Thursday, March 29, 2007
Ontem encontrei uma amiga que estava (acredito que ainda esteja) triste.
Ela, como tantas outras pessoas já me disseram em momentos de sofrimento, gostava de ser ser mais como eu.
Tinha- se desiludido com um qualquer idiota (tem de ser idiota o gajo).
Então, a solução para que isso não voltasse a acontecer era ter mais de mim e menos dela.
Não tenho qualquer tipo de dúvidas de que se ela incorporasse parte do Fenris seria menos ferida porque atacaria antes.
Não tenho uma réstea de reticências de que se ela tivesse mais de Fenris a correr-lhe nas veias haveria menos pessoas a tentar tirar vantagem do bom coração dela.
Não será menos verdade, no entanto, que não viveria também momentos de intenso prazer até chegar a lâmina fria.
Contei-lhe ontem, também, que há uma fala no filme Heat que nunca esqueci e que ou já pautava a minha vida e eu não sabia ou passou a pautar.
DeNiro diz, a dada altura, qualquer coisa como:
"Um homem tem de estar preparado pra deixar pra trás tudo que tem em 10 segundos"
Sempre segui este princípio sem qualquer tipo de esforço, mesmo quando não o conhecia.
No momento em que as coisas não estão a seguir o rumo que eu acho que deveriam ou que antevejo ali uma pedra que me obstrua o caminho eu desligo e esqueço.
Pode parecer mentira mas não é, tenho toneladas de provas de que consigo tornar realidade as minhas palavras sem me desviar um milímetro.
Se eu disser que faço eu faço mesmo!
É uma reacção que se tornou instintiva como respirar, já nem sequer a tento explicar ou compreender, é assim porque é.
Porque aparece o Hércules a ilustrar este post?
Bem, porque não consigo escolher entre a coragem e a cobardia neste caso.
Precisa-se de coragem para se libertar de alguma coisa que é importante.
Precisa-se de coragem para se permitir criar raízes.
É-se cobarde quando se foge dos problemas pra frente.
É-se cobarde quando se deixa ficar numa situação desagradável.
Eu vivo a 1000 mas vivo constantemente sozinho.
Ela vive a 10 mas tem quem a acompanhe... ainda que a companhia possa variar.
Prefiro ficar sozinho mas muitas vezes me questiono se prefiro ficar sozinho porque tenho força para o fazer ou porque me falta força para andar acompanhado.
Momentos como estes em que me permito ponderar de que lado da moeda me encontro são curtos e, neste caso com concreto, irá terminar quando clicar no publish.
Depois de publicado este post saio do ponto morto e engatarei de imediato uma 4ª... e a viagem a alta velocidade recomeçará.... e as raízes continuarão inexistentes.... e as presas estarão novamente afiadas e bem visíveis.... e as luzes que alumiarão o caminho serão apenas as minhas... e o que aparecer será cilindrado....
"Duas vezes, Fenris concordou em ser acorrentado e, pelas duas vezes, ele estourou facilmente os elos que o prendiam."
Wednesday, March 28, 2007
Asas
Não é aquela coisa lamechas de que a música é a minha vida nem que me toca muito...
Gosto, talvez, porque não tenha qualquer talento musical e não há nada que admire mais do que alguém que consegue fazer o que eu não consigo por muito que queira.
Gosto, talvez, porque é a mais despretenciosa e solta forma de poesia sem ser mais pobre que as outras.
A musicalidade, especialmente, da Bossa Nova é, pra mim, ferro revestido de porcelana.
Não é o tipo musical que mais ouço porque nem todos os momentos são merecedores de ter Elis ou Bebel como banda sonora.
Duas coisas são certas,
a música é a minha forma de inspiração favorita, prendo-me aos versos como se fossem ecos que não me saem da cabeça e fluem (ainda que mal) pelos dedos
e
seguramente o mundo seria bem mais triste se não tivesse conhecido a Bossa Nova.
Saturday, March 24, 2007
Visto na Ficção
Antes do mais, não por temer que pareça pretencioso mas porque é verdade, será necessário retirar a genialidade e o factor Gajo Manco da equação Dr. House para que o post faça o mínimo de sentido.
Retirados esses dois factores vejo muito dos meus traços naquela personagem de ficção, aliás, vejo e vêem em mim (já diversas pessoas me disseram).
O que logo à vista desarmada se repara é que retirando a genialidade aquele tipo não tem qualquer virtude....pois....aí reside o problema.
Aquele sarcasmo que diverte.
Aquelas tiradas que fazem sorrir.
Aquela postura "quero que se foda o que pensas" que faz nutrir alguma admiração pela personagem.
A vontade férrea e a segurança absurda que nos faz confiar no médico de serviço às onze da noite.
As manias engraçadas que deliciam os observadores da condição humana.
Tudo o que descrevi é realmente passível de roubar sorrisos e proporcionar agradávei momentos...desde que aconteçam longe de nós.
Pois bem....sofro de quase tudo aquilo mas a diferença é que eu existo e convivo com pessoas a sério.
A ironia cáustica e corrosiva causa mau estar, apesar de divertida para a plateia, e eu nem sempre sei escolher momentos nem locais para as soltar.
Resultado: Sou uma besta de humor venenoso que se quer longe quando se tenta defender uma ideia.
Se eu decidir fazer isto ou aquilo eu farei.
Se quiserem fazer comigo....bom, se não quiserem...bom na mesma.
Por norma (e evolução) eu ouço e respeito as opiniões sobre qual o caminho a seguir mas se eu achar que estão errados (e acontece frequentemente) faço na mesma.
Resultado: Se pretendes um ambiente suave e de dócil cooperação mantem-te longe de mim.
Tenho manias.
Eu acordo à mesma hora todos os dias, tomo o mesmo pequeno almoço, visito as mesmas coisas na net pela mesma ordem, gosto de um tipo de canetas, uso apenas um perfume, preciso de comer a determinadas horas....entre muitas outras coisas.
Resultado: Se és desprendido de rotinas e fazes disso a tua forma de estar mantém distância, fico de péssimo humor se não fizer as minhas coisas.
Não sou um génio....mas tenho todos os tiques irritantes que se ouve que eles têm.
Não sou simpático....mas não faço o mínimo esforço para ser.
Não sou intolerante....mas se não respeitam as minhas coisas a amizade nunca resultará.
Não sou a pessoa mais honesta do mundo...mas se apanho alguém numa mentira não terão possibilidade de me contar outra.
E o poço de defeitos aprofunda-se a cada dia que passa.
Submission
Esta imagem não tem, para mim, nada de apelativo.
Não a acho erótica (apesar da fêmea ser bem boa).
Não a acho estimulante.
Não me desperta qualquer interesse.
Faz-me uma extrema confusão em pensar ser submisso mas também me faz a mesma confusão submeter alguém.
Não acho nojento e nem sequer acho violento.
O que acontece é que choca de frente e irreversivelmente com tudo em que acredito.
Não me refiro unicamente à vertente sexual da vida mas também me refiro a ela.
Qualquer tipo de constrangimento, ainda que consentido e eventualmente prazeroso, é-me vedado, é uma coisa que a minha fantasia aceita muito relutantemente e a minha consciência proibe.
Sou da livre escolha e das paredes derrubadas.
Gosto da planície, quer dizer, gosto particularmente do planalto. O vale não me atrai, a falésia limita-me.
Mesmo sexualmente, essa postura mantém-se, ou melhor, agudiza-se.
Infelizmente a minha personalidade é dominante e as minhas vontades são para mim mais importante que o restante. Se eu não me sentir bem as plantas à minha volta morrem, não tenho um osso de permissividade no meu corpo.
Sexualmente, no entanto, sou do deixa andar.
Sou mais dominante se precisar de ser e sou mais dominado se a ocasião o impuser... mas sempre de mãos livres e pernas soltas. Mas sempre de olhos abertos e desimpedidos.
Cheguei a ter uma teoria em que esses casos de Senhor e Escravo sexualmente seriam a possibilidade de viver sexualmente a incersão da vida normal.
Tipo:
O Bill Gates sexualmente sentiria a vontade de ser Escravo e a D. Amélia que limpa as escadas do prédio sexualmente sentiria a vontade de ser a Senhora.
Ou esta teoria está absolutamente errada ou eu serei a excepção à regra.... inclino-me claramente para a primeira opção.
Enfim.... foi mais uns dos posts que resultaram de eu ter vontade de escrever e não ter o que dizer.
Thursday, March 22, 2007
Não, Pra Mim Não...
.
"Se lembra quando a gente
chegou um dia a acreditar,
que tudo era pra sempre
mas o pra sempre...sempre acaba"
O tipo de inevitabilidades em que não acredito porque não posso acreditar, que o pra sempre sempre acabe.
A acreditar que tal verdade fosse absoluta os meus alicerces ruiriam e o cinismo deixaria de ser uma imensa mancha na minha pele para a minha pele passar a ser um resquício de lembrança no meu cinismo.
Não pareço e eventualmente nem sou o tipo clássico de romântico.
Não acredito num amor vivido numa cabana.
Gostava de acreditar mas não acredito, ainda, num estilo de vida frugal em que basta a um ter o outro.
Não me emociono com o reencontro de amantes no aeroporto e nem sequer com a despedida.
Nunca me viram e nem eu me vi a chorar de desgosto.
Acho até, à revelia dos corações palpitantes, as Pontes de Madison County a história de uma puta que traiu quem tentava fazer por ela e pela família o melhor que podia, da mesma forma que acho que a Cidade dos Anjos é uma narrativa pobre que anda em torno de um anjo com ar gay que quer foder uma terrestre.
Por outro lado, acredito piamente no Amor para Sempre, ainda que não possa desta forma ser vivido.
Acredito ainda na fidelidade e felicidade somente com um par de pessoas envolvidas.
Acredito que um Amor que Não seja Para Sempre não pode ser apelidado de Amor.
Vejo no Tigre e o Dragão uma das mais belas histórias de amor que já foi filmada e acho a mesmíssima coisa do enredo denso e pesado da mulher de William Wallace no Braveheart.
Sim é para sempre.
Não, o sempre nunca acaba.
O etéreo não tem de ser palpável e nem as células de se misturarem.
Umas vezes confunde-se inevitavelmente o que eu sou com o que eu pareço ser...nada de criticável, na verdade, a culpa é apenas minha.
O meu Amor será seguramente como eu...
Difícil, agridoce, cansativo a tempos, intempestivo, mal humorado....
Mas será também férreo, afectivo, devastador, terno....
E sim.....não acabará!
Monday, March 19, 2007
Hoje é daqueles dias em que não quero nada nem ninguém.
Hoje é daqueles dias em que, infelizmente, nem pra mim tenho paciência.
Hoje é daqueles dias em que gostaria de estar a dormir.
Hoje é daqueles dias em que seria bem vinda uma noite com a duração de uma semana.
Hoje é pra me deixarem em paz...
Friday, March 16, 2007
Wednesday, March 14, 2007
Não.....ao Contrário...
Acusam-me frequentemente de ser aquilo a que vulgarmente se chama de "do contra".
Naturalmente, quem me acusa deste tipo de coisas terá, necessariamente, de estar próximo de mim porque é muito difícil um estranho ouvir a minha voz, quanto mais a minha opinião.
Resguardo as minhas forças para as pessoas com quem me preocupo.
Num esforço de racionalização, que nasce conforme estas linhas vão escorrendo, não me sinto do contra.
Melhor dizendo, eu contrario mas não sou do contra, não é o contrariar que me dá prazer.
Pouco tenho contra qualquer conclusão a que alguém chegue, ainda que a tenha por errada. Não é isso que move o meu espírito de contrariar.
O que eu quero, e luto por isso, é que as pessoas que me são queridas sejam esclarecidas quanto ao porquê de ali terem chegado.
Não é o que acham mas o porque acham.
Não é onde chegam mas porque chegam pelo caminho por onde vieram.
A forma mais fácil de dominar uma mente é fazê-la reagir e não agir.
Muitas das decisões que se encontram por aí são constrangidas por um qualquer factor.
Pode ser pela expectativa paternal, pode ser pela reacção a uma coisa que não querem, pode ser por ver outro fazer e achar que fez bem....milhares de impulsos.
Eu tenho pra mim, e é nisso que me têm por contrariador, que as escolhas e os ideais a defender têm de vir de um lugar heremeticamente fechado, sem vento e sem sol....tem de nascer da raiz e essa raiz tem de ser plantada pelo próprio.
Eu contrario porque quero que aquela pessoa perceba que os lados têm de ser escolhidos neuronalmente e não com a facilidade com que o coração bombeia sangue.
Eu contrario porque quero que a escolha de hoje seja a de amanhã e ainda que não seja que se saiba porque o foi na altura.
A culpa pode ser atribuida mas o resultado não.
Escolhe-se por isto ou por aquilo, culpa-se este ou aquele mas quem se fode é o próprio.
Constroi-te... é isso...
Tuesday, March 13, 2007
Para quem quiser saber (ou relembrar) o que se fala em baixo,
fica o Link.
(Não encontrei a ECT, que é a minha favorita, mas nem faz muita diferença...)
fica o Link.
(Não encontrei a ECT, que é a minha favorita, mas nem faz muita diferença...)
ECT
Tava com o cara que carimba postais
E por descuido abriu uma carta que voltou
Levou um susto que lhe abriu a boca
Esse recado veio pra mim, não pro senhor
.
Recebo crack, colante, dinheiro parco embrulhado
Em papel carbono e barbante e até cabelo cortado
Retrato de 3x4 pra batizado distante
Mas isso aqui, meu senhor, é uma carta de amor
.
Leve o mundo e não vou lá
.
Mas este cara tem a língua solta
A minha carta ele musicou
Tava em casa, a vitamina pronta
Ouvi no rádio a minha carta de amor
Dizendo "eu caso contente, papel passado e presente,
Desembrulhado o vestido, eu volto logo me espera
Não brigue nunca comigo eu quero ver nossos filhos"
O professor me ensinou a fazer uma carta de amor
.
Leve o mundo que eu vou já
Leve o mundo que eu vou
.
Mas este cara tem a língua solta
A minha carta ele musicou
Tava em casa, a vitamina pronta
Ouvi no rádio a minha carta sim senhor
Dizendo "eu caso contente, papel passado e presente,
Desembrulhado o vestido, eu volto logo me espera
Não brigue nunca comigo eu quero ver nossos filhos"
O professor me ensinou a fazer uma carta de amor...
.
Leve o mundo que eu vou já
.
Cássia Eller...
Merece ser ouvida e lembrada,
mais ouvida que lembrada
um destes dias escrevo sobre o amor (não me lembro se já escrevi e nem vou confirmar),
só não me parece que seja hoje mas....
Je ne T´Aime plus.....mon Amour
Estava a ouvir Manu Chao e gostei desta frase.
Como em quase tudo, gosto dos antagonismo e do eventual falta de sentido de um Já não te amo....meu amor.
Não olho para esta frase com sarcasmo e nem com ironia, não a acho necessariamente com sendo uma afirmação de um recalcado que um dia foi largado e que num qualquer futuro quem o deixou o quis de volta.
Não...eu não a vejo assim.
Na verdade, eu consigo encontrar esta frase como imaginada e não como dita.
Eu consigo ver isto ser dito de si para si ou, no limite, tansmitido com o olhar quando a boca se limita a dizer Olá.
Acredito que mesmo quando se deixa de amar (eu não acredito em deixar de amar, para mim isso seria nunca ter amado, acredito no amor e na ilusão do amor.... mas para efeito do texto não encontro outra expressão que não o deixar de ama) a pessoa continua a ser alvo de um meu amor.
O mal a quem me faz mal e o bem a quem me faz bem.
Mesmo quando, por motivos explicáveis ou não, a estrada deixa de ser partilhada, eu desejo realmente o melhor possível.
Não me sinto abandonado (até porque sou mais de abandonar) quando a previsão do pra sempre não se concretiza...
O Bem a quem me fez Bem.
O Bem a quem me quer Bem.
Só faz sentido atribuir culpas quando o objectivo foi causar sofrimento, nas restantes vezes... o melhor para um será o melhor para os dois.
Wednesday, March 07, 2007
Aparentemente movimentado e realmente parado.
Umas vezes o mundo afecta-te e torna-te inerte.
Outras vezes o mundo afecta-te e torna-te mórbido.
Pouco interessa o que se pensa disto ou daquilo, o que fez com isto ou aquilo acontecesse.
Pouco relevam os motivos e os percursos.
O importante, isso sim, é o resultado e onde se chega.
Não vejo uma nessa conclusão uma adaptação imperfeita do maquiavelismo nem um cinismo carregado de um sorriso a la joker.
É uma evidência....
Tendo em atenção os nascidos para sofrer e os eternos sacrificados pela sorte nota-se que o que têm de comum é a predisposição genética para o "isto aconteceu porque.." e para o "se tivesse sido assim não teria acontecido" e "foi naquela curva não sinalizada que me enganei".
E o que se altera? NADA.
O motivo que despertou o caminho interessa-me se nele estiver contido o enigma da solução.
O caminho que levou a um resultado interessa-me se for útil para, apesar de um maior desvio, eu conseguir chegar onde queria à partida.
Há uma imensidão de coisas que me aconeceram e ainda me acontecem para as quais nada contribuí e em nada me são agradáveis.
Agora.....aonteceram ou continuam a acontecer.
Tou-me a cagar no porquê interessa-me muito o até quando.
O porquê é-me, muitas vezes, alheio, não tive qualquer influência... já o desfecho, o fim quando eu me deparo com a questão no meio, esse entra-me na pele e bloqueia-me tudo o resto até descobrir como acabar e solucionar.
Não tenho tanta energia assim,
não sou tão esperto assim,
não tenho tanto poder assim,
não mando tanto assim....
...concentro-me na solução e não no problema.
Monday, March 05, 2007
Jogo da Sombra
Apesar de parecer eu não sou um tipo sombrio.
Malgrado as letras pejadas de peso e de negatividade, sou um tipo que (quando não provocado além do que me parece razoável) está de bom com a vida, que gosta de ser como é e que tem a felicidade de, de uma maneira geral, estar rodeado de quem deve estar.
Não sou tanto o diabo que aparece frequentemente mas também o sou.
Seguramente não sou um santo mas de vez em quando também o sou.
O motivo pelo qual não escrevo que estou feliz ou apaixonado ou que o mundo é lindo é que não tenho qualquer interesse em revelar.
Não porque me envergonhem os estados de felicidade ou de bem com a vida mas antes porque esses não têm de ser expiados, não precisam de ser ressaltados nem reverenciados e nem publicitados.
As alegrias vivo-as, não as descrevo.
Em contrapartida, todos os demónios e desvios de perfeição que tenho em mim (e são imensos) preciso de os materializar para os ver.
Como não quero o negrume esquecido lanço-o à luz, preciso de o ter próximo para que não me domine à distância, no subconsciente.
Não acredito no bem nem no mal como verdades absolutas.
Não quero sequer ser um exemplo de virtude porque nunca quis ser transparente nem amigo da humanidade em geral.
Não me quero libertar dos meus guardiões que vestem negro e jamais sorriem porque são bem mais eficientes que a aureola de bondade que de tão compreensiva se torna ingénua e auto destrutiva.
Quero domar o que me habita porque tudo é útil e se não o for hoje se-lo-á amanhã.
Como já escrevi, é cansativo ser eu mas não queria que fosse de outra forma.