se querem todos os prazeres.
Vitórias tive muitas, umas pequenas e outras maiores.

Derrotas...
Disso é mais difícil falar porque não as consigo qualificar.
Uma derrota, para mim, não tem tamanho, todas são avassaladoras.
Se pensar bem, não houve nada que eu quisesse que não tenha conseguido mas, infelizmente, a luta actual não depende de mim e essa é a mais dura das batalhas.

Como me encontro num campo de guerra [parece-me que estou SEMPRE num campo de guerra], não me sinto feliz mas sinto-me motivado e, se querem sinceridade absoluta, troco a felicidade pela motivação.
Neste momento estou sizudo [parece-me que estou SEMPRE sizudo] e de dentes afiados... não me lembro se sei estar de outra maneira.

Pelo menos, alegrem-se por mim, recebi, adiantado, um cd de Nina Simone.
Como aconteceu em Janeiro com o Mothership, estou muito mais animado por ter a Nina [agora mesmo, enquanto escrevo] a cantar-me ao ouvido.

Assim,
Parabéns Nina, alegraste o meu futuro dia!