Thursday, September 26, 2019

STEVIE MOFO WONDER, BITCHES!


Thursday, September 12, 2019

Enquanto guiava, hoje


HAPPY!

Wednesday, September 11, 2019

Funerais

Não há lugar que me seja mais desconfortável do que um velório.
Um funeral, em si, há-de ser pior mas não compareci a quase nenhum.
A minha ideia é a de que funerais são para gente realmente próxima. Imediata do falecido ou falecida. Felizmente, faleceram poucas pessoas que me são assim próximas.

Voltando:
não é a pesada presença da morte que me incomoda;
não é o sofrimento profundo que me desencoraja;
não é a comparência forçada e social de gente que se lembrou da pessoa uns anos depois que me faz olhar para o chão.

A morte, enquanto tal, não me incomoda.
Como a maioria de nós não tenho vontade de morrer e temo a horas mas não de forma paralisante.
Parece esquisito atento o debate que tenho tido com a minha finitude mas não é. O fim em si é-me desagradável mas o que me tem aterrorizado é o que não faço ou farei enquanto andar por cá.

O sofrimento, verdadeiro e justificado, não me agrada, claro, mas encaro-o com estoicismo. Estou lá sem grande esforço. Lamento o sofrimento alheio e partilharei.

...a parte social, fode-me um bocado a cabeça porque abomino hipocrisia...mas tolero porque, aqui, acho que tenho de tolerar.

Então, porquê o desconforto?
Eu não sou o gajo mais social capaz.
Não sei o que dizer. Não sei o que perguntar. 
Normalmente, dou um beijo e um abraço e pergunto se precisares de alguma coisa. Qualquer coisa, diz-me.
...e depois, tudo para mim é humor e ambientes de tensão ainda são mais propícios a isso. E isto é difícil de navegar.

Hoje, entrei com outro gajo na câmara.
Esse gajo, entes de entrarmos, perguntou sabes do que morreu? ao que respondi negativamente. Acrescentei ...não pergunto essas merdas...
O gajo, mal cumprimentou a filha da falecida perguntou do que tinha sido.
Na minha cabeça, isto não é elegante e nem produtivo e nem altruísta.
Ela não me pareceu importar-se;
Ele nem hesitou.
Deve, ser eles que estão certos...

Eu?
F, se precisares que tome conta da A ou que fique com ela, diz-me. Com a idade dela acho que ainda me safo no shopping...as gajas adoram homens com crianças!
Ela riu-se.
Eu só sei fazer isto...

Por outro lado...encaro a morte como normal. Não a entendo como uma tragédia.
Podem dizer que sou insensível. Talvez seja.
Podem dizer que é porque não é comigo. Já foi. Não encarei como realmente trágico.

Obviamente, doeu-me. Mas o que mais me preocupava era o sofrimento anterior; se lhe tinha sido difícil. E não terá sido.
Esta pessoa que me era muito próxima escondeu o cancro de toda a gente até que tombou. Até lá, fez o que conseguiu fazer e bebeu o que conseguiu beber e fumou o que conseguiu fumar.

Ouvi muitos se ao menos se tivesse tratado!!!!
Nunca achei.
Achei, e acho, que fez o que lhe apeteceu enquanto pôde e preferiu isso a um sofrimento arrastado por tempo intedeterminado.
Não lhe levei a mal.
Acho que fez bem.

Para quem cá fica, é uma merda.
Mas, para mim, quando gostamos das pessoas, nós não somos o mais importante.

Tuesday, September 10, 2019

DIVERSOS

STORMENT

Não fui o único. Saiu como notícia em jornais de todo o Mundo.

É tocante mas, felizmente, não foi nada de novo para mim (excluindo a tragédia, felizmente). A filosofia subjacente pratico-a, ainda que não o diga. 
Por que não o digo? Porque, a esmagadora maioria das vezes, sai da boca de gente que não a entende e muito menos a pratica. Gente que dia carpe diem mas nem sequer o sabe escrever (foda-se o Dead Poet Society que destruiu a expressão quando a esvaziou).

Este caso é diferente...este gajo, quando escreveu, estou convicto de que acredita e que promete cumprir.
...e aqui entro eu.

O mais difícil, na minha não tão humilde opinião, não é a decisão mas a implementação.
Eu não digo mas acredito piamente que 90% daquilo que a sociedade considera importante não o é (ontem, um gajo que trabalha comigo disse-me que tinha comprado um computador da Apple por 1.800,00€ porque tem muita qualidade. O que faz ele? Word (a atirar por cima!) e Google. Precisa de uma merda potente? Não.)
Eu não digo mas acredito piamente que o que interessa são as relações com quem nos é próximo. Não com a Humanidade. Com quem nos é próximo.
Eu não digo mas acredito piamente que tudo pode esperar menos o que realmente nos interessa.

Mais do que acreditar, eu pratico mesmo!
O meu telefone nem sequer tem acesso à internet;
Não tenho, realmente, qualquer rede social para interagir com quem quer que seja;
Os meus planos são ir ou comer ou ler ou ver e nunca comprar ou ter;
O que quero fazer quero fazer com ela e não me interessa o que os outros pensam disso.

...mas, como é bom de ver, nos últimos tempos não tenho conseguido implementar.
Não se deu de ter mudado muito ou sequer alguma coisa. Dei um valor desmesurado ao que, na realidade, não me interessa (e quando digo dei estou a ser ambicioso).

Mostrei-lhe o mesmo link que vos estou a mostrar a vocês e Ela disse que achava que fazia tudo aquilo. Não deixa nada por dizer no que a mim diz respeito.
Ela tem razão. Diz mesmo. Faz mesmo.

E, como já escrevi, disse-lhe que não foi isso que me fez diferença.
Disse-lhe que não me chatearei mais este mês e que só pensarei em merda outra vez depois das férias.
Que bom! Fazes sempre o que dizes!!! disse Ela.
Este é o plano. Farei tudo o que conseguir. Mas não descobri nada de novo e andei a falhar...

Este é o plano.
Não é demasiado ambicioso.
Farei tudo o que puder para o cumprir.

NÃO DEIXAR NADA POR DIZER

Não tenho a veleidade de achar que o vou conseguir.
Eu não falo muito. Eu não digo muito.
Faço o que me é possível para que as pessoas de quem eu gosto saibam o quanto gosto delas...mas nem sempre é perceptível.

Ela, por exemplo, tem noção do que não digo porque contrario a minha natureza para permitir o que ela não está habituada a permitir.
É pouco, quando escrito.
É muito para mim.

Tenho, por isso, a certeza que haverá gente que não entenderá o que faço por elas ou o quanto gosto delas porque percebem estas coisas com as suas banais manifestações. Expressões, telefonemas só porque sim, flores e outros presentes, lembrança dos seus aniversários.
Não sou isto.
Não faço isto.

Também não defenderei o meu comportamento. Sou incapaz de dizer, porque não acredito, que todos estão errados menos eu.
...mas para mim: acções superam sempre palavras.

(mas como sou meio filho de Narciso, gosto que me digam.
Vivo bem com as minhas idiossincrasias)

E IGNORÂNCIAS

O Pai dela estava a ler um livro do Rodrigues dos Santos.
Porque é mais forte que eu, fingi vómito.
Ele não levou a mal e também não deveria. Infelizmente, as minhas opiniões são, quase sempre, abrasivas mas raramente se dirigem, de facto, a críticas às pessoas.

Rio-me, por considerar engraçado, mas nunca para humilhar (às vezes é difícil distinguir, quando não se me conhece).

Bem: disse-me duas ou três coisas sobre o que tinha lido do dito cujo sobre o Islão.
Não me chateia que as pessoas vendam como compraram mas já me chateia quem alardeia ignorância e com isso ganha dinheiro.

E o pior de tudo isto é: as pessoas não sabem que estão a ser enganadas. As pessoas não podem saber tudo sobre tudo e têm, a dado momento, de confiar no que se lhes diz.

Descobrir isto é uma mudança definitiva na vida das pessoas.
Agora, que percebo (alguma coisa) de fotografia, entendo a ignorância dos gajos que as vendem nas lojas de electrodomésticos...mas sabem mais do que a média, pelo que parecem entendidos.
O problema, contudo, é este: eu sei isto em relação à fotografia mas em quantas circunstâncias terei sido elucidado pela mediocridade quanto a algo que não entendo?

E é por isso que raramente leio livros sobre assuntos que conheço de autores com os quais concordo.
Preciso de ver o que discorda de mim diz.
Pode ser que estes gajos estejam certo...


Monday, September 09, 2019

Life Lessons


Thursday, September 05, 2019

"Take Anithing You Want From Me..."


Tuesday, September 03, 2019

Foi Há 10 Anos

Há uns dias, disse-lhe foi há dez anos certos que mandei tudo à merda!
Ela, naturalmente, deu-me tanga. Do género ah, isso deve querer dizer alguma coisa! como se se tratasse de uma merda astrológica ou merda do género.
Fez bem. É merecido.
Mas não foi isso.
Tem graça por serem 10 anos e por ser uma idade redonda.
Só isso. 
O resto das circunstâncias são bastante diferentes.

Infelizmente, a primeira que me foi atirada à cara é que estou mais maduro.
Isto não é sexy. Não me agrada.
Acho que é verdade mas não me ajuda.

Outra, que não me foi dita mas que verbalizei, é que há 10 anos a minha perspectiva era ir para outro lado fazer o mesmo. É certo que, de preferência, melhor mas, basicamente, o mesmo.
Era uma cena profissional.
Dez anos passados, o que mais me impele não é fazer o mesmo ou melhor e nem sequer ganhar mais dinheiro. O que me impele é mudar de vida.
Isto é sexy mas adolescente.
É uma luta intensa.

A terceira, que me lembro, é que há 10 anos mentiram-me e, agora, não é o caso.
Não considero que esteja a ser justamente tratado - quem considera?! - mas não fui enganado.
...se tivesse sido enganado, não sei se venceria o sexy ou o maduro. Nem sequer sei qual queria que vencesse.

Ah, estás mesmo mais maduro!.
Primeiro: Fodam-se!
Segundo: Estou. Mas nem por isso mais inteligente.

Por exemplo:
Eu sou capaz - com uma imensa facilidade - de dizer o que me desagrada. E digo-o sem muitos rodeios. E digo-o a quem mo perguntar, seja quem seja.
Isto não mudou.
Eu sou incapaz de fazer um mau trabalho ou, pelo menos, pior do que o que sou capaz.
Por muito fodido que esteja, desde que aceite fazer alguma coisa, faço-a com brio. Por muito contrariado que esteja, faço o melhor trabalho que as minhas capacidades permitem.

E a grande estupidez reside aqui:
Por que haverá alguém de se preocupar com reivindicações quando o trabalho é impecavelmente realizado?
A resposta óbvia é qualquer pessoa desde que seja justa.

Pois.
O Mundo não é justo.
Eu aprendo devagar.

Almost Happy