Wednesday, February 28, 2007
Há quem acredite no Céu e no Inferno.
De entre aqueles que acreditam no Inferno há um denominador comum:
O Diabo é Mau!!!
Ok, por definição eu acho que estará certo, no entanto, é de uma enorme utilidade.
Já imaginaram um mal sem dono?
O diabo é o Rei do seu Reino e, como todos os Reis, não quer deixar de o ser.
Assim, todos os outros seres diabólicos lhe devem vassalagem.
Qual a utilidade?
Se não houvesse um tipo que fosse o senhor da maldade e o porteiro das profundezas teríamos milhares de pequenos seres terríveis que fariam aquilo que se lembrassem, uma espécie de Anarquia do Mal.
O Mal ao serviço do Bem, circunscrito e domado.
Não bato a porta porque assim a abrirei.
Eu mando na tua mente e no vazio da alma,
assim será, nunca deixarei de ser Rei.
O que queres não interessa...tenho-te na palma.
.
Arrasto comigo para o fundo a maldade.
Quero-o para mim e assim o retiro
a impureza que perfuma a caridade.
A minha alma vendi-a para construir o mito.
Tuesday, February 27, 2007
Ontem estava a pensar (ando com tempo demais entre mãos...e nem parece) que não me acho, por mim, particularmente voluntarioso e nem corajoso.
O meu instinto de alpha male e de protector da matilha nasce do facto de existir uma matilha.
O motivo pelo qual sou agressivo, quando necessário, impetuoso e feito de pedra é o meu presumir que tenho de ser assim por alguém...que não eu.
Penso de mim para comigo, muitas das vezes sem sequer notar, que só eu sou capaz de aguentar isto ou aquilo, que só eu poderei evitar que isto ou aquilo aconteça, que só eu poderei segurar o leme.
O resultado de todas estas presunções é que quem anda por perto de mim faz uma viagem com o maior conforto possível sem ter de se preocupar com a ausência ou existência de tempestades.
Em termos resumidos, se não sentisse esta obrigação seria um tipo bem mais tranquilo, afável e simpactico.
O mais estranho é que eu quero que as coisas assim sejam porque se fossem de uma qualquer outra forma tenho a certeza (não comprovada) que me sentiria profundamente inútil e, logo, triste.
O peso do planeta está plantado sobre os meus ombros e muitas vezes dou por mim a queixar-me disso, no entanto, não sei se queria que fosse de outra forma.
É uma existência bastante solitária esta minha.
Não porque não tenha amigos ou família ou gente que se preocupe comigo.
É solitária porque eu não partilho problemas nem sofrimentos e nem preocupações porque acho que são exclusivamente minhas e ninguém tem de se chatear com essas merdas além de mim.
Infelizmente, esta forma de caminhar entre os pingos da chuva é quase sempre confundida com falta de confiança e com afastar quem quer estar perto.
Não é isso que quero...mas menos que isso quero ainda explicar o que quer que seja.
Explicação é kriptonite neste meu mundo espinhos e escarpas.
Monday, February 26, 2007
Retrovisor
Não gosto particularmente de retrovisores, por isso não olho pra eles enquanto conduzo.
Ao ideia de me lembrar de onde vim não me é apelativa e muito menos a ideia do que deixei para trás.
Muitas vezes sinto-me como o soldado que não olha para o que fez para evitar o trauma pós guerra.
Nunca fiz nada que me faça ter vergonha, aquela vergonha de ter feito mal a quem não merecia, aquela vergonha de ter sido, injustamente, um filho da puta.
Não olho para o retrovisor porque não quero ter dúvidas de ter acertado na escolha feita, exactamamente porque está feita e o arrependimento não mudará nada.
A minha segurança não é frágil mas tem a sua fraqueza como todas as coisas e criaturas.
Dia em que comece a duvidar do meu julgamento será dia em que hesitarei nas coisas que tenho de fazer e decidir...e isso não pode acontecer.
Venderia a minha consciência de bom grado...se tivesse quem a comprasse.
Friday, February 23, 2007
Compulsivo
A compulsividade é uma das minhas mais marcantes caracteristicas.
Sou manifestamente compulsivo em tudo que me lembre.
Na altura que estou a fazer o que quer que seja tenho necessidade de o fazer e perco completamente a medida.
Sou assim quando como, quando bebo, quando trabalho, quando sinto que preciso de dormir, quando estou apaixonado, quando fodo, quando gosto de uma música, quando decido (ainda que raramente) arrumar as coisas, quando (raramente também) decido ler um qualquer livor e, naturalmente, quando escrevo também.
Este texto é a mais pura forma de compulsividade.
Quando acordo dou umas voltas na net o que inclui uma passagem neste blog.
Depois da passagem estava a pensar "queria escrever mas não sei sobre o quê"...mas tinha de escrever.
O problema deste meu problema é que, como tudo que é feito a ferro e fogo, nem sempre as coisas saem bem feitas.
Tem a vantagem de sairem feitas, isso é certo, mas nem sempre com a qualidade, interesse e perfeição (uma coisa que me irrita isso da perfeição...) com que poderiam ou, até, deveriam.
E disso este blog é um exemplo.
Se terá uma ou outra coisa bem escrita e com nexo e interesse (assumo que não releio as coisas que escrevo porque não sou eu quem as escreve) outras haverá que serão ofensivas aos olhos atenta a sua pobreza...
Sorte a minha que não me importo nem um bocado com o que acham de mim ou das minhas coisas.
Ando a tentar controlar, mas o meu controlar passa por passar do demasiado ao nada, e isso também me parece excessivo...
Wednesday, February 21, 2007
"Wanna Go For a Ride?!"
Pergunta em tom de escárnio a aranha à mosca.
Magnetizada pela teia que tem tanto de letal como de inebriante, a mosca acede.
A aranha agradece, a aranha e o seu estômago.
Não me parece que ninguém perca nesta troca, enquanto a aranha terá o que comer a mosca terá aqui a única forma de acesso a adrenalina verdadeira...e apenas morrerá umas quantas horas mais cedo.
Será preferível a crueldade de um pára brisas inesperado ou de uma mão repentina e irritada?
Preferirás saltar pro abismo ou ser empurrado?
Será mais o teu estilo pedir clemência ou mandar foder?
Qual o destino que se escolheria podendo? Saber onde e como ou ser tomado de surpresa?
O meu corpo é uno mas a minha alma multipla.
Acordo com uma farpa espetada na mão
mas com o espirito afiado como uma lamina,
sou escravo no sim mas senhor no não.
Os meu olhos não têm palpebra
porque não precisam de desculpa.
A crueldade dos meus dedos quebra
enquando a minha palavra cura.
Tuesday, February 20, 2007
Entre Escombros
A escolha condiciona o caminho.
Não há uma vontade nem uma alegria em seguir a sinalização ou desrespeitá-la, há, isso sim, uma necessidade de manter o movimento porque de árvore tenho pouco e dificilmente teria raízes suficientemente fortes para me alimentar num mesmo lugar.
Existem sons perdidos na memória que, volta e meia, ressurgem e não consigo, no momento em que os ouço, identifica-los.
Não sei se será uma barreira levantada ou se o pó que acomulam com o tempo lhes altera as sílabas.
O que sei, isso sim, é que não gosto de os escutar... fantasmas são a pior espécie de meia lembrança que há.
O que eu gostava (e muitas vezes consigo) é que depois de optar por uma determinada estrada, a outra que poderia ser escolhida, se transformasse de imediato em parede.
Não sei andar para trás e, como tal, de nada me adianta que outro caminho esteja desostruido. Então, prefiro que desapareça para não ter a tentação (que nunca é mais que isso) de pensar que nem todas as minhas escolhas são acertadas.
Ando, contrariamente ao normal, a ter sonhos recorrentes.
Sonhos que me aparecem a maioria das vezes quando estou acordado mas, e isso é verdadeiramente novo, que também já me aparecem quando durmo.
Não acredito em balelas metafísicas nem em pronuncios e nem em profecias, no entanto, estes sonhos andam-me a deixar tenso.
Quase me parecem avisos (em que não acredito) e mensagens subliminares e nada subtis (em que, também, não acredito).
Entretanto, a Cassia Eller continua, sabiamente, a dizer-me Leve o Mundo que eu vou já.
Monday, February 19, 2007
Melhor Falar....
Melhor falar do que ficar de boca fechada quando o deambular dos olhos e das mãos querem dizer o que o cérebro teima em impedir.
É na imperfeição da incontinência que mora a verdade que se esconde por baixo da pele.
É no olhar que bate no chão, nas mãos inquietas, no olhar vazio, nas mãos atras das costas, no olhar para cima, nas mãos fechadas e coladas ao corpo, no olhar para o lado e nas mãos abertas pousadas uma sobre a outra.
Não, os meus olhos não são o espelho e muito menos as janelas da minha alma, os meus olhos são verde mar e não negro escuridão.
Até o pincel que deu cor ao meu olhar sabia, antes mesmo de me perguntar ou sequer de me conhecer, que nada em mim nasceu para ser transparente e nem revelador do turbilhão descendente que o meu corpo encerra.
As pequenas partidas que nos pregam são um pouco isso... a determinação anterior de um mal ou de um bem eventualmente desenhado numa folha branca que indiciará para onde o vento vai soprar.
Foram-me dadas asas mas, em contrapartida, fecharam-me numa caixa claustrofóbica que me impediu de as abrir e agora, que descobri a chave e que da cela saí, esqueci-me de como as poderei usar e de como as oferecer ao vento.
Não me construiram para beijar mas antes para bater.
Não é uma realidade triste nem um pesadelo transmutado em matéria, é o curso que antes me impuseram e que, quando a altura chegou, abracei.
Nenhuma lágrima morrerá porque nenhuma irá nascer.
Sunday, February 18, 2007
Faith Is a Dangerous Thing
.
Ouvi esta frase no Prisioneiros de Shawshank (se não se escrever assim...caguei).
É uma verdade que descobri há muito tempo e que se corporizou quando a ouvi a martelar-me a cabeça.
Retirando a mensagem subliminar de que ter fé é bom e da reconversão de um céptico à causa divina, mensagem rosinha e de gosto discutível, vejo a frase como útil.
Novamente, não é um clamor de uma alma perdida que se entregou às chamas dos infernos antes de as tocar.
Nem sequer é uma toalha atirada ao chão porque não aguenta mais socos do quotidiano...
...Simplesmente acho realmente a fé uma coisa perigosa...
Perigosa porque aproxima a alma do sentar e esperar.
Perigosa porque a mais perigosa das lâminas é aquela que se acreditar existir mesmo quando ela não lá está.
Perigosa porque destroi vontades pelo conceito etéreo e nada unânime de errado.
Acredito em mim mas não tenho fé.
Tenho esperanças mas não tenho fé.
Acredito num ente superior mas não tenho fé.
Espero encontrar para o pé esquerdo um sapato como tenho para o direito mas não tenho fé.
********
Ouço, por entre soluços, gente que nunca mais vai gostar de ninguém.
Vejo, por entre lágrimas, gente que foi injustiçada e que nada fez para o merecer.
Foda-se!
O medo misturado com a tal fé resulta numa bebida que faz os cérebros retrairem, apagarem promessas que, naturalmente, nunca deviam ter sido feitas e a tentarem um novo galho que não precisa sequer parecer particularmente vigoroso.
É aquela voz que vem de dentro que os fortalece...e fortalece porquê?
Simples, porque não carece de explicação e a forma mais simples de saltar de uma falésia é de olhos fechados.
Se as coisas correrem mal, culpa-se o etéreo e promete-se que não mais se acreditará nele, até que surja nova necessidade de o fazer.
A culpa não morre solteira nunca, o que acontece é que, muitas vezes, o marido é desconhecido.
Ouvi esta frase no Prisioneiros de Shawshank (se não se escrever assim...caguei).
É uma verdade que descobri há muito tempo e que se corporizou quando a ouvi a martelar-me a cabeça.
Retirando a mensagem subliminar de que ter fé é bom e da reconversão de um céptico à causa divina, mensagem rosinha e de gosto discutível, vejo a frase como útil.
Novamente, não é um clamor de uma alma perdida que se entregou às chamas dos infernos antes de as tocar.
Nem sequer é uma toalha atirada ao chão porque não aguenta mais socos do quotidiano...
...Simplesmente acho realmente a fé uma coisa perigosa...
Perigosa porque aproxima a alma do sentar e esperar.
Perigosa porque a mais perigosa das lâminas é aquela que se acreditar existir mesmo quando ela não lá está.
Perigosa porque destroi vontades pelo conceito etéreo e nada unânime de errado.
Acredito em mim mas não tenho fé.
Tenho esperanças mas não tenho fé.
Acredito num ente superior mas não tenho fé.
Espero encontrar para o pé esquerdo um sapato como tenho para o direito mas não tenho fé.
********
Ouço, por entre soluços, gente que nunca mais vai gostar de ninguém.
Vejo, por entre lágrimas, gente que foi injustiçada e que nada fez para o merecer.
Foda-se!
O medo misturado com a tal fé resulta numa bebida que faz os cérebros retrairem, apagarem promessas que, naturalmente, nunca deviam ter sido feitas e a tentarem um novo galho que não precisa sequer parecer particularmente vigoroso.
É aquela voz que vem de dentro que os fortalece...e fortalece porquê?
Simples, porque não carece de explicação e a forma mais simples de saltar de uma falésia é de olhos fechados.
Se as coisas correrem mal, culpa-se o etéreo e promete-se que não mais se acreditará nele, até que surja nova necessidade de o fazer.
A culpa não morre solteira nunca, o que acontece é que, muitas vezes, o marido é desconhecido.
Wednesday, February 14, 2007
Momentos
Hoje quando acordei lembrei-me da minha primeira verdadeira namorada.
Não sinto saudades dela mas senti falta de uma coisa ou outra que, na época, eram absoluta novidade, à imagem de tudo que surge pela primeira vez à vista.
Não comecei a namorar cedo, sempre vi um sinal de perigo eminente em relacionamentos pelo que sempre optei (e depois dela voltei a optar) por coisas curtas, intensas e indolores (pelo menos pra mim).
Lembro-me, como se fosse hoje, de ter o telemovel a despertar para as horas a que, presumivelmente, já não estaria ninguém em casa.
Os meus pais teriam ido trabalhar e o meu irmão para a escola.
Pelas 8.30 da manha acordava, fazia a ronda à casa e, caso tudo estivesse tranquilo, ligava-lhe a dar conta da boa nova que se repetia diariamente.
Ela acordava e deslocava-se da cama dela para a minha.
Tocava à campaínha, eu acordava de novo, abria a porta e voltavamos para a cama.
Muitas das vezes tínhamos dormido umas 4 horas porque haviamos estado juntos na madrugada anterior.
Era muito engraçado...
Era novo.
Era intenso.
Era emocionante.
Era agradável.
Para ela não era o primeiro namorado mas quase...relacionar-se com um tipo como eu era uma absoluta estreia.
Fugi claramente do esterotipo, era muito (ou tudo) que ela não conhecia, no que isso tem de bom e de mau.
No caso, a novidade para mim era a situação e para ela era eu.
Enfim....durou muuuuuuuuuuuuuito mais do que eu esperava e teve situações, como a que descrevi acima, que dificilmente se repetirão e que, por isso, marcarão a minha história.
Nunca me lembro do passado.... quando me lembro parece que uma lâmpada se acende de tão inesperado que é.
Como já escrevi, sou filho da volupia e do desejo, coisa como estas acontecem-me com frequência, o que é raro é que durem mais que uma madrugada.
Monday, February 12, 2007
...
Há sensações estranhas... uma delas que frequentemente me visita é a de vazio.
Tenho, dentro do possível, tudo o que quero.
Tenho, dentro do possível, todas as minhas necessidades supridas.
Tenho uma profissão de que gosto...apesar de não gostar de tudo nela.
Tenho amigos que não me deixam ficar mal.
E ainda assim sinto-me, frequentemente, vazio...
Hoje está a ser uma dessas manhãs em que me parece que não tenho nada a preencher-me o corpo.
Sou, por natureza, insatisfeito e isso quase que é uma maldição.
Quando quero alguma coisa vou atrás mas depois de a ter a coisa deixa de ter aquele apelo que me fazia querê-la.
É mesmo cansativo ser-se eu.
Sei o que tenho mas não sei o que me falta...
Os caminhos não têm de ser turtuosos para eu os querer, não tenho um osso de masoquismo no meu corpo.
O inatingível interessa-me pouco e não perco tempo com ele.
Não me defendo da desilusão querendo que o céu troque de lugar com o mar.
Não entro em batalhas perdidas à partida com a vontade de ter um falhanço previamente explicado e aceite.
Ainda assim... vazio...
Friday, February 09, 2007
Há determinado tipo de mulheres que me atraem só de olhar para elas.
Isto não seria novidade nenhuma se me referisse ao aspecto físico em si, às pernas, peitos, beleza e tal...não é o caso.
Há um tipo de vibração específica que algumas mulheres emitem e me chama particularmente a atenção, um pouco como assibio para cães que apenas eles ouvem.
Dei-me conta disso, novamente, ontem quando via o Grey´s Anatomy.
É verdade que tem umas quantas gajas boas, eventualmente, mais classicamente boas que esta cuja foto está em cima...no entanto, esta dá-me vontade de lhe pôr a mão e, no mundo da fantasia em que eu poderia escolher uma delas, nem hesitaria.
A minha é um tipo de mulher madura que parece sempre saber para onde está a ir mesmo quando está perdida.
Uma fêmea que não deixa de o ser porque, quando precisa, fala grosso e enche o peito.
Uma mulher que não obstante a posição que ocupa ou a imagem profissional que precisa assumir não tem qualquer problema com a sua condição eminentemente feminina.
Alguém que sabe ser sensual sem ser vulgar e despertar interesse sem falar e sem precisar desabotoar a camisa.
Gente que sabe pisar o chão com leveza ainda que de forma decidida.
Postura amplamente sexual sem ser, no entanto, provocante ou insinuante.
Não sei se serei o único a ver o seu interesse disparar na presença da mulher de instinto sexual subliminar, acredito até que não seja.
Eu gosto delas dentro deste tipo...e acho que elas também gostam de mim.
Tuesday, February 06, 2007
Alavanca
Apanho-me ciclicamente em fuga.
Fuga de quê?
Bem...difícil dizer... a maioria absoluta das vezes quando olho já estou a correr.
Ver-me parado e apto a receber muitas das coisas que me querem oferecer é tão comum como ver um porco andar de bicicleta.
Estou num estranha e relativamente nova situação (relativamente porque já me acontecer mas não com tamanha intensidade) de não me largarem o braço.
Estou claramente a forçar a partida (tenho disso consciência quando me calo), nitidamente a tentar que o vento me leve, objectiva e subjectivamente a demonstrar que apesar de querer acho que não consigo.
O meu fracasso no que a sentimentos respeita é, ou deveria ser, internacionalmente reconhecido.
Já tive a felicidade de estar ao lado de mulheres de elevado quilate, admiráveis, quem me queriam bem e que mereciam o devido retorno.
Gostaria de ter a possibilidade de justificar a minha incapacidade de parar no facto de uma mulher me ter feito sofrer muito um dia...o que me tornou recalcado.
Não o posso dizer, nunca me aconteceu, sempre foi bem mais ao contrário.
De volta ao presente... sei que quero mas não sei se consigo.
Há uma força que me impele pra longe porque não se acredita que será possível.
Há uma vontade de ficar perto porque é o que eu quero pra mim e parece-me que poderá acontecer.
Pra já, a segunda está a ganhar porque está a ser ajudada com todas as forças que não me pertencem e que me são oferecidas...sem qualquer contrapartida.
Gostava, e estou a tentar, o "vida deixa me levar vida leva eu" mas isso é-me tão natural como recusar um Jameson depois de um belo repasto.
Não sei onde isto vai dar...
Enquanto isso, "leva o mundo que eu vou já"
Saturday, February 03, 2007
Friday, February 02, 2007
Não sou particularmente fã do Santana de hoje...
...mas o de de ontem é uma coisa bem diferente.
Samba Pa Ti
http://www.youtube.com/watch?v=zyPeOH238GQ
...mas o de de ontem é uma coisa bem diferente.
Samba Pa Ti
http://www.youtube.com/watch?v=zyPeOH238GQ
Thursday, February 01, 2007
.
Sou do tipo fatalista.
Acho, realmente, que tudo me pode acontecer e que vai acontecer mesmo.
Preparo-me para o pior sempre e espero o pior das pessoas sempre.
O que já não sou é de me lamentar, não vejo qualquer utilidade nisso e dispendo inutilidades.
Muitas das vezes chego a achar engraçado, páro e divirto-me pensando coisas como "foda-se... como é possível. Bem....sa foda".
Penso mais na ironia das coisas do que na sua vertente catastrófica.
Aliás, penso e respiro ironia, é das minhas caracteristicas mais vincadas, uma das defesas preferidas e companhia de bom humor...negro...mas ainda assim humor.
Há, por exemplo, muito de irónico e, logo, engraçado quando se retira o pouco de humanidade que se tem.
É irónico e, logo, engraçado que o mau atraia o péssimo.
É irónico e, logo, engraçado, que quando se tenta remar em sentido contrário pela primeira vez a correnteza impeça que isso aconteça e empurre para onde se ia mas já não se queria ir.
É irónico e, logo, engraçado que se goste de poucas coisas e essas sejam afectadas e destruídas.
As desgraças acontecem mas, como em tudo o resto que me rodeia e sente a minha mão, eu sou capaz de demonstrar claramente que nenhuma desgraça é mais forte que eu. Então, transformo a desgraça em hiper desgraça, ao bom estilo de "Ah és má? Coitada...eu sou muuuuuito pior!!!".
E isso é, também, irónico e, logo, engraçado, eu faço isso mesmo quando a desgraça se abate sobre mim.