Natal
Há algumas justificações para isso, há fundamentos para o Natal não me dizer grande coisa. Na verdade, poderia peroar as grandes injustiças mundiais e a cena do devia ser Natal todos os dias mas de hipócrita tenho pouco e apesar de me pensar em problemas civilizacionais penso incomparavelmente mais naqueles que me batem à porta.
Então,
a minha família não é fervorosamente católica e acho até que parte dela não é católica de todo. Eu...bem, eu fui influenciado pelo catolicismo e se tivesse de ser alguma coisa seria católico, contudo, felizmente, não tenho de ser coisa nenhuma.
Depois, há o facto da minha família ser manifestamente pequena. No Natal, portanto, não vejo nem encontro ninguém que não veja ou encontre diariamente. O jantar de Natal é como os outros com outra toalha de mesa.
A finalizar, a pequena família que tinha desarticulou, como acontece a tantas outras, e, porque desarticulou, esta quadra que nos entra em casa como sendo a de família atira um pouco mais de terra para a defunta e quase inexistente união familiar.
Por mim, nem festejava porque nada tenho para festejar mas não posso.
Não serei eu a abrir os olhos dos outros e atira-los contra a parede que é a realidade.