Friday, September 30, 2016

Very Cool!


Os Objectivos

O BMW Série 1.
Este carro é o sonho (prefiro usar itálico mas não sei se o deveria fazer por não estar certo de não ser o termo correcto) dela.
Isto dá sempre azo a alguma discussão. O primeiro motivo deve-se à falta de inspiração de quem o fez tão feio e o principal, ainda que menos aventado, o significado que o carro - este ou outro - tem: SUCESSO.
Ainda pensei entrar pelo costumeiro assunto de me irritar profundamente que alguém entenda que o sucesso só o é quando encarado como tal pelos outros, o que acontece quando o associamos a objectos socialmente visíveis. Iria carregar pela mesquinhez mas não vou. Lembrei-me de outra coisa.

(é mais forte que eu: provavelmente por preconceito e por conhecer proprietários de BMW, não os tenho em grande conta.
Mais! O Série 1 só é vendido por ser BMW e, supostamente, representar sucesso)

Tenho a teoria de que muitas das gajas, sem esquecer que hoje em dia haverá muitos gajos nas mesmas condições, que se casam com homens ricos não serão interesseiras nos termos em que o entendemos.
É comum, quer para nos fazer sentir bem quer por ser estatisticamente certo, acharmos que uma gaja boa e jovem só se junta com um velho rico ou um gajo feio se ele for rico.
Ora, também eu acho que será por ele ser rico mas não sinto como justo acreditar que ela acha o mesmo; não me parece líquido que ela vá pelo dinheiro em sim.

Tentando simplificar:
Vamos voltar ao BMW 1.

Imaginem que o vosso sonho (sem itálico) é ter um BMW 1, carro que não têm a possibilidade de adquirir.
Agora, aparece um gajo (que é impecável e tudo o mais) que vos pode oferecer o BMW 1 com que sonham. 

Se não se poderá dizer, sem margem para dúvidas, que é o dinheiro que interessou à gaja também não se poderá dizer, sem margem para dúvidas, que foi o concretizar do sonho lhe interessou.
Percebem?
O sonho dela pode ser comprado por dinheiro e ele realizou-o.
Eu sei que parece o mesmo mas com um bocadinho de esforço encontra-se a nuance.

O problema principal, quando não se trata de falta de carácter, é o desejo e o objectivo ser de lata.
(Quer dizer, talvez o problema seja que o desejo e objectivo não seja de lata e não se possa comprar mas prefiro ultrapassar este facto, por agora)
É pouco, curto e um pouco mais que pueril o sentimento de que o vazio que nos ocupa a todos pode ser preenchido com Euros;
É uma imagem chata, por desanimadora, a de um relógio ou um diamante ou um carro ser suficiente para que se sinta o sol tocar na pele.

De qualquer maneira:
quando aquilo com que sonhamos se pode comprar está meio caminho andado para que nos possam comprar a nós.

....e como isto é deprimente, vamos de rosinha:

Thursday, September 29, 2016

Ando A Ser Observado...

Por estes dias estive a ver a entrevista do Bruce Springsteen ao Colbert.
Quando lhe foi perguntado o motivo que o levou a escrever/ser músico/dar concertos muito longos (foi uma destas três ou todas as três), eles respondeu que o fazia para se manter ocupado. Quando não estou ocupado, I get into my own mind e eu sou uma péssima companhia.
O Bruce anda a copiar as minhas cenas na tentativa de ser cool!

O problema de se embrenhar demais nos seus pensamentos foi, por ele, ligado ao historial de depressões na sua família.
(ele contou que o pai, que bateria muito mal, guiava kilómetros sem assunto....coisa que me agrada muito mas que faço pouco)

Bem,
como resulta do post que precede, estou constipado - nem a gripe chega! - mas, ainda assim, sinto que estou a dois minutos da morte...
Obviamente, ando um bocado mais insuportável e cabisbaixo, coisa que não me acontece com frequência (o cabibaixismo).

Ontem, pediram-me para ajudar a fazer uma merda que se resumia a construir um texto à volta dos dados disponíveis, coisa que gosto muito de fazer.
Como estive ocupado, quase não estive doente mas a doença voltou logo que terminada a ocupação.

Mantenham-me ocupado.
É melhor para a humanidade e para mim também.

Wednesday, September 28, 2016

Triste Verdade...


Tuesday, September 27, 2016

Menos É Mais Fácil

Desde há muito que defendo que é mais fácil controlar o excesso do que fazer crescer a míngua.
Tentativas de exemplo daquilo a que me refiro:
- é mais fácil pedir a alguém rápido que seja mais lento do que a um lento que seja mais rápido;
- é mais fácil editar aqueles que têm muitas ideias do que fazer com que outros tenham mais ideias;
- é mais fácil temperar a agressividade do que tornar um passivo mais agressivo;
- é mais fácil educar alguém para suportar a distância do que aumentar o desejo de proximidade.

Quando exponho este tipo de ideias sou constantemente respondido com o ideal é o meio termo e este tipo de afirmações faz-me lembrar o tudo pode acontecer. Significa nada tamanha a redundância.

Reparem: não é minha intenção defender o excesso mas antes dizer que o prefiro à insuficiência.
Sim, num mundo ideal - que não conheço - todos seríamos cenas na medida certa. Apenas nos irritaríamos quando necessário; apenas reagiríamos quando há motivo para isso; apenas falaríamos quando tal se justificasse; apenas interviríamos quando instados a fazê-lo.
Mas não é aqui que vivemos, pois não?

Não é raro acharem que sou convencido e egocêntrico. E não é raro porque, de facto, sou ambas as coisas mas numa medida inferior ao que aparento ser.
Ah, isso acontece porque tens prazer em que pensem isso de ti, K, pareço ouvir e devo assumir que, de vez em quando, é mesmo isso que acontece. De vez em quando e em medida bem inferior às vezes que o ouço.
As mais das vezes, estas características são-me atiradas porque não me coíbo de dizer o que entendo ser verdade mesmo à custa da percepção que poderão ter de mim.
(Humildade é o caralho!!!)

Voltando aos culpados de tudo, sempre: os Pais.
É verdade que fui educado para ser isto. Talvez parte seja genético mas a maioria deve advir do contexto e da educação.
É verdade, também, que o meu ego foi mais inflado do que deveria ter sido; é verdade que fui demasiadas vezes tratado como o génio que não sou (descobri isto mais tarde...); é verdade que fui impelido a não aturar merdas de ninguém e a defender, sem pensar meio minuto nisso, quem me pertence.
Ora,
a medida em que todas estas coisas me foram incutidas pode não ter sido a ideal mas jamais preferiria ter uma auto-estima baixa ou confiança intermitente ou passividade de coitadinho.

Os meus Pais, como os vossos, fizeram muita merda quando me tentaram educar.
Os meus Pais, como os vossos, terão tentado fazer o melhor que conseguiram mas falharam a perfeição.

Tendo isto em conta e em vista, devo dizer:
Fico muito contente por me terem criado fera e não animal doméstico.
Se ou quando tiver a oportunidade de educar alguém, tentarei fazer melhor do que fizeram comigo mas não é no quesito que descrevi que a maioria das melhorias deverá ocorrer.

Monday, September 26, 2016

A Puta da Borboleta

Poderia ser O Caralho dos Círculos Criados Pela Pedra que se Atira à Água mas não tive vontade de lhe chamar assim.

Pensar demasiado é uma chatice e isso foi amplamente explicado por quem é mais espero que eu este fim-de-semana: se pensarmos demais nunca se faz nada. Nunca é boa altura para se fazer nada.
Já disse isto várias vezes a várias pessoas e a minha crença no seu acerto não diminui mas, de vez em quando, é paralisante ver-se tudo e nesse tudo, também de vez em quando, é mais do que o que realmente por lá anda.

A história das calças não se resumiu às calças em si. A história das calças poderá ter muitas mais implicações, quer físicas quer as de outro tipo e piores: mentais.
Fisicamente, pode dar-se o caso de ter de colocar em prática aquilo para o qual estou sempre precavido mas espero que não aconteça e este pôr em prática pode levar a quem outra prática que tinha vindo a delinear fique na prateleira (se pensarmos demais nunca se faz nada);
Mentalmente, está a dar-se o caso de me voltar a ocorrer que estou a dar demasiado tempo e a colocar demasiado empenho onde não deveria; poderei estar enganado quanto ao preço que deverá ser pago e pelo valor que estarei a pagar.

...se não visse - ou se não julgasse ver - as linhas quase invisíveis que ligam umas coisas às outras a minha vida seria mais relaxada por mais ignorante (ou demente, se estiver a imaginar que vejo) e poderia brandir o punho aos céus clamando contra a injustiça do que era imprevisível.
...se fosse capaz de me limitar a comer e dormir, a vida de quem me rodeia talvez fosse mais fácil porque não estariam expostos a questões que não vêem aparecer e poderiam, depois, dizer-me que não perceberam o que estava a acontecer.

Puta da borboleta!

OK, não foi SÓ!


(Não saí do Marcello nem do Villa Lobos.
Agora, se tudo correr bem, vou meter o documentário do Villa Lobos a rolar)

Por Agora, É Só!


Saturday, September 24, 2016

Detesto comprar roupa (talvez excluindo T-Shirts que dizem cenas) e, por isso, tendo a comprar por atacado para não ter de andar nisto mais de 1 ou 2 vezes por ano.
Hoje, comprei apenas umas calças. Coisa que não queria fazer.

Fiz porquê se é sabido que não faço o que não quero?
Bem...o peso na consciência faz-me fazer coisa que não tenho vontade e hoje deu em comprar calças.
Não me aliviou a consciência mas era a vontade de quem queria compensar e deixar contente.

Por isso...calças.

Friday, September 23, 2016

Isto Acontece Muitas Vezes...

Tenho-me em boa conta e tento que esta boa conta seja realista.
Às vezes temo que não consiga ter atenção suficiente e perder um bocado a noção da realidade mas, depois, acontecem coisas que me fazem sentir estúpido e volto a centrar.

No episódio que vi ontem do podcast do Joe Rogan ouvi-o defender que os lutadores de MMA não deveriam usar luvas mas antes mãos livres.
Quando isto me entrou nos ouvidos pendei este gajo é um homem das cavernas, com esta ideia! mas não é e não precisei de o ouvir explicar o porquê. Uns segundo depois lembrei-me destas duas coisas:

I
O Mike Tyson fartou-se de partir a mão nas ocasiões em que aviava gente na rua.
Porquê? Isto não faz sentido...
Faz, faz.
Quando ele estava na rua não tinha luvas calçadas nem mãos ligadas, pelo que bateu de mão despida e a merda correu mal.

As luvas defendem o adversário?
Nop.

II
O desporto que pratiquei é semelhante, em termos de contacto, com futebol americano e a ideia generalizada é que é muito mais selvagem porque não tem protecções (tem umas quase nenhumas mas já direi).
Acontece que as lesões no futebol americano são piores e mais graves, incluindo as cerebrais.

Nós podíamos usar umas almofadas nos ombros e um capacete mais ou menos almofadado, também e nada mais. 
No futebol americano...bem, é ir ver.

Este segundo argumento já o usei muitas vezes mas quando a merda passou daquilo que fiz para umas luvas não consegui, no imediato, extrapolar.

Por que terá razão o Rogan (e eu)?
Quem vê de fora imagina que as protecções servem para proteger mas o efeito é absolutamente adverso.
Quando se tem as protecções do futebol americano bate-se com tudo aquilo que se tem porque se está muito protegido e quem se fode é quem apanha.
Quando é o corpo a embater sabemos que nos vai doer também (sim, bater dói!), pelo que teremos isso presente e mesmo que sejamos uns animais que cagam nisso e vão, na mesma, de prego a fundo - como eu ia - a hipótese de nos lesionarmos é muito maior do que quando andamos com armadura, pelo que mesmo este tipo de animais...pagam!

As luvas não têm uma explicação muito diferente...
Quando a mão está devidamente protegida, bate-se com tudo aquilo que se tem em quem está à frente mas se não estiverem ou se vai decrescendo em cada impacto (porque vai doendo) ou se parte a mão e, a partir daí...bem, socos vai ser difícil.

O problema, bem detectado, é que quem não sabe estas coisas (ou um idiota que se esqueceu, como eu) vai pensar que é demasiado selvagem desproteger o corpo mas não é porque desprotegendo-se protege-se quem vai apanhar e, naturalmente, o que vai apanhar é, também, o que bate.

É por causa de delays destes que sei que por muito esperto que seja não sou esperto o suficiente.

Thursday, September 22, 2016

Seremos Só Derme?

A minha categoria profissional não está repleta de pessoas que aprecio; melhor: as características pessoais mais comuns de quem faz o mesmo que eu não me agrada profusamente.

Uma das características que mais me chateia é uma que não é exclusiva mas que, da experiência adquirida, é mais vincada do que o normal: Todos são super-espectaculares!
Quando não consigo evitar trocar várias palavras com pessoas no espaço físico para onde me desloco (fingindo que estou ocupado a estudar uma cena ou que estou ao telefone ou que estou preocupado ou outra coisa qualquer), sou bombardeado com as conquistas e grandes desempenhos que só eles seriam capazes de ter.
...
Infelizmente, como disse, não é exclusivo.

É raríssimo ouvir-se alguém assumir que fez merda...inclusivamente quando a merda é descoberta.
É, ainda que menos, raríssimo ouvir um terceiro dizer eh pá, aquele gajo fez merda!

Por variadíssimas vezes descubro asneiras que tentaram ser escondidas por quem as praticou mas nunca as coisas que lhes correram bem (quanto à primeira).

Fui, uma (e única) vez a um restaurante que uma outra pessoa muito apreciava e entendi o serviço como péssimo e a comida como meramente aceitável.
Deviam ter muita gente para atender, devia estar muito cheio, K.
- E? Isso interessa-me o quê?!
Se tivesses ido comigo a comida seria melhor, K.
- Ah, óptima maneira de ter um negócio. Tratar bem quem conhecem...
(quanto à segunda)

Não percebo como este comportamento vinga ou é papado.
Todos concordarão que a perfeição não existe, pelo que a falha faz parte de todos e quando as falhas não existem ou não são assumidas isto deveria fazer acender as luzes de alerta.
As minhas acendem sempre.

Não confio em gente que é incapaz de assumir falhas e não lhes confiaria coisa nenhuma.
...mas não deve ser um comportamento regular porque se o fosse haveria menos gente super espectacular ou, então, essa gente estaria a arranjar cartão em baixo de uma ponte.

(suponho ser também por algo que por aqui passará que gente adulta e sem motivo suficiente decida andar de aparelho nos dentes para corrigir sabe-se lá que milímetro de desfasamento.
Sim, esta merda irrita-me...também)

Wednesday, September 21, 2016

A Mesma Armadilha...

No filme Wolf of Wallstreet (no livro, também), o Vitor diz aos seus degenerados:
Estão com o cartão de crédito atrasado? Acham que não vão conseguir pagar a casa porque é mais cara do que aquilo que podem suportar? BOM! GASTEM! E agora vão atrás do dinheiro!
(parafraseei, claro)

Isto parece extremo e é possível que se fossem assim colocadas as coisas a maioria ponderaria sobre se deveria, ou não, manter o rumo.
...mas isto não é assim tão extremo...

Eu - porque sou uma pessoa extrema e, por isso, não um exemplo - nunca tive um crédito. Eu nunca devi nada a ninguém nem a nenhuma instituição. 
Poderia ter um carro melhor? Poderia.
Poderia ter roupa melhor? Poderia.
Poderia ter viajado mais? Poderia.
Poderia ter um relógio com sainete? Poderia.
Excluindo que de tudo quanto disse só poderia e deveria ter viajado mais, o resto interessa-me pouco, não fiz nada ou mais de nenhuma destas cenas porque a melhor maneira de perdermos é sermos controlados.

É certo que somos educados para gastar mas a educação não pode justificar tudo. A dada altura, temos de ser responsáveis e não atirar para cima dos bancos as desgraças com as quais colaboramos:
Ah, os bancos emprestaram dinheiro com demasiada facilidade!
É verdade mas quem teve uma arma apontada à cabeça para o aceitar? 

E depois há isto:
Eu, em particular, não precisaria de crédito para fazer ou ter todas as coisas que elenquei mas é, provavelmente, por não as ter que tenho liquidez para as ter.
Por que não tenho?
Além de não lhes ligar e além de sentir que tenho mais controlo sobre a minha vida por não ter quem possa forçar-me a fazer o que não quero, há isto:
Como ninguém pode prever o dia de amanhã - nem eu, lamentavelmente - pode dar-se o caso de precisar de algo que me force a despender o que não quero ou, pior, a ter de arranjar dinheiro - leia-se, empréstimo - para coisa de real importância...e nessa altura, faço o quê?

Ok, ok, pode não acontecer mas quem achou que o BES ia falir?

A realidade está-se a cagar em nós e nas probabilidades. 

Tuesday, September 20, 2016


Será Racismo ou Xenofobia?

Londres elegeu o seu primeiro Mayor muçulmano.
Isto não me causou uma particular estranheza mas a estatística que vi a seguir já me causou alguma e, em sequência, fez-me pensar na primeira.

Pelos vistos, hoje em dia só 45% dos habitantes de Londres são caucasianos.
Não esquecendo que estes 45% ainda serão uma maioria assinalável, tenho para mim que há uns anos haveria de ter sido mais e não me esqueço, também, que muitos dos caucasianos hão-de ter votado no muçulmano.

Voltando à primeira,
é-me irrelevante a raça ou o credo (em abstracto) de quem concorre, acho que devermos, apenas, pensar na competência que terá para desempenhar as funções para as quais é eleito ou se propõe a ser eleito.

Voltando à segunda,
não deixa de ser legítima a preocupação da transformação de um país.
Por causa da taxa de natalidade, os brancos serão ultrapassados - não apenas em Londres - por outras raças o que, em si, não me parece absolutamente preocupante MAS quando a alteração demográfica possa acarretar outras consequências tenho mais dúvidas.

Sendo certo que não sou religioso, não sou capaz de dizer que a influência cristã está à minha volta.
Será que a alteração de um credo - imaginemos de católico para muçulmano - não descaracterizará a sociedade e o país?
Não podemos esquecer que há muito muçulmano que será democrata mas aquilo de que ouvimos falar é uma outra coisa.

Não será de arrepiar um bocado ponderar que daqui por 20 ou 30 anos poderemos ter de nos sujeitar, todos, ao Ramadão?

A demografia pode vir a ser um problema significativo.
Estarei a ser xenófobo por pensar nisto?

Monday, September 19, 2016

Everybody Lies

Vamos ultrapassar a evidência do título, coisa que não sinto merecer discussão, para aquilo de que me lembrei por estes dias: há consequências iguais a mentirem-nos que resultam de facto diverso.

Quando me contam alguma coisa de alguém tento não ligar muito ao pormenor mas ao quadro em geral. Bem, faço o mesmo quando conheço e não quando me contam.
Além disso, interessa-me sempre mais o que não dizem ou o que dizem sem querer do que o que realmente querem transmitir.
Ambos os vícios nasceram da percepção que quando nos contam alguma coisa estão sempre a contar mal (onde me incluo), pelo que as conclusões e apreciações de valor são, em sim, um juízo sobre coisas que a maioria de nós não entende.

Ora,
quando conheço alguém de quem já ouvi falar tenho uma ideia, em traços gerais, do que virá a caminho.
Obviamente não saberei nada de concreto ou não terei em conta nada de concreto mas o tipo de confiança (ou falta dela), o quão simpática é (ou não) vem mais ou menos determinado.
Não é julgamento, é desporto.
Não é preconceito, é deporto.

Em geral, não me costumo enganar muito mas, de vez em quando...vamos ao título:

Não é estranho que o que transmitimos esteja impregnado daquilo que somos.
Se somos inseguros, veremos segurança nos outros só porque têm um comportamento diferente;
Se somos seguros, veremos insegurança nos outros só porque têm um comportamento diferente;
Se nos vemos como não merecedores de alguma coisa achamos que os outros não nas quererão dar.

Tudo isto é conhecido mas, de vez em quando, é tão entranhado e tolhe de uma tal forma os sentidos que mesmo aquilo que seria de presumir ser objectivo não é.
Se é óbvio que azul é azul não teremos dúvidas que é a essa cor que a outra pessoa se está a referir mas, volta e meia, não é.

Isto tudo para dizer o quê?
Bem... primeiro, que não sou estúpido e que não estupidifiquei;
Segundo que mesmo numa abordagem superficial terei, muitas das vezes, confiar mais no verniz que encontro do que no que por debaixo se esconde quando contado por quem deveria saber...mas não sabe,


Coisas (mais ou menos) Fixes

Não é completamente fixe porque cenas para o deprimente raramente o são.
Resignação é uma merda mas...


Coisas Fixes

A primeira vez que o Chaplin falou, em filme, foi aqui.
Chaplin foi, também, um dos primeiros opositores do nazismo quando este era visto como aceitável nos EUA e na sua alta sociedade.


Pressão

...muda tudo.

Se vocês forem ver os futebolistas a treinar grandes penalidades, verão que quase não falham e se forem ver treinos de jiu-jitsu vão ver gajos que fazem coisas verdadeiramente espantosas.
Os mesmo gajos - vindos de referir - vão falhar imenso nos jogos e fazer coisas bem menos espantosas nos combates.
Imaginem-se a andar em cima de uma tábua pousada no chão e, depois, na mesma tábua a 50 mtos de altura; é muito provável que consigam atravessar uma delas mas não a outra.

A pressão consegue, também, ter consequências físicas à laia de dores de cabeça ou de dores nas costas, por exemplo.

Não sofro muito destas coisas.
Seria ridículo dizer que me é indiferente se a tábua está pousada no chão ou a 50 mtos de altura mas, na verdade, a diferença, para mim, não é assim tão grande.
Não é que seja um mestre Zen nem uma espécie ultra-rara (um bocado, serei), o que acontece é que tento racionalizar tudo e, com isso, o stress vai desaparecendo.

Mediante a situação, seja ela qual for, decido o que será, na altura, a melhor opção e, depois, implemento.
Não fico muito nervoso e não tremo. Não sofro com a inevitabilidade. Para ser honesto, a inevitabilidade é uma boa companheira porque no momento em que aparece absorve tudo, onde se incluem as dúvidas.
É-me difícil entender como a impossibilidade de fazer inverter o curso de um rio pode criar qualquer tipo de nervosismo.

Vão ver-me em stress parafuso quando estou inserido numa situação com a qual não concordo e da qual posso sair e não o faço.
São fenómenos raros mas estes sim são capazes de me desestabilizar. Estes sim, são capazes de me acelerar o batimento cardíaco e fazer hiperventilar.
....e não e a pressão que me faz sentir assim. É achar que estou a colaborar com o que não devia.

Friday, September 16, 2016

Ressentimento

Antes do descrito no anterior, a conversa acabou em Ressentimento.
Começou por outro lado...

Há uma família que se relaciona mal - ou não se relaciona - e um gajo foi tentar resolver mas pediu segredo à mãe da mulher para que a coisa não piorasse.
Não surpreendentemente, o segredo não foi bem sucedido e a maneira como foi denunciado foi revelador dos motivos pelos quais a coisa não endireita.
A minha opinião, como a transmiti, é que, infelizmente, muitas das vezes o melhor é ficar quieto porque, por norma, o que acontece é o que aconteceu.
Ele respondeu-me que não é tanto a separação física mas antes a separação física com ressentimento que o cheteia e que quer evitar.

E aqui está ele.

O problema da teoria dele, ainda que bem intencionada, é que o ressentimento não tende a diminuir sem a ausência em si e, para que assim ocorra, é preciso que as pessoas sejam um bocado diferentes de mim.
Tentar eliminar o ressentimento sem que haja tempo a erodir a coisa é virtualmente impossível.

E, talvez, o pior do ressentimento será que impede o copo de esvaziar. 
Percebem?
As pessoas fazem merda e, na altura, é desagradável mas se a merda não for demasiado violenta é perdoada e voltamos ao estado anterior.
O ressentimento impede este mecanismo.
Tenta-se perdoar e pensa-se que se consegue mas não se consegue voltar a um estádio em que se permitiam normalidades que incomodam mas que não são determinantes. Tudo passa a ser determinante.

Mas é mesmo por isso que acho que o melhor é cortar o mal pela raiz. É mesmo por isso.
Corta-se antes que o ressentimento tome conta. 

...foi quase...

Como é sabido, tenho muito interesse na Natureza Humana mas as pessoas, como indivíduos, chateiam-me...
Ontem fui à costumeira cerveja com o costumeiro gajo e apareceu um terceiro - amigo do meu amigo e conhecido meu -, terceiro gajo que tolero em doses homeopáticas e que até me parece bom tipo mas...foda-se...

Este 3º é mais velho do que nós e, parece-me, padece, de uma forma quase subliminar, de complexo de inferioridade atenta a sua condição de não Dr. (coisa que, em si, me chateia).
O tipo de conversas que tenho com o gajo costumeiro são pouco comuns e muito abstractas; apesar de sermos pessoas muito diferentes, entendemo-nos bem e calmamente apesar de haver um vibe de dois alphas no mesmo espaço, aprendemos a evitar o confronto. Por norma resumimos este tipo de tertúlia para os 2 não por uma questão de soberba mas como defesa: uma vez que a maioria de nós está mais preocupado em ter razão do que em pensar em cenas, evita-se este tipo de situações para não vir ao de cima a besta que conseguimos ser (ainda que eu seja a menor).

Ora,
este 3º é o típico gajo que houve as baboseiras na moda que se dizem em tvs e que tais e acha que elas fazem sentido quando são completamente vazias e querem dizer coisa nenhuma...

Exemplo (este foi o que me fez saltar um bocado a tampa mas veio depois de outros):
Ouvi uma entrevista do Phelps em que ele diz que só compete com ele mesmo! Ele está certo. É isso que se deve fazer.
Respondi-lhe:
Isso é uma balela que não é por ser repetida que quer dizer merda nenhuma.
Se o Phelps queria competir com ele mesmo, que se mandasse para uma piscina todos os dias e que andasse a bater os tempos dele; o que ele faz é outra coisa: MEDALHAS!
...e mais, "competir consigo mesmo é uma contradição nos termos (não tive paciência para lhe explicar porquê.

Ainda na mesma conversa:
- Imagina que nós os 3 ficávamos sozinhos. A competição não faz sentido! Seria muito melhor e é muito melhor colaborarmos.
É...se houver água e comida suficiente. Se não houver a cooperação vai com a puta que a pariu e era ver qual de nós tombava primeiro!

O que me chateia mais é isto:
por causa deste tipo de pessoas sou arrastado para o idiota que passa a rebater só porque pode rebater e por mais motivo nenhum.
por causa deste tipo de pessoas deixo de considerar que pode valer a pena ouvir para decidir que o melhor é só bater.
por causa deste tipo de pessoas sou o gajo que puxa a corda porque a estão a puxar do outro lado.
por causa deste tipo de pessoas começo a atirar Darwin e que tais para cima e para baixo para demonstrar que aparecem de faca para um tiroteio...

Quando a coisa ia começar a azedar a sério, quando ia começar a bater até criar bicho:
1. O meu amigo percebeu que aquilo não ia acabar bem e tentou mudar de assunto (o 3º não deixou);
2. Eu calei-me.

Por isso foi quase: não fiz o que a minha natureza pede para fazer com a violência com que a pede...foi só um bocadinho.

Ainda assim, porque estou longe do que queria ser:
K, estás chateado? (diz o 3º entre sorrisinhos)
- Não, P. Não estou chateado mas não te vou aturar durante uns tempos. A minha quota está preenchida por uns 3 meses.

Thursday, September 15, 2016

Tão Cool ou Tão Irritante?

Pela medida adoptada pelo lugar onde trabalho, hoje, mais do que o maior, sou um caso de sucesso.
Aquilo que, genericamente, é entendido como mais importante eu varri e sabia-o desde ontem ao fim da tarde.

Hoje, quando comecei a trabalhar, recebi a notícia que sabia vir a caminho e soube-a muito mais cedo porque...bem, começo a trabalhar muito mais cedo que toda a gente.

Passadas umas 2 horas, chegou o primeiro interessado (sim, nos casos de louros nunca estamos sozinhos) e ficou um bocado excitado; não é dos piores.
A este, respondi: queres que vá desapertando as calças?

Agora que o dia está a chegar ao fim, começaram a cair os E-mails de parabéns e felicitações e cenas, ao que respondi, em cadeia, o seguinte:
(a quantidade de grávidas e recém casadas não tem descrição e tem ainda menos descrição a seca que esta gente e circundantes me provoca)

Dependendo a quem for perguntado, sou:
a) um gajo cheio de onda;
b) um gajo insuportável de tão convencido.

Gosto que achem as duas coisas.

FACEBOOK!


(o próximo vai ter mais palavras mas isto foi muito mais forte que eu!
Patologia em forma de Mapa)

Noel Rosa por Roberta Sá, Marcello Gonçalves e Mais Um Gajo


Dói a todos!

Wednesday, September 14, 2016

Sim, Telegráfico Porque Não Estou Com Muito Tempo Mas Ainda Tento Desopilar

Radiohead dizem a verdade:

I want you to notice when I´m not around...
Creep

Everybody leaves
If they get the chance
And this is my chance.
Weird Fishes (bem, not everybody mas almost)

Capitalismo (é mais Liberalismo, parece-me...)

Estive uns dias parado, pelo que estou um bocado ocupado...e como quando assim é tendo a engolir a comida em 10 mins e voltar, optei por andar mais uns quantos metros para evitar isso.

Fui ao Pingo Doce e descobri que, agora, tem algo de semelhante a uma praça da alimentação.
Os pratos - mais variados e, aparentemente, de melhor qualidade - custam, pelo menos, metade do que custam nos lugares destinados a refeições à volta.
Eu almoço fora todos os dias e, juntando os dias, a coisa não faz tão pouca diferença como isso. Excluindo as sextas-feiras e se ultrapassar o meu asco a super-mercados, é provável que me torne cliente e, com isso, ajude a mandar para o buraco os lugares onde costumava almoçar.

É triste...

Há uns tempos, a minha mãe dizia que era incrível como os chineses trabalhavam por tão pouco dinheiro e que isso afectava os nacionais porque não podiam fazer concorrência sem sofreram demasiado.
Perguntei-lhe, então, se costumava pagar mais caro apenas por princípio ou para ajudar a produção nacional...a resposta, naturalmente, foi negativa.

Não é muito diferente do Pingo Doce.
É triste mas estarei eu, e os outros, dispostos a pagar o dobro?

Estava a Pensar Em Felicidade e Lembrei-me:


K was here!

Tuesday, September 13, 2016

Somos Todos Um Bocado Estúpidos E Isso Não Tende a Mudar...

I
Há uns dias estive a mandar uns clips de entrevistas e declarações do Chomsky a um amigo e aproveitei para ver umas quantas.
Numa delas, o Chomsky diz que acha que a Europa é mais racista do que os EUA, afirmação que, à primeira, me arrepiou por entendê-la como estúpida...mas como era o Chomsky a falar, o meu intelectual favorito (o único?! de que gosto), fiquei mais um bocado.
Então, a ideia dele é mais ou menos esta (parafraseando):
É simples não se ser racista quando a população é homogénea ou muito pouco diversificada. A crise dos refugiados está-nos a mostrar isso mesmo: quando a diversidade começou a apertar o racismo começou a aparecer.

FDP...talvez não esteja errado...
Lembrei-me que, numa visão que pode, em si, ser racista, tenho ideia de que França será dos mais xenófobos dos europeus e isso talvez não seja alheio ao facto de ter muita diversidade, por conta das colónias.

II
O Einstein achava que havia algo de semelhante com uma consciência colectiva da humanidade e, para exemplificar aquilo a que se referia, afirmou que não descobriu a teoria da relatividade, apenas a apanhou primeiro e, provavelmente, não por muito; alguém a ia achar mais cedo do que mais tarde porque estaremos todos ligados.

Usei estes dois exemplos porquê?
Tivesse sido um gajo por quem não nutrisse, à partida, respeito e teria pensado que a ideia do racismo mais forte na Europa que nos EUA seria estúpido;
Tivesse sido um gajo com ar andrajoso e com uma bata colorida a falar da consciência colectiva e não teria perdido mais de 2 segundos com isso (e, diga-se, há muitos deste tipo que dizem o mesmo e que já o diziam há muito mais tempo que o Einstein).

...eu tenho noção disto e sou, por isso, aquilo que também critico: dou demasiado valor ao mensageiro; perco tempo demais com o folclore e menos com a essência.

Insegurança ? (II)

Ainda estive a pensar se voltaria a este assunto porque me é desagradável.
Na minha opinião há duas maneiras de resolver (ou tentar) os problemas: enfrentar ou fugir. É uma afirmação aparentemente ridícula porque é afirmar tudo e nada de um só fôlego mas há uma pequena nuance: só acho que vale a pena fugir dele quando se crê que ele possa, pura e simplesmente, desaparecer.
Por exemplo: imaginem a borbulha que nos aparece no nariz. Se dermos tempo, ela desaparecerá - em princípio - pelo que enfrentá-la não será necessário para se resolver a questão.

Para mim, dependendo das circunstâncias, ambas as vias são aceitáveis e deverão ser ponderadas, coisa que tento fazer mas, tendencialmente, enfrento mesmo os que o tempo possa resolver (estou a tentar aprender...).

Voltando,
o tema Inseguranças chateia-me quer por significar uma deficiência quer por ser um eufemismo para Medo.
Sim, poderia utilizar artimanhas lexicais para distinguir uma coisa da outra e aceito que poderá haver uma ou outra diferença mas, no fundo, são uma e a mesma coisa.
E eu odeio ter medo!

Por natureza e em enorme maioria, eu não sou inseguro. Para se encontrar algo de semelhante terá de se me conhecer muito bem ou, possivelmente, passar algum tempo aqui.
As inseguranças mais banais não me afectam e isso em grande medida graças ao facto de ser pouco vulnerável ao Mundo exterior (há pouco tempo, descrevi aqui que fui passado a pente fino de cima a baixo, facto que faria muitos de nós sentirem-se desconfortáveis mas não a mim. Eu sou isto e aceito-o, ainda que tente melhorar).
Coisa que não é nova é que o facto de ser pouco vulnerável ao Mundo exterior não me resguarda - talvez me exponha ainda mais - ao interior.

Então,
tenho um quase terror a ser enganado quando não devia. Pensar que posso estar a ser estúpido deixa-me de muros derrubados.
Ah, ninguém gosta de se sentir estúpido, K! É certo mas quantos despendem a mesma energia que eu a evitá-lo?
Quantos entram num lugar qualquer e antes de pensar no que se vai fazer ou com quem se está pensa, primeiro, no ambiente onde está metido e quem, pelo menos aparentemente, por lá anda?
Quantos pensam na modulação da voz quando falam connosco? Quantos estão atentos a pausas em frases e nos momentos em que as pausas ocorrem?

Para aqueles de nós que andam menos atentos e que se exigem menos atenção, sentirem-se estúpidos é desagradável, claro, mas pensam ah...não reparei ou fui enganado e medicam a dor com isso.
Eu não me permito essas coisas.
Eu devia ter visto. Eu devia ter percebido.

E depois, há um enorme revés nestas coisas, revés que advém, também, daquilo que me anda por dentro.
Não é que eu não queira perdoar. Não é que eu ache que as pessoas não fazem parvoíces apenas por terem sido parvas. Não é que a minha racionalidade não entenda a palavra circunstâncias...
É que todas estas coisas só me fazem lembrar de que falhei e não vi, facto a que acresce a minha desconfiança natural - mas não imaginada - de que as pessoas mudam.

Como FN disse melhor, como de costume, eu não estou chateado por me teres mentido, estou chateado porque não consigo mais confiar em ti.

É-me difícil perceber se a frase que precede constitui a fraqueza de não se conseguir confiar ou o facto de que não se deve confiar.

Bem...talvez tenha gastado demasiadas linhas para dizer ou perceber que a minha Insegurança nasce no mesmo momento em que perco a capacidade de acreditar...ou talvez isto seja uma outra questão que por aqui se meteu e não seja, exactamente, uma insegurança...ou talvez este assunto me deixe tão desconfortável que não lhe conseguirei encontrar conclusão.

...como eu, work in progress.

Monday, September 12, 2016

...


Sunday, September 11, 2016

Insegurança?

Um amigo vai 3 semanas para a Índia e deixará em terra a mulher e a filha. Formulando isto desta maneira, parece que reprovo mas não o faço. E também não é pelo facto de ele ser meu amigo que não o faço. 
Não reprovo porque não sou ninguém para tecer comentários valorativos sobre o que funciona e o que não funciona na relação das outras pessoas. 
Eu sei, eu sei...isto parece uma cena demasiado new age para mim mas é assim que entendo - não desde sempre - o funcionamento do Mundo: se funciona, é assim que deve ser e não de uma outra maneira que possa parecer mais convencional.

Perguntei-lhe, contudo, o quanto lhe andava a foder a cabeça a mulher, sabendo, à partida, que seria muito.
Como previa: Muito.
O problema, disse-me ele, é que as pessoas são demasiado controladoras e isso fez-me pensar no assunto. Fez-me pensar no assunto porque, há pouco tempo, disseram-me que padecia de insegurança devido a um determinado comportamento.

(para que conste: lamentavelmente, tenho inseguranças que identifico mas, como em muitas das camadas que constituem a minha cebola, estão muito lá no fundo e não são visíveis, sendo certo que acresce que além de não serem visíveis são poucas)

Então,
como me parece abundantemente claro, não tenho a capacidade de querer um bocado ou de fazer um bocado nem, infelizmente, de ficar um bocado fodido;
como me parece, também, abundantemente claro, não gosto de correr riscos que apesar de parecerem diminutos podem ter consequências demasiado gravosas.

Quanto ao primeiro:
a minha experiência diz-me que o Mundo não é simpático e diz-me, também, que tudo tende a acabar mal (como termina a vida?), pelo que gosto de fazer e responder sozinho; gosto de resolver e complicar sozinho; gosto de saber que sou eu quem tem de se resolver e sou eu quem tem de se submeter às merdas que faço.
A consequência, lógica, do que acabo de vomitar é que todos nós - se o conseguirmos - somos mais independentes e rápidos quando sozinhos.

Como sei disto tudo e como já o comprovei empiricamente, quando me importo menos a coisa esmorece ou, talvez mais correctamente, já esmoreceu.
Nas ocasiões em que apesar de ter deixado claro que não tinha uma relação com uma determinada pessoa deixei que a coisa se arrastasse nunca me comprometi mais do que tinha previsto à partida e isto corria de mãos dadas com não, este fim-de-semana apetece-me estar sozinho ou agora estou com atenção ao filme que está a dar ou hmm...não me apetece falar disso. Talvez noutra altura mas não contes muito com isso.

Este comportamento - o oposto do que descrevi agora mesmo - foi chamado de Insegurança mas não o entendo desta maneira.
Não é falso dizer que eu engulo a vida de quem a quer partilhar comigo e que não dou muito espaço a que exista muito mais além de mim. Não é falso que isto - nesta medida - não é comum e pode, até ser excessivo mas...quando não é assim eu deixo de ter o apego de que preciso para achar que estou onde devo estar.
Quando tenho ou deixo que seja criada a distância que parece ser higiénica a minha memória histórica assalta a diz-me: Pá...mas isto assim não é muito melhor?! Não tens de te preocupar com nada...isto é simples e isto é bom.

É difícil perceber-se mas é assim.

Quanto ao Segundo:
Há uns tempos, contaram-me que o médico tinha dito a uma grávida que o sushi era desaconselhável por ser cru mas se fosse num lugar seguro...
Não. Não há lugares seguros. Mesmo que comer o peixe resultasse, no máximo, a uma unha encravada no bebé: Não!
O risco, pura e simplesmente, não compensa.

Eu não saio à noite para sacar gajas mas também não saio para não sacar gajas.
Não sou capaz de ir a um sítio que não me agrada só porque tem milhares de porcas mas também não tenho uma capacidade muito desenvolvida para dizer não a uma gaja que me queira comer (é uma coisa de natureza, lamento).
Então, quando não devo sacar ou ser sacado o que faço? Evito, activamente, situações em que tal possa acontecer e não dou quaisquer abébias.
Sim, poderia fazer o flirt que os gajos e as gajas fazem para se valorizar e sentirem-se atraentes aos olhos das outras pessoas. Podia. Não é assim tão grave, pois não?
É. Se eu embarcasse nisto eu sei que não voltaria na palavra. Eu sei que depois de dar corda não vou recuar porque isso é estúpido.
O que faço, então?
Nada.
O risco de e a consequência não compensam.

Esta é uma forma muito austera de viver mas é a que resulta comigo.
Melhor.
Esta é uma forma muito austera de viver mas a alternativa nunca funcionou comigo.

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O que dizer de alguém que prefere preservar-se a preservar outra pessoa?
Devemos entender que faz sentido porque quem se preserva é mais frágil do que a pessoa a preservar?
Devemos entender que não faz sentido porque não nos podemos colocar sempre em primeiro lugar independentemente das circunstâncias?

Depende da disposição que tivermos nesse dia, não é?

Saturday, September 10, 2016

Tentando uma de Borges (sem o talento, obviamente)

Tenho pensado mais do que devia e o turbilhão não me ajuda.
Então, para parecer pouco e porque a minha paciência há-de esgotar, vamos tentar cenas curtas.

A Injustiça Natural de Ser Mulher

Ontem, uma amiga queixava-se de que de há uns tempos para cá se anda a chatear porque acha que os gajos a vêm como amiga quando, antes, também a viam com desejo carnal.
Disse-lhe que isso me parecia esquisito...não que ela não seja boa (disse isso mas não é boa...) mas porque a vibração dela não é para isso. Não olharia para ela num bar e pensaria hoje és tu porque dificilmente seria e eu tenho, sempre, a comida ao lume.
Para mim, isso de ser necessário envolvimento emocional é bom mas se ela preferia outra coisa, teria de se comportar mais como uma porca.
....
Horas depois, quando entrámos num bar fui (quase) violentamente assediado por uma gaja que lá estava e disse-lhe: vês?! Se queres ser sacada, tens de fazer mais como esta ao que ela me respondeu mas isso eu não quero e, pelos vistos, tu não a vais sacar ou deixar que ela te saque.
- Fico contente que não queiras ser assim mas para resolver o que te chateia, é isto! Depois, é irrelevante se eu a vou sacar ou se ela me vai sacar...ALGUÉM  a vai sacar se ela continuar assim e, suponho que se não for um otário, não lhe vai ligar no dia seguinte.

Esta é uma das injustiças mas houve mais uma e esta não lha disse directamente:
Foi ter connosco uma amiga dela que eu conheço há algum tempo mas apenas de raspão. Olá e Adeus, nada mais.
Ora, essa amiga, há 5 anos, era muito bonita e excitava-me um bocado...coisa que não era recíproca.
Ontem, essa amiga continuou a ser bonita mas a idade não a está a ajudar e, em contrapartida, pareceu-me que a excitei um bocado...coisa que não foi recíproca.

O avançar da idade não ajuda as mulheres...
O avançar da idade ajudou-me muito.

O Amigo
(sem sair muito do primeiro assunto mas com a perspectiva masculina da coisa - Eu!)

Verem a pessoa do sexo oposto como amigo ou amiga foi um problema que me acompanhou até, talvez, aos 19/20 anos.
Este problema, vim a perceber, devia-se a eu não ser propriamente um estouro físico (ainda que bonito) e, o maior de todos, ao meu gosto e afinidade por mulheres.
Depois de conhecer mais ou menos bem uma mulher passava a preocupar-me com ela como um ser humano; reparem: não é que não seja mas, como viram no que descrevi antes, também querem ser um naco de carne e esta capacidade escapava-me quando as conhecia melhor. A minha tendência é agradar e fazer-lhes bem, pelo que parecia-me chato só as querer comer e não tentar ajudar (isto sem esquecer o facto de ser bastante gordo).

Houve um momento em que decido, consciente e expressamente, isto: foda-se! Acabou. A partir de agora, tomo um máximo de 3 cafés com uma gaja e se nesses 3 não rolar nada, a fila andou!
Esta regra não mais foi desrespeitada e transformou-se num tal bicho que, nos meus últimos tempos de caça desenfreada nem sequer troca de números de telefone aconteceram: deu, agora...deu. Não deu, agora...não vai dar. Nenhum de nós existe depois desta meia dúzia de horas.

Pareço ouvir-vos dizer ah, isso é uma tanga! As coisas só mudaram quando passaste a ser fisicamente desejável e estarão completa e redondamente enganados.
É certo que a minha alteração morfológica me facilitou imenso o trabalho mas não foi o factor de mudança.
O factor de mudança - facto que será verdade para quase tudo - foi a minha cabeça e o comportamento e não o exterior.

....não disse à minha amiga para fazer o mesmo, porque não quero que ela o faça, mas descrevi que é a solução.

As Costas dos Outros
(achavam que eram os assuntos que precedem a foder-me a cabeça? Nã...)

Há mais de uma década (detesto pensar que me lembro de coisas com mais de uma década...) fiz a minha primeira viagem que assim se pode chamar e, na altura, fui com mais dois gajos (depois disso, todas as minhas viagens que assim se podem chamar foram feitas sozinho).
Os 3 tinham relacionamentos:
1 tinha uma à espera que ele se decidisse há alguns anos;
1 tinha aquilo que viria a ser um relacionamento mas que, na altura, ainda não era exactamente isso;
1 não tinha um relacionamento até 4 dias antes da viagem e, na altura em que partimos, voltou a ter namorada (era ex, 4 dias antes).

O que tinha acontecido era óbvio!
Ela percebeu que ele ia para o outro lado do Mundo durante quase três semanas e, mais que isso, percebeu que ia comigo e com o outro gajo, gente de bem mas muito pouco celibatária ou, sequer, tímida; então, decidiu amarrar o borrego antes de ele partir e porque este borrego era o mais manso dos 3 a coisa resultou.
A mim tentaram fazer-me algo de parecido mas...ficou para segundas núpcias.
Por que resultou com ele e não comigo?
Não é difícil de explicar...
Ele achou que ela era sincera e Eu achei outra coisa. Não achei que ela estivesse a mentir mas pensei - e ainda penso - que era demasiado conveniente querer amarrar-me na altura em que eu ia bater a asa. Tivesse decidido tenta-lo duas semanas antes e talvez resultasse.

O resultado foi este:
Ele ficou a fazer desenhos na areia quando exposto a duas gajas completa e totalmente nuas numa praia deserta;
Os outros dois fizeram outra coisa.

(se tiverem curiosidade: eu liguei para quem me queria prender uma vez durante a viagem e dessa vez percebi que não estaria a ser muito conveniente porque devia ter mais gente à volta.
Só me voltou a ouvir quando regressei à pátria)

Por que Fui Eu Uma Besta Deste Tipo e Por que Ligo a Tempos?

Há uns tempos, conheci uma luso-francesa que queria, claramente, ser sacada e, porque me mostrou o pescoço, não me apeteceu perder tempo.
Quando a coisa pegou, disse-me não posso fazer isto...tenho namorado e o meu namorado vem visitar-me na quinta-feira (acho que me disse quinta-feira mas tenho a certeza que era sábado) ao que lhe respondi sabe-se lá o que vai acontecer até quinta...interessa o agora...
Ora, isto é uma tanga completa. Haverá pouca gente menos carpe diem que eu mas, neste contexto, era completamente irrelevante; convencê-la era só o que interessava porque passadas estas meia dúzia de horas não existira mais tempo nem convívio nem coisa nenhuma.

Na minha Vida a coisa não é assim. Na minha Vida quero que as coisas sejam naturais e apenas aconteçam.
Depois de verbalizar o que quero é, normalmente, tarde demais para o fazer.
Por uma lado, depois de verbalizar, é bom que aconteça; Por outro lado, acontecendo depois de verbalizar fico com a sensação que aconteceu porque verbalizei. É entre o mau e o péssimo, sendo que não sei qual delas será uma ou a outra;
Depois de a coisa começar a azedar, chateia-me que aconteçam coisas.
A idiotice humana de precisar de perder para dar valor dá-me voltas ao estômago. A idiotice humana de pensar que tudo se aguenta e que nunca é tarde é uma receita maravilhosa para ser sempre tarde demais.

A ex do gajo que descrevi percebeu que não ia ter rédea próxima e decidiu oficializar (este relacionamento não durou muito tempo).
A que se tornou, bastante tempo depois e por outros motivos, minha ex percebeu que não era com decisões convenientes que ia segurar-me.

Encontros

Gosto de ser avaliado e gosto, ainda mais, de saber como me avaliaram.
Muitos de nós fica tenso quando percebe que está a ser julgado e medido de cima a baixo, especialmente quando o avaliador poderá ter algum tipo de peso no desenrolar de uma qualquer situação que nos envolva.
Ora,
porque não tenho um sentido de auto-preservação particularmente apurado, não fico tenso mas antes divertido. Para ser honesto, as mais das vezes tendo a ser uma versão mais agreste de mim só porque...bem, porque ninguém manda e mim e porque quero que todos se fodam.

No último deste tipo até nem acho que fui mais agreste mas não fui uma coisa que não sou e a coisa que eu sou é, as mais das vezes, um bocadinho demais num primeiro contacto.
Houve duas coisas engraçadas (ok, a segunda não é engraçada mas prefiro descrevê-la assim):

1
Perguntaram-me como achei que tinha corrido e a pergunta bateu na trave.
No caso em concreto, não é particularmente relevante o que eu achei porque eu não estava à espera e nem contava com nada. Era para ser e foi. Eu não fico nervoso. Eu não fico ansioso. Eu não me preocupo com o que vão pensar de mim e preocupo-me pouco com o que acharei dos outros; desde que não me chateiem, não há um problema porque não ando à procura de amigos para a vida, daí...bem, cada um seja o que quiser, desde que me deixe em paz.
A pergunta que interessava era o que quem perguntou como tinha corrido achava que tinha corrido.
Ela sim estava imensamente preocupada com isso. Preocupada numa paralisia que me é impossível entender.

Teve pouco a dizer.
Sempre mais confortável quando são os outros.
Eu disse pouco.

2
Não se deu nenhum tremor de terra e o céu não caiu, como tanto temia o Asterix e seus companheiros.
Na verdade - como era, para mim, abundantemente previsível - o problema (se é que foi um problema. O termo pode não ser apropriado) foi o seu preciso oposto: Porquê só agora?!
A maioria de nós - de onde me excluo - mede a sua importância naquilo em que está envolvido na vida dos outros, ou seja: a maioria de nós sente-me assim tão mais importante como maior for a importância daquilo que consigo é partilhado.
Quando algo de relevante é escondido...bem, não precisarei de discorrer sobre isto.

Foi isso que disse.
Disseram-me que estava errado.
É possível que eu me engana - o que é triste - mas não é provável.

Com este tipo de merdas e com outras dentro do mesmo tipo, criam-se problemas onde eles não existem e não raras vezes problemas gigantes.

Não estou com vontade de me manter neste assunto nem no próprio post. 
Estou a azedar um bocado.

................................................

Já não ouvia há imenso tempo e gostei de reencontrar:

Tuesday, September 06, 2016

Vamos ver se Começa Melhor?


Evolucionismo

Para muitos é visto como uma maravilha e revela a beleza da adaptação ao meio.
Menos comum é dizer-se que a evolução é necessária por conta da fraqueza que apoquenta os seres vivos.

Precisaria o Super-Homem de evoluir?
Ah, precisaria porque é vulnerável à kriptonite!
Balelas!
A kriptonite e o calcanhar do Aquiles e todas essas fraquezas ridículas surgem, nas lendas e nos mitos, para nos ensinarem que todos somos fracos, até os fortes.
A mente falha que nos habita a todos não considera a existência de um predador tal que nada se possa fazer para contrariar.
(reparem, por exemplo, que a maneira do Super-Homem passar despercebido na humanidade foi ser um tono, míope e que é incapaz de sacar uma gaja...é isto. Nós não nos distinguimos da multidão quando somos fracos)

Então,
eu não gosto de me adaptar e de evoluir. Aliás, quanto a evoluir não garanto que tenha acontecido; quanto a adaptar, infelizmente já tive de o fazer mas evito com todas as forças que tenho.
A adaptação implica vergar ao que nos rodeia, não interessa exactamente o quê. Pode ser qualquer coisa. Há um determinado facto/ambiente/acontecimento que nos força a fazer o que naturalmente não faríamos por instinto de auto-preservação.
Não gosto de nada disto.

Aqui residirá mais uma das contradições e mais uma das provas de que a inteligência me escapa mais vezes do que devia.
Detesto adaptar-me mas, de vez em quando, não tenho como evitar e, mais vezes ainda, penso em fazê-lo demasiado tarde.

Fico tão fodido...

....e para me sentir melhor, aqui fica um idiota que foi de faca para um tiroteio:

Humildade e Outras Baboseiras!

Estava a olhar para uma capa de revista, há uns minutos, e estava escrito que fãs acusam X de ter perdido a humildade! (vou escusar-me a comentar o termo , que abomino).
Humildade e paciência e compreensão e complacência foram ganhando o estatuto de um bem em si mesmo, ou seja, um valor absoluto. Nenhum deles é.

A humildade, e os outros que descrevi e aos quais poderia acrescentar, pelo menos, outros tantos, são um traço de fraqueza, nos moldes em que são atirados. Humildes e pacientes são os que não se importam de ser pisados e que aceitam tudo com um sorriso nos lábios, incluindo, provavelmente, um pau no cu - para quem tal não é uma preferência.
É certo que nenhum destes atributos deveria significar tal coisa. Se vistos pelo que realmente são, podemos entendê-los como virtudes.

Exemplo:
poucos me poderão acusar de ser humilde e complacente e compreensivo e isso não significa que eu não possa ser todas estas coisas mas quer. seguramente, dizer que não sou estas coisas a qualquer custo.
A minha complacência e paciência são destinadas a quem me interessa porque não tenho muito disto para distribuir;
A minha humildade...bem...eu não sou humilde...nem quero ser...só me interessa ser realista. Só me interessa estar certo quanto ao meu valor e quanto à falta dele. Fingir, por exemplo, que acho que sou menos esperto do que sou para consolar os outros é o caralho.

....e depois, nada disto que nos vendem funciona!

Há uma gaja com quem sou forçado a trabalhar cujo tom me desagradava.
Ora, em vez de ser compreensivo e complacente optei por retribuir na mesma moeda e, em abono da verdade, não retribuo, normalmente, na mesma moeda. Normalmente retribuo em força.
Os outros, que têm de passar pelo mesmo, foram mais compreensivos e complacentes e, surpresa das surpresas, continuam a ter o mesmo problema que, entretanto, a mim já não me afecta.

Esta tipa - contra quem nada tenho além de me irritar e que tratei de forma que entendo justa - pode muito bem achar que eu sou um filho da puta e um idiota com a mania que é Dr mas isso interessa-me menos. O trabalho está a ser feito e feito de maneira que me agrada.

Deixo para os outros os elogios de gente indiferenciada e que nada me diz ou em nada afecta a minha vida.
Deixo para os outros dizer que o filho da puta que morreu passou a ser um santo...porque morreu.
Deixo para os outros a satisfação de se sentiram injustiçados por terem feito tudo o que podiam e não ter resultado.

Sim, estou um bocado irritado hoje.
E - para que fique registado - pó caralho para quem pensar que não sou humilde, Provavelmente acham isso porque sou mais esperto que vocês. E porque saco mais gajas. E porque não aturo merdas de toda a gente e de todo o lado.

Pó caralho!

Monday, September 05, 2016

1. Pra quem pensa que só gosto de música triste (maioritariamente, é verdade; SÓ, não);
2. Porque, enquanto fumava, quem foi comigo disse K, aquela gaja parece que está a ganhar coragem para alguma coisa e parece mesmo. Na verdade, já parece há uns tempos.


Blues. Início de Semana


Friday, September 02, 2016

Pensamento do Dia:

As mulheres deveriam ser proibidas de usar sabrinas.
Ah, é confortável e tal...
Caguei. Saltos, sempre!

EU TAMBÉM!


Thursday, September 01, 2016

BITCH PROBLEMS II

Chamo-se S que significa luz e Estrela da Manhã...
- Estrela da Manhã como o Diabo?! Cool...
(ficou meio estarrecida a olhar para mim e disse)
O Diabo é a Estrela da Manhã?
- Sim...é um dos nomes pelo qual é conhecido. Um bocado como Belzebu e tal; na verdade, Estrela da Manhã é de Lúcifer.
Ah eu estudei sobre isso! Satanás, também...
- Pois... (enquanto pensava o elevado e profundo estudo que o caso havia suscitado)
Não fiquei contente...
- Não?! Queres ir para o Céu?! Seca!!! Não deve ter bar aberto...
Olha...eu sou uma pessoa muito espiritual e (daqui não sei o que se seguiu porque desliguei pelos instantes que consegui)
- Hmm, Hmm...
...mas como sabes tu essas coisas?!
- Ah, querida...sei tanto lixo. Gosto de lixo, não é...

Pensam vocês: Ah, K, tu és muito pedante!! e não estarão certos.
Não acho que as pessoas sejam piores que eu porque sabem menos coisas ou porque as considero chatas ou coisa parecida...mas imaginar que poderei ouvir qualquer coisa como Sou uma alma velha... e manterei/terei qualquer interesse por quem a profere...bem...
Tolerarei mas desligarei.