Thursday, December 28, 2017
Há uns tempos, dei conta de haver uma enorme polémica com a Carolina Patrocínio.
A Carolina publicou uma foto em qualquer lugar das filhas a tomar banho numa banheira.
Pensei que se pudesse tratar de uma revolta contra a utilização das crianças para promoção das redes sociais. Seria excessivo mas sou, também, sensível a estas questões que envolvem menores de idade (aquela cena de só ser trabalho infantil se exigente fisicamente, percebem?).
Não foi.
As pessoas estavam indignadas porque se estava a esbanjar água num período de seca.
Gente estúpida.
Pensam que são guerreiros pela justiça social mas são apenas parvos.
Há menos tempo, dei conta de uma outra polémica que atravessou fronteiras: Fábio Coentrão publicou uma foto em qualquer lugar da ceia de Natal da família.
Pensei - antes de ver a foto em si - que o Fábio tinha mostrado uma mesa cravejada de diamantes e que apresentaria 100 desnecessários kilos de bacalhau e a abundância e opulência tinha ofendido as pessoas. Seria excessivo porque cada um faz o que quer com o que ganha mas também me irrita o novo-riquismo.
Não foi.
O Fábio e a família estavam a comer no chão e a ausência de mesa indignou as pessoas!
Porquê? Não me dei ao trabalho de descobrir. É demasiado estúpido.
O coitado do Fábio - e gente da Câmara Municipal da terra dele!!! - veio justificar que aquilo era uma tradição das caxinas.
Pá...nada me faz admirar uma personagem ou outra, pelo que me faz sentir ainda mais confortável a apelidar de estúpidas todas estas pessoas que se indignam por merda nenhuma.
....e apesar de entender poder ser visto como demasiado generalista, este tipo de coisa pertence a este movimento esquerdista de indignados...
Não é diferente daquilo a que se apelidou de cultural appropriation nem desta ideia de que todas as gajas que dizem terem sido abusadas foram mesmo abusadas (não há uma mulher mentirosa no Mundo. UMA).
Vejam o quão estúpido isto é, só para ver um exemplo:
Wednesday, December 27, 2017
Pois...
O debate entre o que sou e o que gostava de ser não é novo e não será ultrapassável porque além desta contradição há uma outra: não estou certo de que gostava mesmo de ser outra coisa. Dava-me jeito mas não sei se queria.
....com todos os defeitos, eu admiro-me muito mais vezes do que aquelas em que me desprezo; certo é que desprezar-me dá-me mais desgosto do que admirar-me me dá alegria.
Hoje, educadamente, coloquei uma questão.
A resposta foi menos educada do que deveria ser.
Esta parte foi escrita. Depois da resposta que não me agradou, os phones saíram-me das orelhas e a minha boca abriu:
O que tu dizes que está lá não vi.
- Pois, mas está.
Então fico a aguardar.
- Escusavas de me ter falado assim.
Suponho que tenhas problemas de interpretação ou de leitura.
- Devo ter percebido mal...
Não é a primeira nem a segunda vez.
Obviamente eu tinha razão e a minha educada formulação tinha como intuito fazer ver isso sem que tivesse de esfregar na cara a estupidez e a ignorância.
A formulação educada não funcionou.
A formulação verbal - e o tom - não deixou dúvidas quanto à estupidez e ignorância.
Chateia-me que me forcem a mostrar os dentes mas depois não tenho qualquer problema em morder.
Percebem?
Deveria ser diferente e até queria querer isso mas ganhar dá-me tanto prazer.
Sou fraco.
E, sujo, como me agrada mais:
Monday, December 25, 2017
A minha Mãe imagina que há anos atrás a minha família era muito unida e que tudo se desmoronou;
Houve um certo mau-estar porque a minha Avó optou por dar um presente ao meu Pai e não ao meu Irmão ou a mim;
A C recebeu um de 3 anéis que servirão para comprovar a união entre Irmãs;
Houve uma carta escrita a reconhecer um sem número de qualidades e de agradecimentos.
A minha família era capaz de ser tão unida como as outras; quer isto dizer que seria mais que umas e menos que outras.
O que acontece é que o que a desuniu já existia antes e não há pouco tempo. Podia a minha Mãe achar que havia uma aparência de união especial mas não; a minha Mãe acha que o que parecia era.
É certo que não é, no caso em concreto, a mais simpática das coisas ter oferecido um presente ao meu Pai e não ao meu Irmão (em mim, caguei) mas o que interessa isso? Para mim, é mesquinhez. Melhor: é um sentimento de que os seus são tratados injustamente que desemboca em mesquinhez por parte de quem não é mesquinho.
Não possuo qualquer paciência para demonstrações óbvias de ser espectacular.
Vamos todas usar a mesma cena porque somos unidas como nunca foi visto!
Estou a ser desnecessariamente cínico mas este tipo de gestos destinados a mostrar cenas que gestos de facto demonstrariam muito melhor dá-me nos nervos.
Isto não me diz coisa nenhuma e acho demasiado provinciano. O que é público tem menos importância; o que é forçado interessa menos.
Os elogios natalícios são como os presentes: um hábito.
Há, nesta altura, uma propensão para parecer que se quer fazer o bem; uma demonstração de que se quer mudar; uma coisa quase histriónica de elogio fácil.
Ah, K. Cisnimo ou merda do género, outra vez?
Não. Este caso é diferente.
Os outros 3 casos são inócuos e, por isso, irritantes mas este último é - mais ou menos - a génese de todo o meus desconforto com a quadra: pega-se num dia e entende-se que apaga os outros 364.
Não se apaga.
As palavras são fáceis. É por isso que até o vento as leva.
Como não sou maldoso, acho bom que a quadra exista porque muita gente necessitada recebe o que não receberia se esta febre estúpida de se parecer bom e bondoso não existisse. Fico contente que haja quem tenha uma boa refeição ou mais um cobertor ou mais livros e que tais. Acho bem que se tente sangrar esta gente falsa que quer publicar merdas no FB para que se possa admirar a sua magnanimidade.
...mas eu não dou para isso.
Quando todos andam a acender luzes, eu sinto ser-me esfregado na cara o quão desligado sou de tudo e todos.
É esta época de comunidade que torna ainda mais evidente que eu não tenho uma.
Pode parecer que queria cancelar o Natal e que me causa transtorno.
Causa mais ou menos porque me chateia mas, porque não sou de cá nem de lá, posso dar-me ao luxo do seguinte:
Quando desligar isto, vou comer um caldo verde enquanto vejo o resto do episódio em curso do Manhunt: Unabomber e depois, se não for castigado com chuva, vou para a praia tirar fotografias.
Bye, bitches.
Friday, December 22, 2017
Barcelona
Haveria muito a dizer sobre o caso da Independência da Catalunha e muito do que deveria ser dito eu nem saberia transmitir por desconhecimento.
Então, para não me meter na onda do analista que não sou ficarei pelo gajo irritado que sou.
Não gosto desta cena onde entrámos com o advento das redes sociais e aquilo a que se chama social media. Social media é o caralho.
Um idiota como eu não pode ser comparado com um verdadeiro analista que estuda e conhece coisas; eu debito umas quantas cenas e pouco mais que isso.
Ah, K, as pessoas têm direito a ter opinião. Pois têm. E eu sou uma pessoa. Mas eu não tenho a pretensão de ser o que não sou. Eu sei umas coisas e essas poucas coisas são obviamente mais do que muitos de vocês mas não o suficiente para ser o que um opinion maker devia ser.
(como disse: gajo irritado que sou)
Então,
a Esquerda anda a chatear-me cada vez mais. E isto é dito por um gajo que apenas em Portugal - onde a Direita não existe - pode ser considerado de Direita. Nos EUA jamais seria Republicano. Eu sou de Direita aqui e não em lugares onde a Direita é aquilo que é suposto ser.
Mas esta Esquerda...
Tem a Catalunha direito à independência?
É-me difícil responder...
Sou, naturalmente, a favor da auto-determinação dos povos mas o que acaba de acontecer é que os gajos que não querem a independência ganharam.
É certo que a maioria está do lado que perdeu as eleições e que querem a independência e, porque estamos na era da Geringonça, foi ouvir os comentadores dizerem que a independência ganhou.
Não ganhou.
Ganhou o partido que quer ficar integrado em Espanha.
Depois, temos o herói da revolução que, como um paneleiro, foi esconder-se em Bruxelas (acho que foi Bruxelas).
Ah, K, mas ele ia ser preso!!
E?! Os bravos resistem mas há uma diferença entre os bravos e os que dizem que são bravos.
Se esse panisga tivesse sido preso o que teria acontecido? Espanha não é o Iraque; Espanha não é o Egipto; Espanha nem sequer é a Turquia. Não há-de ser fixe ser preso mas em Espanha tem todas as garantias de que não lhe vão arrancar as unhas dos dedos.
O Soljenitsin detestou os gajos que eram contra o sistema e picaram a mula; ele era contra o sistema e foi bater com as costas no Gulag.
Concordo com o Soljenitsin; não exijo que todos tenham um nível de macheza deste tipo - eu não tenho - mas o princípio não está errado.
....este panisga Catalão não fugiu da Rússia Soviética...fugiu de Espanha no século XXI!!
Depois, ouvi, ainda, uns quantos gajos dizerem que porque o movimento independentista ganhou (não concordo, não é?), não resta outra hipótese ao Governo espanhol senão fazer um referendo...
Resta, resta.
O Governo espanhol engavetou os que entendeu terem infringido a Lei;
O Governo espanhol encerrou urnas para não ser praticado um acto que considerou ilegal;
O Governo espanhol já teve gente como o Franco.
Estes comentadores portugueses - por estúpidos - entendem como igual Salazar e Franco; entendem como igual o temperamento espanhol e português; acham que o Antigo Regime era fascista...como o franquismo.
Não resta alternativa ao Governo espanhol? Pois...é capaz de restar e de não ser bonito...
Estão à espera que a UE apoie a Catalunha? Sim. A UE é muito propensa a dar tiros territoriais nos pés....
Depois, temos os mentecaptos da extrema esquerda nacional a apoiar a Catalunha.
A extrema esquerda portuguesa apoia a burguesa Catalunha (podem andar a correr e a saltar: a Catalunha quer sair de Espanha por ser a província mais rica e não pretender sustentar os mais pobres).
A extrema esquerda portuguesa, como todas as outras, só quer ver a merda a arder.
Foi desta desmiolada gente que veio a ideia de criar um reduto só para mulheres nos transportes públicos; foi desta desmiolada gente que veio a ideia de que deveremos usar o masculino e o feminino em todas as frasas (portugueses E portuguesAS e por aí fora); é esta desmiolada gente que está a tentar acabar com a Auto-Europa.
Tinha mais a dizer mas não me apetece.
Wednesday, December 20, 2017
Tuesday, December 19, 2017
Everything Is Better With a Little Badu
Não somos todos iguais.
Devemos ser tratados todos da mesma maneira...mas não somos todos iguais.
Monday, December 18, 2017
Não Passamos da Pele
Este sábado vi o Captain America - Civil War só porque sou demasiado fraco para filmes da Marvel mesmo quando têm o Capitão América e o Homem-Aranha (irritam-me muito mas isto ficará para outras núpcias).
O Capitão América ficou congelado na IGGM e não tenho presente nem fui pesquisar de o soro que lhe deram continua a impedir que envelheça ou se ele apenas ficou conservado durante as sei lá quantas décadas em que esteve on the rocks.
Então,
o interesse amoroso do Capitão antes do gelo morreu neste episódio e, muito eticamente, o gajo comeu a neta da falecida amada (foi mais forte que eu criticar o imaculado Capitão).
Estava a ver isto e perguntei o que te parece um gajo andar com uma gaja que tem idade para ser neta dele? e a resposta foi óbvia e inequívoca: Mal!
Depois, disse: tás a ver esse gajo? Deve ter 100 anos e ela uns 30. Ainda te parece mal?! A resposta foi mais titubeante: Não...
Hoje, ainda é ficção um gajo com 100 anos ter aquele aspecto mas a ficção tem tendido a confundir-se com a realidade, pelo que não é impensável o conceito de uma pessoa continuar a ter aspecto jovem quando já há muito deixou de o ser (por momentos, vamos esquecer que a velhice pode, também ela, ser alterada no momento em que se passe a morrer aos 300 anos e não aos 90).
O que este exemplo revela é que não é, necessariamente, um gajo ter idade para ser avô de uma gaja que chateia; o que chateia, realmente, é um gajo aparentar ter idade para ser avô de uma gaja.
Como já por aqui disse, faz-me imensa confusão ter um relacionamento com alguém bem mais novo do que eu mas não por conta da idade mas da óbvia diferença de vivência e de pontos comuns; quando ouço uma miúda de 20 anos parece-me que somos de planetas diferentes mas não sou hipócrita ao ponto de dizer que a minha reacção foi muito diferente da dela.
Também a mim me faz mais espécie ver uma rija menina com um encorrilhadíssimo gajo.
E terminemos com um óbvio FUCK YEAH!
Friday, December 15, 2017
Coisas Com Graça
K, vives com a C?
- Sim.
Ah, que bom!
Isto tem graça porque:
1. Não é que ela não quisesse saber se eu viva ou não mas, seguramente, não era quem mais queria saber;
2. Não é que ela não ache que seja bom mas serviu mais para complemento de uma informação que queria.
Então, K, por que motivos respondeste? Nem parece teu!
Bem, porque a pessoa em questão é (mais era mas o era é apenas por falta de convívio. Gostava e gosto dela) minha amiga e porque não tenho nada a esconder.
Estou seguro que terá sido, mais ou menos, uma perguntar por encomenda ou então mais um motivo para conversa noutras circunstâncias.
Em qualquer dos casos, não tinha nem tenho motivo para ser agreste e muito menos para esconder o que quer que seja.
...mas tem graça.
Yeah...
Thursday, December 14, 2017
Wednesday, December 13, 2017
Não é que seja Novo (mas tudo é reciclado, não é?!)
Há uns dias, estava a ter uma discussão com um amigo sobre a desaprendizagem. Aquela cena, por exemplo, se ser possível aos bebés nadar assim que nascem mas não o fazer uns tempos depois ou o facto - este ouvi, nunca o vi ou comprovei - de ser possível parir um ser humano numa árvore e vê-lo agarrar um galho, como se de um primata puro se tratasse.
Esta conversa surgiu na sequência de me parecer que as crianças - como os animais - são menos susceptíveis de serem enganadas na altura em que ainda não aprenderam o significado das palavras porque, nesse momento, não se prendem ao que se lhes quer dizer mas ao que, de facto, se lhes diz.
A minha abordagem ao Mundo é parecida. Melhor: a minha abordagem ao Mundo é parecida porque me esforço por fazer corresponder o que digo ao que quero dizer (e ao que o meu corpo diz) e também me esforço por prestar mais atenção ao que os corpos me dizem e não as bocas.
Isto é difícil.
Eu, como todos nós, aprendi a confiar em palavras porque assim foi codificada a sociedade e, porque não se consegue fazer tudo com a mesma atenção, a descurar os elementos não verbais.
....mas, de vez em quando, a incongruência faz-me muita espécie e mais espécie me faz quando não é detectada pelos próprios.
Cenário:
EU não gosto de andar em cima das pessoas. Não faz parte de mim querer sempre estar com elas. Não é do meu feitio convívios intensos com quer quer que seja.
OUTROS são muito diferentes de mim e, por isso, tendem a querer explicar este meu desprendimento a preocupar-me menos ou a ser um bicho ou não gostar desta ou daquela pessoa.
À primeira vista, estas apreciações que tecem ou estas ideias que têm de mim não são desprovidas de sentido mas são desprovidas de provas. E a lógica é uma batata.
EU que sou aquilo que descrevi, não desiludo as pessoas de quem gosto e estou sempre presente quando precisam de mim. Não quando só querem; sempre quando precisam.
E mais.
Dá-se que é muito raro chatear-me ou cobrar o que quer que seja a este punhado de pessoas; também não estou cansado quando pedem alguma coisa; também não critico quando não é pedida opinião; também não julgo se não me for pedido que aprecie um determinado comportamento; também não lhes atiro à cara erros que cometeram mesmo quando, à partida, eram evidentes.
OUTROS são mais a Raríssimas.
Sempre que estão a 2 kms de distância têm de aparecer;
Sempre que se passam 3 dias têm de ligar;
Sempre que lhes acontece uma qualquer parvoíce, têm de contar.
...mas quando as merdas apertam mesmo...
K, se isto der merda, o que fazes?
- Volto para o lugar de onde vim...
E isto resulta do facto de sentir que seria bem vindo apesar de não andar de rosas na mão a oferendar ou a beijar pés de ninguém.
Se isto der merda, o que fazes?
- Não volto para o lugar de onde vim...
E, aqui, as rosas e os beijam são em fartura e em abundância.
Poderão dizer-me Ah, K, mas podem haver motivos que nada têm que ver com o que descreves! e podem mesmo. Não tenho a ilusão de entender tudo, ainda que queira entender tudo.
O que acontece é que na minha limitada e simplista cabeça, é impossível entender como se pode achar que se é especial e super unido e o K é um animal com um falta de à-vontade que torna o contraste maior que o próprio preto e o próprio branco.
Eu sou Eu e os que me aceitam aceitam o que há:
Outros são Outros e os que os aceitam nem sequer sabem o que estão a aceitar.
Por fim, deixo-vos algum very cool mas que é um bocado de foder a tola a um gajo: King Krule:
Monday, December 11, 2017
Ainda que mais ocupado do que devia, Bird and Diz
(depois, ouve-se falar do grande contributo musical dos Xutos & Pontapés e pergunta-se: Bitches say what?!)
Wednesday, December 06, 2017
FAVORES
Entre fazer e pedir favores, prefiro fazê-los mas só os faço ou por quem me é próximo ou se não me causarem um transtorno que considere excessivo.
Hoje, vamos ficar pelos pedidos. Outro dia talvez se dê de falar dos concedidos.
Era óptimo que as principais motivações para não pedir favores fossem fofas como não querer incomodar ou tenho de me prover pelos meus próprios meios! mas não são. Têm peso. Também existem mas não os reputo de principais.
Os principais serão:
1 Tu não tens estrutura para lidar com rejeição (expressão de uma das minhas Ex).
E não tenho.
Já fui rejeitado mas não me agrada nada. O que é um eufemismo para deixa-me fodido à 10ª potência.
Porque não gosto de incomodar; porque não tenho muitas necessidades; porque gosto de resolver os meus problemas sozinhos, só peço um favor quando acho mesmo que preciso e nunca por comodidade.
Acresce que só pedirei alguma coisa a quem confie e confie muito (o que se ligará ao segundo) e só confio muito em gente que me conhece.
E gente que me conhece terá de ter conhecimento de que se peço é porque preciso e se preciso não é para ser negado e nem hesitada a sua concretização.
Se me for negado;
Se não for concretizado, o mais provável é perder essa pessoa e não tenho muitas para perder.
Então,
prefiro deixar para último caso, para um caso em que a recusa redundará no afastamento e em que esse afastamento tem um motivo palpável para acontecer.
Nunca olho para o retrovisor.
Sim.
Os meus pedidos de favores assemelham-se perigosamente a ordens.
2 Não gosto de dívidas.
Um favor concedido é uma dívida que contraio.
Para ser completamente justo, não considero os favores que concedo como um crédito - a menos que fique muito e muito irritado e decida usá-lo como tal...casos em que, depois, ficarei a detestar-me por um largo período de tempo - mas assim os encaro quando uma facilidade me é concedida.
As dívidas - todas elas - são um definitivo passo para a perda de liberdade. É por causa da dívida da casa que muita gente não se vai embora; é por causa da dívida do carro que muita gente continua a fazer o que não quer; é por causa da dívida do telemóvel - tenho vontade de cuspir sempre que penso nisto - que não se vai jantar fora.
É, também, por causa desta dívida que resulta de um favor que pedimos que podemos ficar constrangidos no momento em que temos vontade e motivos para mandar alguém foder.
Prezo muito a minha liberdade de mandar quem quer que seja para o caralho e senti-la coartada é um sofrimento atroz.
São motivos mesquinho, eu sei.
Não gosto de mesquinhez mas nunca disse que não era mesquinho em algumas coisas.
E
...tenho alguma repulsa pelo John Mayer mas tenho apreço pela música que se fez nos 60/70.
Por isso, ainda que em conflito:
Tuesday, December 05, 2017
Monday, December 04, 2017
SELF FULFILLING PROPHECY
Prediction that directly ou indirectly causes itself to become true, by the very terms of the prophecy itself, due to positive feedback between belief and behavior.
Isto faz-me sentir estúpido porque acho que pratico.
Então, por que o faço quando seu que o estou a fazer?
Bem...
quer porque a natureza do escorpião é morder;
quer porque só é mania de perseguição se não estivermos, de facto, a ser perseguidos.
Outro problema que surge com gente que tem a mania da perseguição é, também, este: podem achar que são perseguidos 100.000 vezes sem sentido mas se tiverem razão numa delas sentem-se validados.
É como os maluquinhos das teorias da conspiração: dirão milhões de alarvidades mas se acertarem uma...